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O mais recente relatório de movimentação de criptomoedas no Brasil, reportada à Receita Federal, aponta que o número de pessoas físicas que negociaram criptos em abril chegou a 1,996 milhão, novo recorde.
A quantidade de pessoas jurídicas que reportaram transações com criptomoedas, em abril, também é a maior desde o início da obrigatoriedade de informação implementada pela Receita, em agosto de 2019.
O volume transacionado de criptos em abril somou R$ 19,6 bilhões, o maior em quase dois anos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve um salto de 60% e crescimento de 5,8% em relação a março.
As exchanges brasileiras, que são obrigadas a informar à Receita todas as transações, por meio da Instrução Normativa 1.888/2019, negociaram R$ 12,9 bilhões, no período, montante 38,6% maior que o registrado em abril de 2022, mas 10% menos que em março.
Em abril, as transações realizadas em exchanges não domiciliadas no Brasil somaram R$ 4,5 bilhões, um salto de quase quatro vezes na comparação com o mês anterior e mais de cinco vezes o valor reportado em abril do ano passado. Nesse caso, somente as transações realizadas acima de R$ 30 mil precisam ser informadas à Receita pelos próprios investidores, sejam PFs ou PJs.
As transações com criptomoedas sem o uso de exchanges, ou seja P2P (peer to peer), movimentaram R$ 2,1 bilhões, praticamente o mesmo volume reportado em abril do ano passado e 26% inferior ao de março.
Mais negociadas
As transações com criptomoedas pareadas ao dólar, as chamadas stablecoins, correspondem a 86% do volume total reportado em abril à Receita, totalizando quase R$ 17 bilhões. Somente o tether (USDT) girou R$ 16,5 bilhões.
A cripto pareada ao real BRZ movimentou R$ 380 milhões, em 1,7 milhão de operações, quantidade superior à do bitcoin (BTC), com 1,6 milhão. O giro financeiro da maior criptomoeda em valor de mercado somou R$ 1,2 bilhão, patamar registrado desde janeiro deste ano.
O ethereum (ETH), maior altcoin (como são chamadas todas as criptos que não o bitcoin) negociada no País, movimentou R$ 267 milhões, em abril, em 364 mil transações, cerca de 23% menos que no mês anterior, mas mantendo o mesmo patamar que em abril do ano passado.
Fonte: Redação O Sul