Com foco constante na melhoria do ambiente de negócios, a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia registrou uma série de conquistas para os empreendedores e para a sociedade brasileira ao longo de 2022 (Saiba mais na página do balanço de ações do Ministério da Economia).
Sob o guarda-chuva de atuação da Sepec, neste ano foi implantado o sistema que permite a venda direta de etanol aos postos de combustíveis; e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) transformou-se em política permanente. Também houve o aprimoramento do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) e a implementação da redução de 35% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre a maioria dos itens adquiridos pela população, entre outros avanços.
A venda direta de etanol dos produtores aos postos (Lei nº 14.292/2022) aumentou a competição no setor de combustíveis, ao eliminar a obrigatoriedade de os postos comprarem álcool apenas dos distribuidores. Esses continuam atuando, mas agora têm de oferecer atrativos para manter os clientes.
No processo de simplificação da abertura de empresas, a Sepec avançou com a implantação do Balcão Único, em articulação com os estados. A medida, já existente em 25 unidades federativas, unifica procedimentos e reduz o tempo necessário para a formalização de novos negócios. Essa e outras medidas —como o registro automático, que possibilita ao empreendedor obter o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) imediatamente após a entrega da documentação; e a assinatura eletrônica Gov.Br, que amplia a adesão aos serviços digitais oferecendo solução gratuita para assinar documentos eletrônicos — permitiram que o tempo para abertura de novas empresas fosse reduzido de 5 dias e 9 horas (jan/2019) para 23 horas (ago/2022).
Já o Pronampe, desenvolvido pela Sepec como instrumento transitório de apoio aos pequenos empreendedores na fase crítica de impactos gerado pela pandemia da Covid-19, foi transformado em política oficial de crédito permanente em 2021 (Lei nº 14.161/21), devido à eficácia do mecanismo para o setor. Ao ganhar caráter permanente, o Pronampe também passou a atender os Microempreendedores Individuais (MEIs). O impacto total ultrapassa a marca de R$ 98 bilhões em créditos concedidos e 1,2 milhão de operações realizadas.
Na mesma linha de facilitar o acesso dos empreendedores a empréstimos com custos justos, foi reaberto este ano o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac—FGI), em sua modalidade de garantias (Lei nº 14.462/2022). Na nova edição, também foi ampliado aos MEIs. A medida gerou impacto total de mais de R$ 11,7 bilhões em créditos concedidos e 14.668 operações realizadas. O Peac—FGI realizará operações até 31 de dezembro de 2023. Assim como o Pronampe, o programa foi criado para ajudar na reação dos pequenos empreendedores aos impactos da pandemia.
O aprimoramento do Padis (Lei nº 14.302/2022) beneficiou o setor de tecnologia. As mudanças simplificaram e desoneraram o ecossistema de apoio à produção de semicondutores, com redução a zero das alíquotas do PIS/Pasep, Cofins para agentes do setor. As novidades incluíram, ainda, estímulos ao investimento privado e melhora no acesso a linhas de financiamento para ampliação de infraestrutura produtiva e tecnológica.
O corte de 35% do IPI para a maioria dos produtos industrializados (Decreto nº 11.182/2022) assegurou redução de preços e custos para cidadãos e empresas. Com atuação direta da Sepec, também foi preservada a relevância econômica de 170 produtos fabricados na Zona Franca de Manaus (ZFM).
A Sepec também esteve presente na aprovação do projeto da BR do Mar (Lei nº 14.301/2022), que aperfeiçoou as regras da navegação de cabotagem. Foi eliminada a restrição de que apenas empresas brasileiras com frota própria de embarcações poderiam realizar cabotagem (navegação com origem e destino dentro do país). As alterações devem elevar a oferta de embarcações em 40%; ampliar o volume de contêineres transportados em até 65%; e promover o crescimento da cabotagem a taxas de 30% ao ano.
Ainda na área de transporte, outro avanço que contou com atuação da Sepec foi a exclusão o valor da capatazia do imposto de importação (Decreto nº 11.090/2022). A capatazia é a atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, compreendendo recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e a descarga de embarcações, quando efetuado por aparelhamento portuário, segundo a nova Lei dos Portos. Ou seja, a mudança reduz custos para o consumidor final de bens importados e para as indústrias que dependem de insumos fornecidos por outros países.
Também em 2022, a Sepec atuou no lançamento do Monitor de Investimentos, plataforma digital que tem o objetivo de disseminar informações sobre investimentos e sustentabilidade nos principais setores da economia brasileira. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com financiamento do Programa de Infraestrutura Sustentável do Reino Unido (UK-SIP). Essa plataforma difunde informações sobre investimentos e sustentabilidade nos principais setores da economia, aprimorando os processos de planejamento e regulação. Também dissemina globalmente as oportunidades de investimento de interesse público. O mecanismo tem impacto sobre os R$ 925 bilhões em investimentos contratados para os próximos dez anos; além de R$ 370 bilhões de projetos em estruturação.
Durante todo o ano de 2022, a Sepec avançou em ações voltadas a simplificar procedimentos, conferindo maior confiança no cidadão e nas empresas; a facilitar e expandir o acesso ao crédito; a ampliar os incentivos à inovação produtiva, em empresas; a melhorar a capacidade de concorrência internacional e o ambiente regulatório; e a propiciar melhores condições de contratação e qualificação de pessoal.
A Sepec é responsável pela gestão integrada das políticas que viabilizem o aumento da produtividade, por meio da livre iniciativa, do mercado concorrencial, do capital humano e da modernização das empresas brasileiras. A Secretaria tem atuação transversal, em interlocução constante com outras Secretarias Especiais de todo o Ministério da Economia.
Fonte: Ministério da Economia