O reitor Cândido Albuquerque assinou na tarde desta segunda-feira (13), na presença de pró-reitores e de outros membros da administração, a primeira leva de diplomas de graduação em formato digital da Universidade Federal do Ceará. Com a assinatura eletrônica, o recurso encerra a fase-piloto em cinco cursos, e a Instituição lança oficialmente sua plataforma de emissão de certificados virtuais para os cursos de graduação e pós-graduação.
O sistema de diploma digital da UFC nasce em hora mais que oportuna, frente à necessidade de novas tecnologias demandadas pelo contexto da pandemia de covid-19, e é um recurso bastante esperado pela comunidade acadêmica da Instituição. A Universidade empreendeu a iniciativa utilizando integralmente recursos internos de infraestrutura e de inteligência e espera, agora, que o Ministério da Educação (MEC) e as demais instituições de ensino superior brasileiras possam aderir ao uso da plataforma.
Para compreender o percurso que culminou no lançamento é preciso voltar um pouco no tempo. A Reitoria da UFC foi contactada, no início do ano passado, pelo Secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, para uma sondagem a respeito do desejo de aderir a um sistema de diploma digital do Ministério. Foi quando institucionalmente a Universidade, por sugestão do reitor Cândido Albuquerque, preferiu declinar da adesão e dar prosseguimento ao plano de produzir uma plataforma própria.
O recurso começou então a ser desenvolvido, por meio da colaboração entre equipes da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), do Gabinete do Reitor e de diretorias de unidades acadêmicas. O período de teste foi realizado em cinco cursos de graduação. “Neste momento tão importante para nossa Universidade, a PROGRAD decidiu rememorar a criação da UFC, ocorrida em 16 de dezembro de 1954, e selecionar os cursos que deram os primeiros passos para sua consolidação: Agronomia, Direito, Farmácia, Medicina e Odontologia. Nada mais justo do que fazê-los também pioneiros neste novo grande passo”, explicou a Profª Ana Paula de Medeiros, pró-reitora de Graduação.
Ainda de acordo com Profª Ana Paula de Medeiros, “a plataforma agora lançada atende integralmente às recomendações técnicas do Ministério da Educação sobre o tema, presentes na Nota Técnica nº 13 de 2019/DIFES/SESU, de dezembro de 2019, e na Instrução Normativa nº 1, de 15 de dezembro de 2020, bem como nas disposições contidas na Portaria nº 330 do MEC, de 5 de abril de 2018, na Portaria nº 1.095 do MEC, de 25 de outubro de 2018, e Portaria nº 554 do MEC, de 11 de março de 2019″.
A opção pelo desenvolvimento próprio deveu-se ao fato de que a UFC terá oportunidade de adequar a ferramenta às necessidades de sua comunidade, tais como a de expandir a expedição de diplomas não só para a graduação, mas também para a pós-graduação, além de atender a outros tipos de certificação digital que, porventura, venham a ser autorizados pelo MEC. Como a oferta do Ministério é gratuita atualmente, mas não havia certeza sobre a continuidade desta concessão para os próximos anos, a nossa solução isentará a Instituição de custos futuros para essa atividade, decisão necessária e prudente, diante do atual contexto de restrição orçamentária.
O Prof. Edgar Marçal, superintendente de Tecnologia da Informação da UFC, afirma que a expectativa é de que, a partir de janeiro de 2022, os diplomas impressos já não sejam mais produzidos pela UFC, sendo todas as primeiras vias emitidas em formato digital. Os primeiros diplomas digitais dos cursos onde foi realizado o projeto-piloto foram gerados em novembro último. Agora a administração deverá seguir com a implantação nas demais unidades, e uma certeza já existe: todos ganharão tempo e estarão ajudando o meio ambiente.
Não haverá mais a necessidade de deslocamentos de pessoas nem de envio de diplomas para unidades acadêmicas e administrativas da UFC, a fim de coletar assinaturas de dirigentes. Estudantes e gestores poderão acompanhar o processo de emissão e assinatura via Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), e não será necessário agendar horário ou se deslocar para a retirada do diploma na PROGRAD. Os concludentes também não precisarão solicitar segunda via, já que poderão acessar o sistema e baixar novamente o arquivo do diploma. Adicionalmente, haverá economia de papel e tinta.
“No momento em que um determinado curso for migrado para geração de diplomas digitais, o processo será similar ao que acontece atualmente com o diploma físico, mas com todas as fases sendo realizadas no SIGAA. Após o fluxo de emissão estar concluído, o discente poderá acessar o sistema e emiti-lo sempre que precisar, sem necessidade de requisições à PROGRAD“, garantiu o titular da STI.
A fase de testes envolveu trâmites administrativos e técnicos, como um treinamento intensivo com as diretorias das unidades envolvidas e a equipe de servidores técnico-administrativos de cada uma, promovido pela STI e pela PROGRAD. Realizada de forma on-line, a formação abordou temas como conceitos e requisitos do diploma digital, o desenho do processo de emissão de diplomas no SIGAA e a arquitetura da nova ferramenta desenvolvida pela STI para assinatura digital dos diplomas. Novos treinamentos serão agendados posteriormente conforme o cronograma de implantação for avançando, adiantou o Prof. Edgar Marçal.
SUCESSO NOS TESTES – Docente de uma das unidades acadêmicas onde a fase-piloto foi realizada com êxito, o reitor Cândido Albuquerque ressaltou que a STI, que comemorou na semana passada seus 50 anos de criação em cerimônia oficial, tem trabalhado arduamente e trazido propostas efetivas para as mais variadas requisições da Universidade, tendo como meta a eficiência e eficácia dos processos.
“A rapidez no atendimento das demandas e a qualidade nos serviços prestados fazem da STI um órgão fundamental para a UFC, sobretudo, neste último ano em que tivemos tantos desafios para enfrentar. A transformação digital tem trazido mudanças significativas no cotidiano das áreas acadêmica e de gestão. Uma vantagem da plataforma agora lançada é que as demais instituições de ensino superior poderão usufruir da tecnologia e, assim, teremos oportunidade de celebrar parcerias no futuro”, vislumbrou o dirigente máximo. “Nossas expectativas são as melhores! Estamos com uma plataforma nossa, totalmente desenvolvida com a marca da UFC e que poderá ter alcance muito maior do que apenas internamente”, completou a Profª Ana Paula de Medeiros.
Envolvido diretamente nos testes, o diretor da Faculdade de Direito, Prof. Maurício Benevides, contou que a FADIR se voluntariou a sediar o experimento de verificação por acreditar que o diploma digital é realmente a tendência futura. “Esse é um projeto nacional, mas saímos na frente, pois menos de 5% das IES emitem diplomas digitais no Brasil. Ele trará muitos benefícios para os alunos, como agilidade na expedição, segurança na autenticação, facilidade de acesso e sustentabilidade, pois eliminaremos o consumo de papel e demais insumos hoje usados em todo o procedimento”, declarou o diretor, que disse não ver a hora de presenciar a extensão da ferramenta a toda a UFC.
PERGUNTAS FREQUENTES – Com o objetivo de dirimir dúvidas da comunidade acadêmica, a UFC Informa preparou a seguinte lista de perguntas e respostas com questões norteadoras sobre o tema. Confira:
1) Quais são os ganhos da migração do processo de emissão de diplomas para o digital?
Em síntese, agilidade no processo de emissão (a expectativa é que o tempo médio caia de 90 para 15 dias), possibilidade de acompanhar o andamento das etapas no SIGAA, fim da obrigação de agendar horário, bem como de se deslocar para assinar e receber os diplomas, facilidade no acesso a novas vias e sustentabilidade ambiental, devido à eliminação do papel e da tinta para impressão.
2) Como será possível ver se um diploma digital é autêntico?
A emissão dos diplomas será solicitada somente por servidores cadastrados e treinados das unidades acadêmicas. Além disso, todas as assinaturas serão digitais, e haverá na plataforma espaço para conferência do código de verificação que atesta a autenticidade do documento.
3) Quando o diploma digital estará disponível para as demais unidades acadêmicas, além das que participaram da fase de teste?
A partir do início de 2022, todas as primeiras vias de diplomas de graduação dos cursos da UFC serão emitidas e disponibilizadas para download no sistema.
4) Poderei emitir meu diploma sozinho(a) no novo sistema? Há limite de vezes que ele pode ser baixado? É possível ter uma via impressa caso eu queira?
Sim, uma vez concluído o processo de emissão, o estudante terá autonomia para baixar o arquivo do diploma sempre que precisar, sem limite de vezes para download. O usuário ficará livre para decidir pela impressão ou não do arquivo digital, porém ela não será mais feita pela Universidade.
5) Fui diplomado(a) antes da migração para o digital e ainda tenho o diploma físico. Poderei solicitar o digital?
Ainda não. Como a ferramenta está encerrando a fase de testes, muitas possibilidades poderão surgir. Conforme PROGRAD e STI, somente após completado o ciclo de avaliação dessa primeira etapa, é que a administração poderá determinar outras situações em que o diploma digital será concedido.
Fonte: Gabinete do Reitor – e-mail: greitor@ufc.br
Universidade Federal do Ceará
(Foto: Viktor Braga/UFC)