Bruno Moreira Geda, de Ciência da Computação, foi o primeiro graduado a ter o diploma digital emitido
Por Simoneide Araújo – jornalista / Fotos Renner Boldrino
O ano de 2021 foi muito difícil para a Universidade Federal de Alagoas, mas, mesmo diante das adversidades, a gestão conseguiu vencer barreiras e implantar o diploma digital, um esforço coletivo das equipes do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI), do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA) e da Pró-reitoria de Graduação (Prograd). Com isso, a Ufal é a sétima instituição a cumprir o prazo estabelecido pelo Ministério da Educação, que foi 31 de dezembro, utilizando a plataforma MEC-RNP.
A emissão do primeiro diploma digital aconteceu no último 30 de dezembro, no gabinete do reitor Josealdo Tonholo, onde foi assinado o documento do aluno Brunno Moreira Gêda, do curso de Ciência da Computação. “Estou feliz por ser o primeiro a receber o diploma digital, o que considero ser um grande avanço e um marco histórico para a Ufal”, declarou o graduado Brunno Gêda.
A satisfação não é só de Bruno, mas de toda equipe da Ufal. “A emissão dos primeiros diplomas digitais é de grande orgulho para a Universidade, já que é uma das primeiras instituições do país a implantar esse processo. Esse novo modelo vai permitir maior transparência e a disponibilidade do diploma on-line para os estudantes, que não mais precisarão autenticar o documento em cartório para qualquer comprovação em cursos de pós-graduação, por exemplo, uma vez que o novo diploma tem a certificação on-line. Basta colocar o código emitido pelo DRCA para certificar a veracidade do diploma em qualquer lugar do planeta”, comemorou o reitor.
E completa: Superamos dificuldades e já começamos 2022 com a novidade dos diplomas digitais para os cursos de graduação. Para a pós-graduação ainda está sendo estudado pela RNP [Rede Nacional de Ensino e Pesquisa] e o MEC para disponibilizar as ferramentas, mas que pode ser implantado ainda este ano. É importante destacar que essa ação do diploma digital envolveu pró-reitorias acadêmicas, NTI e DRCA. Conseguimos fazer essa implantação em tempo hábil, graças ao esforço coletivo de todos os envolvidos.”
De acordo com Reinaldo Cabral, diretor do NTI da Ufal, ao longo de 2021 foi feito um grande esforço institucional para a emissão do primeiro diploma digital. “Conseguimos fazer isso dentro do prazo estabelecido pelo MEC, de acordo com a Portaria 1001. Foi uma ação importante, fruto do trabalho em equipe”, confirmou.
O diploma digital de curso superior de graduação é o documento com existência, emissão e armazenamento integralmente digitais e já é realidade na Ufal e, com ele, segundo o pró-reitor de Graduação, Amauri Barros, está dispensada a emissão e a impressão em papel. “É cem por cento seguro contra fraudes, é um documento acadêmico, emitido de forma totalmente on-line. Estamos muito felizes porque nossa Universidade dá um novo salto de qualidade, que também representa economia, uma vez que não vamos mais precisar comprar papel moeda e nem fazer a impressão. Motivo de muita alegria para todos nós porque, além de agilizar todo processo, o diploma digital possibilita maior segurança, redução de custos do serviço e a desburocratização dos processos. Sem contar que o diplomado terá todas as informações necessárias de toda sua vida acadêmica, desde o seu ingresso na universidade, incluindo o histórico e as disciplinas cursadas”, destacou.
O reitor ainda destaca que em relação aos certificados que são emitidos para atividades de extensão e cursos de especialização, a ideia é que esses documentos sejam emitidos diretamente pelo Sigaa. “Será pelo nosso sistema acadêmico, uma vez que não há necessidade de registro em âmbito nacional. A expectativa é que o Sigaa seja adaptado também para emissão dos certificados digitais o quanto possível”, ressaltou Tonholo.
Para Saria Araújo, diretora do DRCA, o diploma digital significa um grande avanço para o registro e o controle acadêmico da Ufal. “Diferente do diploma físico, o digital é um documento que agrega na emissão várias informações da vida acadêmica do discente e, assim, envolve vários setores e atores, possibilitando a concentração das informações em um único documento”, completou.
Processo de solicitação continua o mesmo
O chefe da Divisão de Registro Acadêmico do DRCA, João Silva, informa que o diploma digital foi implementado com a finalidade de agilizar o processo de expedição e retirada de diplomas. “Um dos pontos positivos é que a emissão do diploma digital, diferente do papel, é econômica e mais rápida, permitindo a assinatura digital em lote, além de facilitar a consulta, evitando fraudes”, disse.
No entanto, João Silva afirma que não houve alteração na legislação dos diplomas, apenas a regulação da emissão e registro no meio digital. Por isso, o processo para solicitar o diploma digital continua o mesmo. O aluno terá de preencher o formulário disponível no site da Ufal e fazer upload dos documentos exigidos. Após essa etapa, o DRCA começa os trâmites para expedição, registro e assinatura do diploma digital.
“Esse processo de assinatura será mais rápido porque antes era assinado um a um e, agora, tem a possibilidade de assinatura em lote. O DRCA assina em lote, tanto faz se for um, cinco ou cem. O mesmo será feito pelo pró-reitor de Graduação e pelo reitor. A tecnologia veio para ajudar, facilitando o trâmite dos processos na Ufal”, declarou Silva.
Para os alunos também é muito cômodo porque não vão precisar se deslocar até a Ufal para ter acesso ao diploma “Nós enviamos por e-mail o código de verificação e um link para que o aluno possa submeter a qualquer órgão para ser consultado também. Não precisam mais de autenticação em cartório para qualquer comprovação do diploma”, assegurou o chefe da Divisão de Registro Acadêmico.
Fonte: Assessoria Ufal