As empresas que representaram mais de 70% do total do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, que foi de R$ 5,9 trilhões, já usam a Certificação Digital. Ou seja, essa tecnologia, de acordo com pesquisa realizada pela ANCD (Associação Nacional de Certificação Digital), já é utilizada por quase três terços da economia. E esse número deve crescer.
Os motivos da adesão à Certificação ainda são as obrigatoriedades, como o Conectividade Social, a GFIP, o eSocial, a Rais (Relação Anual de Informações e Salários), entre outras, mas, felizmente, o comportamento das empresas em relação ao uso do Certificado mudou.
Hoje, ele não é somente usado para enviar as informações ao governo. Ele se tornou uma ferramenta de gestão. Empresas de todos os portes estão ampliando o seu uso dentro das corporações e em todos os departamentos, como, por exemplo, para assinar contratos com fornecedores, clientes e sócios.
Certificado e assinatura? Sim. A cada uso do Certificado Digital é gerada uma assinatura digital que tem valor jurídico, garantido pela legislação brasileira, semelhante ao da assinatura manuscrita. Então, em vez de redigir um contrato no computador, imprimi-lo, assiná-lo, autenticá-lo e então enviar fisicamente à outra parte interessada, as empresas estão adotando o modo eletrônico.
O contrato é redigido, assinado em um portal de assinaturas por meio do Certificado, que pode estar armazenado no cartão, token, celular ou tablet (mobileID), enviado à outra parte interessada e armazenado no meio digital. Com poucos cliques, sem caneta, sem papel, mas com muita segurança e agilidade. E, claro, economia. Afinal, como se pode notar, os processos realizados de ponta a ponta no meio eletrônico são menos custosos.
Empresas de qualquer porte podem assinar documentos com o Certificado Digital? Sim. Utilizar a assinatura digital não demanda alto investimento. É possível integrar a tecnologia em sistemas novos ou legados ou ainda usar um portal de assinaturas para assinar os arquivos, sem ter que desenvolver ou implementar mudanças na infraestrutura tecnológica da companhia. É uma tecnologia ao alcance todos os empreendedores e empresários. Se grande parte já faz uso do Certificado, então, por que não expandir o uso para outras aplicações?
*Julio Cosentino
Vice-presidente da Certisign e presidente da ANCD (Associação Nacional de Certificação Digital).
Fonte: Capital News