Mais empresas apostam em Big Data, mas tendência é de esfriamento

Convergência Digital – 30/11/2016

Mais empresas começaram a investir em Big Data, revela um novo estudo da consultoria Gartner: 48% delas apostaram na nova onda tecnológica nesta ano, um aumento de 3% em comparação a 2015. Por outro lado, a quantidade de organizações que planejam investir em Big Data nos próximos dois anos diminuiu de 31% para 25% no mesmo período.

“O investimento em Big Data está aumentando, porém o estudo mostra sinais de desaceleração desse crescimento, com menos empresas com a intenção futura de investir em Big Data. Não se trata do Big Data em si, mas de como ele é usado. Embora as organizações tenham entendido que o Big Data não se trata apenas de uma tecnologia específica, elas precisam evitar pensar sobre ele como um esforço separado”, explica Nick Heudecker, Diretor de Pesquisas do Gartner.

A pesquisa online foi realizada em junho de 2016 com 199 entrevistados. Enquanto quase 75% deles afirmaram que sua organização investiu ou planeja investir em Big Data, muitos permanecem presos na fase piloto. Apenas 15% das empresas relataram realmente implantar seu projeto de Big Data, índice que praticamente não mudou em comparação a 2015 (14%).

“Uma explicação para isso é que os projetos de Big Data parecem estar recebendo menos prioridade nos orçamentos do que iniciativas de TI concorrentes”, afirma Heudecker. Apenas 11% dos entrevistados de organizações que já investiram em Big Data classificaram esse investimento como tão ou mais importante do que outras iniciativas de TI, enquanto 46% afirmaram que era menos importante.

Para a Gartner, isso pode acontecer devido ao fato de que muitos projetos de Big Data não têm um retorno sobre o investimento tangível que pode ser determinado antecipadamente. Além disso, a iniciativa de Big Data pode ser parte de um projeto financiado maior. Outro fator a considerar é a falta de liderança de negócios eficaz ou de envolvimento em iniciativas de dados. Muitas vezes, os testes e experimentos são construídos com tecnologias e infraestrutura ad-hoc que não são criadas com a confiabilidade de nível de produção em mente.