Mais de 150 milhões brasileiros são usuários do Gov.br, plataforma do governo federal que garante acesso aos 4.200 serviços digitais
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Por Flávia Said
A digitalização dos serviços do governo federal alcançou 90%, o que gera uma economia de R$ 5 bilhões nos custos anuais. A informação é do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, chefiado pela ministra Esther Dweck.
A metodologia utilizada para o cálculo da economia é a Standard Cost Model, que avalia duas vertentes: o custeio no âmbito interno (ou seja, os gastos para o governo prover o serviço, como alocação de horas de funcionários, preenchimento de formulários e uso de estruturas físicas) e a economia do cidadão (isto é, o custo de acesso, medido em termos de deslocamento e de horas de trabalho perdidas pelo trabalhador).
Essa digitalização vem em um crescente e acabou sendo potencializada a partir de 2020, pela pandemia de Covid-19. “A necessidade fez com que a gente migrasse para isso”, pontuou o secretário.
Próximas metas
Agora, o esforço é para qualificar melhor. Em junho, foi criado um laboratório de qualidade para analisar como está a prestação desses serviços. “A gente hoje está revisitando esses serviços para melhorar a qualidade deles”, revelou o secretário. Hoje, a avaliação geral dos usuários está em 4,4 (em uma escala que vai até 5).
Há expectativa de revisão de pelo menos metade desses serviços (em torno de 1.200, portanto) até o final do governo Lula (PT). “Estamos otimistas de que a gente consiga, pelo menos para os principais serviços de uso, fazer uma melhoria da experiência do cidadão ao longo desses próximos dois anos”.
Também estão planejadas oficinas regionais para que estados e municípios se espelhem no governo federal e melhorem o nível de disponibilização de serviços na internet. Essas oficinas estão previstas para o segundo semestre deste ano, começando pela região Sul.