Destaque na feira da ABF, nanofranquias refletem situação econômica do Brasil

Por Guilherme Parolim – Brasil Econômico | 23/06/2017 19:08

Com investimento máximo de R$ 20 mil, nanofranquias são impulsionadas pela crise econômica e ganham cada vez mais espaço no franchising nacional

Os números comprovam que as franquias de investimento mais baixo são as queridinhas dos empreendedores brasileiros. De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), metade dos visitantes da ABF Franchising Expo – maior feira de franquias da América Latina, que acontece em São Paulo nesta semana – procuram negócios de até R$ 50 mil.

Entre as opções mais baratas, surgiu com força nos últimos anos a dissidência das nanofranquias. Identificados como franquias que exigem investimento de até R$ 20 mil, estes modelos podem ser encontrados em grande parte dos estandes da 26ª edição da feira da ABF , normalmente com empresas que oferecem também pacotes mais caros, mas que perceberam a necessidade de atender a um público com menor poder aquisitivo e criaram produtos de gasto reduzido. É o caso, por exemplo, da English Talk, rede de escolas de idiomas para adultos.

A marca, pertencente ao grupo Move Edu, percebeu uma demanda de professores particulares que gostariam de franquear com a empresa mas não poderiam bancar os gastos do modelo tradicional. Para viabilizar a entrada destes profissionais na rede, foi lançado o English Talk Private, que permite ao professor pagar R$ 5 mil para ter o licenciamento e todo o suporte da rede em suas aulas.

Segundo Rogério Gabriel, fundador da Move Edu, o modelo de nanofranquia da English Talk é capaz de curar todas as “dores” do professor particular. O executivo aponta a gestão do negócio como uma das principais dificuldades solucionadas pela empresa, pois acredita que muitos professores se compliquem ao fazer cobranças e viabilizar formas de pagamento, por exemplo. “A gente facilita isso para ele porque é tudo feito através de um backoffice da franqueadora”, explica o empresário.

Além disso, Gabriel também cita o material disponível para professor, que tira a necessidade de preparação de aula, tendo em vista que o planejamento é todo feito pela English Talk. “Ele tem dificuldade de manter, de preparar as aulas para esse aluno, porque ele leva muito tempo. Assim, ele vai estar entregando para esse aluno um método, uma aula em plataforma de altíssima qualidade. Ele tem toda a programação de aula embarcada para ele”, diz.

O executivo ainda fala sobre a divulgação, que torna-se mais simples e eficaz com o auxílio da rede. “A parte de divulgação da marca, marketing digital, também é uma parte que a franqueadora faz e entrega pra ele. Então, com tudo isso, ele consegue ter um cenário de entrega muito superior ao que ele tem no dia a dia dele”, conta Gabriel.

Para o empresário, as nanofranquias “têm seu espaço” no mercado, assim como todos os demais modelos de investimento mais elevado: “Isso num modelo de franchising é um negocio que vem acontecendo. Ele tem o espaço pra esse tipo de investidor e por isso a gente criou esse modelo. Então tem o modelo para esse nanoinvestimento, tem o modelo de microfranquia e tem o modelo tradicional de franquia. Cada um com seu público específico”.

Gabriel é um dos que concordam que o atual cenário econômico brasileiro tem aumentado a demanda por franquias de investimento reduzido. De acordo com o executivo, a onda de desemprego levou as pessoas a procurarem formas de empreender. “O franchising, como uma opção de empreendedorismo toda estruturada, com marca, com modelo de negócios provado e testado para isso, sem dúvidas é uma ótima porta de entrada para esse empreendedor. E isso sem dúvidas aquece esse tipo de modelo de negócios”, completa.

Na Gigatron, rede de franquias de serviços em tecnologia, o negócio é ainda mais surpreendente. Com apenas R$ 300, você já pode se tornar um franqueado da empresa. De acordo com Marcelo Salomão, diretor da marca, este modelo é um “credenciamento para um ponto de atendimento”, em que o a pessoa entra na rede para operar a emissão de certificados digitais.

De acordo com Salomão, o modelo surgiu a partir da franquia princiapl de certificado digital, que tem investimento total por volta de R$ 8 mil. “A gente observou uma demanda muito grande de pessoas que queriam ingressar para ter uma segunda fonte de renda, só que eles não tinham o total de investimento. Então a gente construiu um modelo alternativo, onde ele conseguisse entrar dentro da rede sem fazer um investimento alto”, explica o diretor.

Em relação à estrutura oferecida ao franqueado, Salomão explica que não há qualquer diferença para quem escolhe o modelo de R$ 300 ou os de investimento maior. “Ele recebe acesso a todos os materiais que nós temos. Ele recebe treinamento, tem suporte, tem atendimento. Ele recebe todos os benefícios. A única coisa que ele não tem em relação ao modelo que é um pouco mais caro é uma margem melhor”, diz. Na franquia mais barata, a margem bruta de lucro gira em torno de 8%.

A crise também foi primordial para que a Gigatron conseguisse expandir seus negócios. Segundo Salomão, a empresa vem em uma ascensão muito forte devido à situação do País. “Em 2015 nós crescemos 178% e ano passado crescemos 170%. Então a gente vem num ritmo acelerado justamente por causa do cenário econômico. Acredito que a gente vai conseguir manter esses números durante o ano de 2017″, finaliza.

Com investimentos iniciais mais elevados que a Gigatron, mas ainda baixos para o mercado, a Acquio se posiciona como uma das franquias mais baratas da feira da ABF. A rede de pagamentos eletrônicos conta com uma modalidade home-office que exige pagamento de R$ 6.490.

Kawel Lotti, CEO da empresa, garante que o treinamento entregue ao franqueado é suficiente para que ele tenha capacidade de operar o negócio e vender as maquininhas de cartão da empresa. “A primeira coisa que ele recebe é todo um enxoval. Material de comunicação, cartão de visita, folder. O ponto principal é o treinamento inicial, onde a gente passa para ele todas as informações, tanto no sentido de mercado de adquirência, que é o mercado de maquininha de cartão, quanto o cenário competitivo com os concorrentes e o know how para empreender e abrir um novo negócio”, informa Lotti.

As vantagens do negócio, de acordo com o CEO, são muitas. Além de considerar que as máquinas são um “produto de crise”, extremamente atrante ao mercado, o executivo aposta na possibilidade de permitir que os PMEs ofereçam compras parceladas em até 12 vezes, assim o colocando “nas mesmas condições de parcelamento de um grande varejista”.

Fora isso, Lotti também cita o trabalho home-office como um dos maiores benefícios para o franqueado. “Você não tem que contratar funcionário, não tem custo fixo com montagem de escritório, locação. Enfim, todo o custo fixo de uma atividade normal”, explica. Segundo o CEO, os franqueados deste modelo estão faturando, em média, R$ 3.800 mensais.

Novamente, a crise foi citada como um ponto positivo para os negócios da empresa. Lotti acredita que o grande número de pessoas capacitadas sendo lançadas ao mercado influencia a busca por opções de empreendedorismo a preços mais reduzidos. “É uma oportunidade que a gente tem, com baixo investimento , de dar oportunidade para as pessoas, gerando o emprego para o sustento da sua família, do seu negócio”, diz o CEO.

Outra empresa que oferece um modelo de investimento que se encaixa na exigência das nanofranquias é Jan-Pro. Presente na feira de franquias da ABF com uma série de opções disponíveis a quem deseja trabalhar com a marca, a companhia preza pela garantia de retorno ao franqueado.

“Para a pessoa que vai comprar uma franquia de até R$ 20 mil, a gente garante para  um faturamento de até R$ 5 mil. Garantir significa que, se ele não faturar, eu devolvo o dinheiro para ele. Então é uma garantia verdadeira, em contrato”, assegura o presidente da empresa no Brasil, Renato Ticoulat.

Apesar de garantir que o franqueado terá rentabilidade, Ticolaut deixa claro o dinheiro não vem fácil e que será necessário trabalhar muito para fazer o negócio virar. “Estamos falando de uma pessoa que põe a mão na massa. Ele trabalha como faxineiro”, diz. “Se ele puser a mão na massa, desses cinco mil, ele vai tirar 4 R$ mil líquidos, que é um salário que pouca gente no Brasil tem”, continua o presidente da Jan-Pro.

Ticoulat também explica que, ao longo do tempo de trabalho, o investidor precisará fazer outros investimentos, pois alguns clientes exigirão equipamentos diferentes para a limpeza completa. Para o presidente, no entanto, o modelo de negócios permite que o franqueado nunca saia no prejuízo. “Nossos fornecedores homologados facilitam o investimento. Então, na verdade, quem paga é o cliente. Eu vou comprar um equipamento para pagar em quatro meses. Como o cliente está me pagando durante esses quatro meses, uma parcela dessa receita vai para esse equipamento”, afirma.

O presidente da Jan-Pro, no entanto, não acredita que a situação econômica do Brasil tenha sido responsável pelo aumento da procura pelos modelos de investimento mais baixos da empresa. Segundo Ticoulat, a grande sacada foi o parcelamento da taxa, que agora pode ser dividida em até 36 vezes.

“O que aconteceu foi que no passado a gente vendia a vista e agora a gente tem vendido a prazo. Hoje, as pessoas estão preferindo comprar a prazo do que comprar à vista, então essa foi a grande diferença eu a gente sentiu com a crise. O que eu acho ótimo. Quanto menos ela puser de dinheiro no começo, menos ansiosa ela fica e mais a gente consegue desenvolver o trabalho passo a passo”, conclui o executivo.

Os modelos de negócios das empresas que oferecem investimentos mais baixos na feira da ABF mostram ser possível apostar em nanofranquias e conseguir resultados satisfatórios. Ao mesmo tempo, o franqueado deve ter em mente que não basta investir e esperar que seus probelmas sejam solucionados. A estrutura recebida vai apenas permitir que ele tenha condições de trabalhar e conquistar sua renda. Equilibrando o esforço e as ideias – e sempre mantendo a cautela –, as nanofranquias podem ser uma boa opção.

Fonte: Brasil Econômico

Empreendedor de grande rede largou carreira concorrida por seu sonho

Foi trabalhando como funcionário de uma multinacional e percebendo a evolução no ramo da tecnologia da informação que o empreendedor Carlos Carauta, de 35 anos, descobriu que uma obrigatoriedade, como a certificação digital, seria uma ótima oportunidade de empreendimento.

Logo depois, tomou posse em um concurso público federal, em 2007, mas sua vontade de ter o próprio negócio nunca havia desaparecido. Os anos seguintes seriam decisivos para ele, o empreendedor percebeu um nicho de mercado em uma indispensabilidade e abriu, em 2010, a Web Certificados com um sócio da área tecnológica.

Carlos começou com um pequeno negócio na cidade de Juiz de Fora, interior de Minas Gerais onde a empresa atuava como um posto de atendimento de uma Autoridade Certificadora. Em 2012, decidiu desistir de vez da carreira em um serviço público e passou a se dedicar integralmente ao sonho. Mas o mundo empreendedor sempre tem seus percalços: foi surpreendido pela quebra de contrato do fornecedor por uma mudança repentina da política interna.

“Os meses seguintes foram muito difíceis. Os clientes me procuravam e não tínhamos como entregar o serviço , perdemos boa parte da clientela conquistada. Ser empreendedor é lidar com recomeços, pois quando você acha que está no caminho certo, um vento bate e muda todos os rumos da sua vida deixando tudo de cabeça para baixo. Todos os dias devemos lembrar de nossas metas. Se nossas metas, nossa versão do futuro, deixam de ser construídas, está na hora de mudar”, afirma o empresário.

Presente em 103 cidades do Brasil com sua rede de postos de atendimento, hoje, a Web Certificados desenvolve um programa de parcerias, voltado para públicos como escritórios contábeis, corretoras de seguros, empreendedores do ramo de serviços e etc. O programa “Web Parceria” ajuda o empreendedor desde o início do negócio, da formalização à implementação e por fim, a comercialização do certificado digital.

Até uns anos atrás, Carlos ia de porta em porta buscar clientes para que comprassem o seu produto. Quando sonhou com esse negócio, não pensava que iria tão além. Conseguir tornar realidade o sonho de inúmeros empreendedores que não tinham a oportunidade de ter o próprio negócio. Passar adiante suas experiências até atingir seu objetivo fez com que a Web ajudasse a mudar muitas trajetórias.

Hoje, a Web Certificados tem sido cada vez mais presente em feiras e eventos, ajudando empreendedores e apresentando uma solução de novo negócio em expansão no Brasil, como esteve presente na Feira do Empreendedor do Sebrae de 2017.

“Não importa onde você esteja, perto de você sempre terá um empreendedor lutando para realizar o seu sonho. Muitas vezes, fui chamado de louco por querer largar um emprego público para ter o meu próprio negócio. Mas eu estava seguindo o meu sonho, minhas metas. Se você tem um sonho, viva ele acordado. Levante cedo e deite quando seu corpo não aguentar mais. Sua hora vai chegar. Mas por mais que pareça muito difícil e árduo o caminho, você sempre vai encontrar quem pode te ajudar a trilhá-lo. E é isso que eu quero para Web Certificados. Feita por um empreendedor para empreendedores.”

Fonte: Jornal Contábil

6 vantagens do uso de documentos digitais para as empresas

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Com o ganho de relevância da tecnologia no mercado, os documentos atualmente são cada vez menos físicos e mais acessados por meio de telas de dispositivos diversos.

É graças ao uso de documentos digitais que muitas empresas vêm se revolucionando e que a burocracia vem diminuindo em determinados sentidos.

Além disso, o uso de documentos digitais também é benéfico de diferentes pontos de vista para as empresas que adotam essa escolha. Quer conhecer quais são? Então veja a seguir 6 vantagens de usar esses recursos.

1. Otimização de tempo
Para começo de análise, o uso de documentos digitais em uma empresa é capaz de otimizar o tempo gasto em uma série de tarefas. Quanto à emissão, um documento digital normalmente é mais facilmente emitido porque já tem um modelo predefinido, que precisa apenas ser seguido corretamente.

Além disso, é mais fácil garantir que o documento “entre” no sistema, já que com o uso de um software de gestão integrada dá para capturar as informações relativas a cada documento.

Imagine, por exemplo, o caso de uma nota fiscal. Tendo um certificado digital, a empresa pode emitir notas fiscais eletrônicas que são transmitidas e aprovadas pela Secretaria de Fazenda.

Se o negócio contar com uma solução que faça o gerenciamento dessas notas fiscais, com a operação concluída o negócio já terá as informações necessárias sobre quantas notas fiscais foram emitidas. Isso melhora a contabilidade e diminui o tempo que seria gasto para fazer a entrada manual.

Há também uma redução no tempo necessário para organizar arquivos e para encontrá-los, tornando tudo mais conveniente. Como resultado, a empresa ganha em produtividade em diferentes níveis, pois tanto a emissão de documentos quanto a administração e contabilidade ficam mais simples e eficientes.

2. Menos custos
Tempo é dinheiro em qualquer negócio. Por isso, quando um negócio se torna mais produtivo e com tempo mais otimizado, ele também diminui os custos envolvidos no processo de maneira geral.

Outro ponto a ser considerado é que existe mais segurança e facilidade na administração dos documentos digitais, o que colabora intensamente para que o negócio sofra menos com possíveis multas e sanções.

A emissão de documentos físicos, inclusive, também é mais onerosa devido à quantidade de material necessário. É preciso pensar não apenas no gasto de papel, mas nos custos de impressão e de armazenamento físico de uma maneira geral.

Com menos imobilização desses ativos e com a equipe sendo mais eficiente, o negócio gasta menos e tem mais lucratividade. Isso garante a disponibilidade de documentos, evitando perda de tempo e de dinheiro.

3. Diminuição de impactos ambientais
A sustentabilidade é um conceito que tem ganhado bastante força no mercado atual. Mais do que nunca, é preciso compreender e controlar o impacto que um negócio possui em todo o ambiente, e os documentos digitais servem exatamente para isso.

A redução ou mesmo eliminação do uso de papel, por exemplo, faz com que o negócio gere menos impactos ambientais, já que reduz o consumo de recursos naturais. A própria economia de espaço colabora para que a empresa não precise buscar locais cada vez maiores para armazenar todos os documentos importantes, por exemplo.

O resultado é que, com o uso dessa solução, o negócio se torna mais ambientalmente responsável, gerando efeitos positivos em longo prazo.

4. Backup inteligente
Imagine uma empresa que guarda todos os seus documentos, como notas fiscais, em um armazém. Agora pense em todas as possibilidades imprevisíveis e incontroláveis que podem acontecer, como desastres naturais, incêndios ou enchentes. Caso qualquer uma das situações aconteça, os documentos podem ser perdidos definitivamente.

Com os documentos digitais isso não acontece, já que é mais fácil fazer o backup. É possível, por exemplo, garantir que o mesmo documento seja enviado para mais de um servidor. Assim, se um deles falhar, o outro garante a disponibilidade dos arquivos.

Além disso, é possível programar a frequência de backups, o que garante ainda mais inteligência e conveniência para todo o processo.

5. Segurança de workflow
O workflow dentro de uma empresa é especialmente importante, porque, sem ele, fica mais difícil fazer um controle eficiente de etapas. Assim sendo, o uso de documentos digitais é útil para aumentar essa segurança pelo fato de permitir que as etapas sejam bem definidas e seguidas de maneira mais simples.

Para entender melhor, considere novamente o processo de emissão de nota fiscal. A aquisição de um certificado digital adequado garante que as informações sejam idôneas, o que dá validade jurídica a toda a operação e evita a necessidade de identificação a cada passo.

Em seguida, há a emissão das notas fiscais de maneira adequada, as quais são enviadas para um software de gerenciamento. Nessa etapa, o software monitora automaticamente se as notas fiscais foram aprovadas ou não, facilitando o trabalho da contabilidade na hora de realizar as declarações devidas.

Outro fator que colabora para o workflow é a mobilidade. Estando digitalizados, os documentos podem ser acessados a qualquer momento e de qualquer lugar, o que favorece o cumprimento de funções.

6. Evolução tecnológica de processos
Naturalmente, o uso de documentos digitais tem tudo a ver com a evolução tecnológica de processos. O motivo é simples: para fazer o uso adequado desses documentos, é necessário criar uma estrutura, que passa desde a aquisição de um software e de um certificado digital até o treinamento e mudança da percepção sobre a realização de processos.

Uma vez que a empresa começa a notar os primeiros benefícios de usar recursos digitais, é bastante comum que ela passe a digitalizar e automatizar outras etapas da empresa, o que permite uma evolução tecnológica consistente e abrangente.

O uso de documentos digitais é muito vantajoso para empresas porque aumenta a produtividade, diminui custos e também melhora a segurança como um todo. Além de tudo, é uma forma de facilitar a evolução tecnológica do negócio, de modo a ser possível conseguir resultados cada vez melhores.

E já que os documentos digitais são o assunto em questão, aproveite para entender se a assinatura digital e a assinatura digitalizada são a mesma coisa.

Fonte: Valid Certificadora

Valid cria aplicativo financeiro para Banco Davivienda

App realiza transações bancárias via Facebook Messenger e transferências para o exterior

A Valid, provedora global de soluções seguras personalizadas, está fornecendo ao Banco Davivienda, banco privado da Colômbia com mais de mais de 6,6 milhões de clientes, o DaviPlata Mobile, solução que permite ao usuário gerenciar seu dinheiro facilmente pelo smartphone sem ter uma conta bancária ou cartão de débito.

O app desenvolvido pela Valid é um novo recurso de carteira móvel do Davivienda e atende as necessidades daqueles clientes que não têm acesso às instituições financeiras. Em pouco mais de seis meses de operação o serviço já conta com mais de 150 mil usuários ativos.

A plataforma oferece duas funcionalidades pioneiras: a possibilidade de realizar transações bancárias via Facebook Messenger – os valores das operações são creditados diretamente nas contas dos beneficiados – e a transferência para colombianos que estejam no exterior. Com as novidades o número de downloads da aplicação tem aumentado significativamente, tornando a conversão de novos clientes no principal foco de novas ações in-app. “Isso reforça que a aposta no canal móvel foi uma estratégia assertiva do banco”, avalia Pierre Lassus, Global Director of Software & Services – Telecom & Payment da Valid.

A tecnologia que viabiliza a solução faz parte do framework de segurança Valid Secure Services Hub™ (VSSH™). O VSSH™ é um framework de serviços que prove a conexão segura desde diferentes canais de acesso até serviços em um backend protegido de redes externas.

“Com a tecnologia do VSSH™, serviços financeiros podem ser acessados através de aplicativos móveis, ou outros canais como SMS ou SIM Cards, de forma segura e conveniente”, explica Pierre Lassus.

Um dos desafios superados pela tecnologia VSSH™ foi modernizar a grande base de serviços do banco. Ela permite ainda oferecer novos canais de acesso ou melhorar os já existentes, utilizando técnicas de ofuscação de código, cifragem e validação de integridade de dados através de integrações simples com o produto.

“Assim, as corporações podem evoluir suas ofertas com o mínimo de impacto em seus sistemas já implementados e na mão de obra especializada disponível”, pontua o diretor da Valid.

O VSSH™ possui arquitetura modular, o que permite o rápido desenvolvimento de novos serviços e a customização de módulos já existentes de forma a viabilizar projetos que necessitem de condições especiais de acesso.

Para os aplicativos móveis para smartphone, o VSSH™ oferece um conjunto de bibliotecas que permitem implementar facilmente funcionalidades de uso de câmera com processamento de senhas e QRCode que podem beneficiar sistemas de transferência de dados remotos ou presenciais de pessoa a pessoa.

Pierre Lassus acrescenta ainda que o VSSH™ traz uma camada de regras de negócios que permite criar fluxos de registro e cadastro de clientes de acordo com os requisitos comerciais e de segurança necessários para cada tipo de cliente.

Com sede no Brasil, a empresa desenvolve plataformas de segurança integradas e customizadas para governos e organizações privadas em 17 países. Com um valor de mercado de aproximadamente R$ 1,6 bilhões e cerca de 7 mil funcionários em todo o mundo, a companhia oferece um portfólio completo de soluções em Meios de Pagamento e Telecom, Sistemas de Identificação, Marketing Digital e Certificação Digital.

Serviço:

DaviPlata Mobile

– GooglePlay

– iTunes

Segs

Nota fiscal eletrônica elimina bilhões de folhas de papel

Você já parou para pensar nos benefícios da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ao meio ambiente? Desde a implementação, em 2006, quase 1,4* milhão de empresas emitiram mais de 16,689* bilhões de notas eletrônicas, que pouparam quase 67 bilhões de folhas de papel, já que a versão impressa era emitida, em média, com quatro vias.

Isso só foi possível por conta do Certificado Digital, que adicionou autenticidade e transparência na emissão do documento, permitindo que o papel fosse substituído por um arquivo eletrônico.

De acordo com Julio Cosentino, presidente da Associação Nacional da Certificação Digital (ANCD) e vice-presidente da Certisign, a migração do processo para o eletrônico também garante outros benefícios, além da sustentabilidade. \”Uma vez que a nota é emitida no ambiente digital, poupa-se espaço para o armazenamento, o que é muito positivo para o emissor, pois o acesso, assim como o envio da nota, é facilitado\”.

Mas, afinal, o que é o Certificado Digital?
Cada vez mais, o Certificado Digital ganha espaço na mídia e na vida de pessoas. E o motivo é simples: com a modernização, os processos físicos estão migrando para o eletrônico e o Certificado é um documento que identifica pessoas e empresas no universo digital. \”Ele garante a autenticidade da operação e atribui validade jurídica à transação, assegurada pela legislação brasileira\”.

Para a emissão de notas, é possível utilizar o Certificado Digital NF-e ou e-CNPJ. \”A emissão de Notas Fiscais por meio do e-CNPJ é aconselhável somente se o próprio titular do Certificado for o emissor das notas. Se mais de uma pessoa for responsável por essa parte do negócio, é indicada a compra do Certificado Digital NF-e, que é emitido vinculado ao e-CNPJ da empresa, mas com o CPF do funcionário\”, aconselha Cosentino.

*Dados extraídos no dia 14/06/2017 – http://www.nfe.fazenda.gov.br/.

 

Analista-Tributário: confira o tutorial para a geração do Certificado Digital da Autoridade Certificadora Sindireceita

A Diretoria Executiva Nacional (DEN) informa aos Analistas-Tributários filiados em todo o país que está disponível, no canal do Sindireceita no YouTube, um vídeo explicativo contendo um passo a passo para a geração do Certificado Digital da Autoridade Certificadora Sindireceita, por meio do aplicativo do Sindicato. A certificação será usada, a princípio, para assinar digitalmente as Prestações de Contas das Delegacias Sindicais.

A LXIX Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Representantes Estaduais (CNRE), ocorrida em abril de 2017, deliberou que a funcionalidade seria utilizada para a avaliação da certificação. Na próxima reunião do Conselho, será analisada a expansão do uso do certificado para substituir os diversos formulários e documentos internos por documentos digitais.

Para solicitar o Certificado Digital por meio do aplicativo do Sindireceita, o ATRFB deve criar uma senha pessoal e intransferível, que protegerá a certificação contra usos por terceiros. Nesta etapa, o servidor também poderá informar se deseja ser notificado, por e-mail e SMS, a cada utilização do certificado. Após a solicitação, a Diretoria de Tecnologia da Informação do Sindireceita gerará o Certificado Digital.

Os Analistas-Tributários filiados poderão solicitar quantos certificados necessitarem, mas poderão ter apenas um certificado ativo. Em caso de esquecimento da senha, o servidor deverá cancelar o certificado e solicitar um novo. Todas as atividades relacionadas a um certificado são arquivadas e podem ser consultadas a qualquer momento, para garantir a integridade e a autenticidade de todas as assinaturas efetuadas com os certificados emitidos pela ICP-Sindireceita.

Confira o tutorial completo abaixo:

App Sindireceita

O aplicativo para smartphones do Sindireceita foi lançado em novembro de 2016 para gerar maior praticidade aos filiados no acesso a informações do Sindicato. Disponível nas lojas dos sistemas iOS e Android, o App oferece diversas funcionalidades que, anteriormente, apenas podiam ser acessadas por meio da Área Restrita do site do Sindireceita. O aplicativo está em processo de constante otimização e, gradativamente, todas as funcionalidades da Área Restrita estarão disponíveis neste canal.

Acessando o App, o ATRFB filiado pode conferir informações como mensalidades sindicais, dados sobre a sua filiação, realizar inscrição em eventos sindicais, além de visualizar resultados de Assembleias Gerais Nacionais Unificadas (AGNU) e vídeos da TV Sindireceita. Os delegados sindicais contam com funcionalidades específicas, entre elas a possibilidade de consultar dados de ATRFBs filiados e números de sua Delegacia Sindical (DS).

SINDIRECEITA

Defensora geral assina contrato para certificação digital para atuação de defensores públicos

A defensora pública-geral do Estado de Goiás, Lúcia Silva Gomes Moreira, assinou, na tarde desta quinta-feira (22/06), contrato com a empresa DIGISEC Certificação Digital EIRELI-ME credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), para aquisição de certificados digitais de pessoas físicas, para atuação dos defensores públicos. Estão sendo disponibilizados 60 tokens e dez validações presenciais.

A defensora geral, Lúcia Silva Moreira, afirma que este contrato traz diversos benefícios ao trabalho dos defensores públicos. “É um avanço da Defensoria Pública, que traz economia, celeridade processual e segurança. De qualquer lugar que o defensor público estiver poderá acessar e assinar seus processos, com certificação digital”, explica.

A empresa DIGISEC fará um agendamento com as gerências de cada setor para realizar o cadastramento biométrico e entregar os tokens aos defensores públicos.

Ascom/DPE-GO

Segundo Governo, Diário Oficial do Amapá passará a ser eletrônico a partir do 2º semestre

Após 70 anos de publicações impressas, no segundo semestre de 2017 o Diário Oficial do Amapá passará a ser publicado apenas em formato eletrônico. Segundo a Secretaria de Estado da Administração (Sead), desde 2015 a mudança está sendo ensaiada, a transição para o meio virtual tem como objetivo diminuir os gastos da produção que atualmente é feita com papel.

De acordo com o gerente de projetos da Secretaria de Estado da Administração, o mês de lançamento do Diário Oficial Eletrônico ainda não foi definido. O processo de transição ainda está em fase de implementação e capacitação de 20 servidores efetivos dos quadros estaduais e federais que operam diretamente no departamento de Imprensa Oficial.

O gerente ainda diz que o novo modelo do Diário Oficial Eletrônico é um avanço, pois além de incentivar o leitor, também permitirá que o usuário acesse todo o conteúdo do Diário Oficial a qualquer hora e de qualquer lugar, com a igualdade dos documentos impressos. Como mencionado, uma das grandes vantagens da implantação do modelo eletrônico será a de que o formato virtual vai trazer uma redução significativa de custos.

Ainda segundo o gerente de projetos, o Diário Oficial Eletrônico tem a intenção de realizar em breve uma alteração do local de seu funcionamento para atender da melhor forma à população e aos leitores e estudantes que utilizam os arquivos como fonte de pesquisa. O gerente acrescentou que a página online vai usar certificação digital, código de acesso e outros requisitos de validação. O veículo também terá uma nova legislação e outra forma de produção, por isso está passando por alguns ajustes.

A Secretaria de Estado da Administração informou que Diário Oficial impresso, até sua última edição, tinha em média uma tiragem diária de 500 exemplares. Desde a digitalização a economia chegou ao valor de R$ 368.870 mil reais que envolvia despesas de materiais de consumo e manutenção de equipamentos.

De acordo com a Secretaria de Estado da Administração, o processo de licitação também está em andamento para a digitalização dos arquivos publicados anteriormente, que em alguns casos conta com documentos históricos, desde a primeira divulgação dos atos do Poder Executivo, que se deu através da publicação do Jornal Amapá de 19 de março de 1945. Além disso, há uma publicação histórica importante, com a matéria do decreto nº 1 de 24 de junho de 1964, na época o Amapá era território federal e apenas no dia 03 de janeiro de 1989, com o governador Jorge Nova da Costa, foi possível ter a primeira edição do jornal com o Amapá jpa sendo um Estado. Outra informação transmitida pela Secretaria de Estado da Administração é de o processo inteiro do Diário Oficial do Amapá será feito de forma eletrônica, inclusive o envio das matérias pelos diversos órgãos.

A previsão do último diário impresso está datada para o dia 17 de junho de 2016. Após esta data, as publicações oficiais da administração pública direta vão ser realizadas através do site da Sead.

Notícias como essa, que fala sobre a descontinuação do Diário Oficial do Amapá impresso, também são disponibilizadas em outros canais além do Diário Oficial, como por exemplo, no portal Diário Oficial-e. O Diário Oficial-e é uma empresa especializada na prestação de serviços de apoio e de intermediação de publicações legais nos diários oficiais dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal e da União. Interessados em publicar um ato de interesse público de forma segura, rápida e eficaz também pode utilizar os serviços do portal.

TERRA

A internet das coisas é prioridade número um para impulsionar a transformação digital

No entanto, a segurança, a falta de habilidades e a conectividade precisam ser resolvidas para assegurar uma implementação bem-sucedida da IoT

21 de junho de 2017 – a IoT tornou-se a prioridade e a tecnologia líder da transformação digital e é prioridade número um para 92 por cento das organizações, de acordo com os resultados da pesquisa global publicada hoje pela Inmarsat (LSE: ISAT.L), a principal fornecedora mundial de comunicações móveis globais via satélite. O estudo do Programa de Pesquisas da Inmarsat focado na aplicação empresarial da Internet das Coisas (IoT) revelou que a aprendizagem de máquina (38%), a robótica (35%) e a impressão 3D (31%) também são requisitos essenciais para a entrega efetiva da transformação digital para as empresas.

Realizado pela Vanson Bourne de forma independente em nome da Inmarsat, o relatório “O Futuro da IoT nas Empresas – 2017″ do Programa de Pesquisas da Inmarsat entrevistou 500 entrevistados seniores de todos os setores de agro tecnologia, produção de energia, transporte e mineração de organizações com mais de 1.000 funcionários.

Os principais resultados revelam que quase todos (97%) os entrevistados estão experimentando, ou esperam experimentar, significativas vantagens da implantação de tecnologias IoT. A melhoria da capacidade de entrega de serviços (47%), melhor saúde e segurança em toda a organização (46%) e maior produtividade da força de trabalho (45%) foram identificadas como as três principais vantagens a serem obtidas com a implantação de soluções baseadas em IoT.

No entanto, a pesquisa também destaca preocupações com segurança, falta de habilidades (em especial na implantação de IoT) e conectividade como desafios importantes que precisam ser abordados para maximizar o potencial da IoT. Quase metade (47%) dos entrevistados acredita que suas organizações precisarão repensar sua abordagem à segurança de dados e fazer investimentos pesados para atenderem aos requisitos de segurança da IoT. Cerca de 45% citam a falta de habilidades como um desafio específico para sua organização na implantação da IoT, enquanto 29% concordam com a afirmação de que as questões de conectividade ameaçam afetar suas implantações de IoT antes mesmo de começarem.

Paul Gudonis, presidente da Inmarsat Enterprise, comentou: “O desenvolvimento e a implantação da IoT é um fenômeno novo que se espalhou por todos os setores em todas as partes do mundo, e esta pesquisa confirmou que a IoT é a tecnologia líder em transformação digital, com uma firme liderança à frente das outras formas de inovação. A IoT atua como os olhos e os ouvidos das organizações, e o seu valor vem de como os dados coletados são usados para melhorar a eficácia em toda a organização. Como tal, não é surpreendente que tantas organizações estejam implantando a IoT para impulsionar suas iniciativas de transformação digital.

“Isso não significa, porém, que os desafios estejam ausentes. A pesquisa aponta claras preocupações, principalmente com segurança, habilidades e conectividade. A crescente interconectividade de dispositivos, juntamente com um cenário de elevada segurança cibernética e uma falta de habilidades relevantes, trazem uma série de problemas. Para superar esses desafios, a colaboração é fundamental.”

“Desenvolver novas tecnologias é uma atividade complexa e se baseia em diferentes tipos de habilidades. Os provedores confiáveis de infraestrutura de rede que podem operar em qualquer lugar do mundo precisam trabalhar em estreita colaboração com empresas de usuários finais, para garantir que compreendam suas necessidades operacionais. A Inmarsat está trabalhando globalmente com nossa rede de parceiros para impulsionar a inovação através da nossa experiência em soluções IoT e de conectividade via satélite”, concluiu Gudonis.

A pesquisa “O futuro da IoT nas Empresas – 2017″ é acessível como um documento de inteligência e pode ser baixada (em inglês).

FONTE: https://cryptoid.com.br/banco-de-noticias/internet-das-coisas-transformacao-futuro-prioridade/

Poder público está com apetite para usar as novas tecnologias

Patricia Knebel

Ela é a primeira mulher à frente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa de Tecnologia da Informação (TI) do governo federal responsável por processar sistemas como da Receita Federal, Tesouro Nacional e toda folha de pagamento dos funcionários públicos. Com 57 anos de idade, Glória Guimarães está há pouco mais de um ano como diretora-presidente da companhia, mas esse setor ela conhece muito bem, mais especialmente, desde os 19 anos, quando se formou em Engenharia de Sistemas. Glória foi diretora de Tecnologia do Banco do Brasil, vice-presidente de Operações dos Correios e secretária de Logística e Tecnologia da Informação no Ministério do Planejamento, além de experiências na área privada, como na Aliança do Brasil Seguros. Chegou ao Serpro para liderar o desenvolvimento de soluções de ponta e, assim, ajudar a modernizar o setor público e facilitar a vida do cidadão. “A tecnologia pode ajudar a melhorar a gestão do País e das empresas e isso representa um grande desafio para nós. A empresa enfrenta alguns problemas financeiros, mas estamos saindo dessa problemática, pois temos um time maravilhoso para nos conduzir nessa missão”, diz, otimista. Aliás, otimismo foi uma das armas que ela utilizou para vencer as dificuldades e chegar até aqui. Uma mulher alcançar cargos mais altos, especialmente em uma área ocupada prioritariamente por homens, não é tarefa simples. “Precisamos falar mil vezes o que o homem fala 10, mas o caminho é trabalhar e entregar resultados para começar a ser respeitada”, diz, lembrando algumas dificuldades que passou na sua caminhada. Agora, ela tem a receita: seriedade, competência e bom humor. E quando o trabalho está pesado demais, ela gosta mesmo é de ir ao cinema, pegar o maior pacote de pipoca e aproveitar um bom filme.

Empresas & Negócios – Como novas tecnologias podem ajudar na gestão do governo?
Glória Guimarães – Estamos vivendo um bom momento para a Tecnologia da Informação (TI). O governo fala muito em projetos voltados para o cidadão digital e isso vai ao encontro do nosso trabalho. A perspectiva é positiva e até de crescimento, pois a TI vem com o objetivo de resolver problemas, principalmente relacionados a gastos inadequados. Quando você cruza os dados e consegue ver se os recursos foram para o local correto, todos saem ganhando. Sem falar que a tecnologia permite que você possa buscar melhores informações para a tomada de decisão e reduza custos dos seus processos. Como a necessidade de economizar é muito latente, isso traz ainda mais perspectivas de novos negócios para a nossa empresa. Temos todo arsenal para ajudar o governo nisso.

Empresas & Negócios – De que forma as tecnologias disruptivas podem contribuir neste cenário e quais as perspectivas do Serpro para a adoção?
Glória – Vemos muitas possibilidades de melhorias e temos olhado com muita atenção para projetos envolvendo Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e tecnologias para tornar as cidades mais inteligentes. Alguns projetos estão em fase-piloto. Estamos realizando uma prova de conceito com uma empresa parceira na qual usamos alguma destas novas tecnologias para ensinar o ar condicionado a identificar quando a temperatura está ideal para que, assim, ele pare de funcionar e economize energia. A ideia é implementar isso nos ministérios – se eles quiserem comprar, claro. Tecnologias de Big Data já estão sendo usadas, por exemplo, para permitir o cruzamento de dados para vermos se o Bolsa Família está sendo pago corretamente. Também temos trabalhado com redes e sensores, como no projeto Radar (sistema desenvolvido pelo Serpro no final de 2016 para a gestão de infrações pelos órgãos de trânsito). Além de permitir o preenchimento eletrônico das autuações utilizando um smartphone, a nova solução tecnológica possibilita ao agente a consulta on-line dos dados de condutores e veículos de todo o País para a validação da autuação até o controle financeiro do pagamento de multas. Usamos sensores inteligentes e, quando o seu automóvel passa por leitor, todas estas estatísticas passam a estar disponíveis. O Radar já é realidade no Distrito Federal. São novas tecnologias e estamos fazendo testes e colocando para clientes verem como funciona para adotar mais massivamente.

Empresas & Negócios – É difícil vender inovação para o poder público?
Glória – Às vezes a gente se engana. O poder público é muito moderno e tem apetite para usar novas tecnologias. Estamos desenvolvendo um projeto com o estado de São Paulo, em parceria com a empresa de TI deles e o Sebrae, para que o tempo de abertura de uma empresa possa cair de 100 dias para sete dias. Claro que existe toda essa questão dos modelos de compra, mas temos visto iniciativas interessantes no poder público.

Empresas & Negócios – Como está distribuída a rede tecnológica do Serpro e quais os principais clientes?
Glória – Somos uma empresa com 10 mil empregados e receita líquida de R$ 2,6 bilhões. São 27 regionais e áreas de desenvolvimento, atendimento aos clientes e três centros de dados: Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, onde nossas máquinas processam todos os serviços do governo federal, especialmente do Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), nossos três maiores clientes. Prestamos alguns serviços para setor privado, como bancos e seguradoras. E somos responsáveis pelos principais sistemas da Receita Federal, Tesouro Nacional e do Ministério do Planejamento como toda folha de pagamento dos funcionários públicos. São cerca de 28 milhões de transações processadas por ano nos serviços de mainframe do Serpro. Detemos conhecimento das necessidades do governo, entendemos profundamente deste negócio e, por isso, saímos na frente na oferta de tecnologia para esse setor.

Empresas & Negócios – Qual o nível de maturidade dos projetos de governo digital no Brasil?
Glória – Podemos avançar muito ainda dentro da missão de permitir que o cidadão tenha acesso aos serviços públicos de forma mais rápida e efetiva. Uma forma é criando uma identificação única e, a partir daí, permitir que ele tenha acesso a todos os seus dados de governo, como INSS, saúde, educação e até informações sobre o seu passaporte, por exemplo. Tudo sem precisar sair de casa e entrar em filas. A ideia é ir transpondo tudo isso para o mundo digital e facilitar a vida das pessoas. Que elas possam resolver a sua vida pela internet, como marcar uma consulta sem precisar ir até o posto – e se no dia tiver algum problema, receber notificações ou avisar pelo WhatsApp. O governo tem falado muito em melhorar a qualidade dos serviços ao cidadão e a tecnologia é uma das formas de tornar isso possível.