Especialista alerta para as três ações mais aplicadas atualmente e explica o que fazer.
Recentemente vem repercutindo na internet imagens falsas elaboradas por meio da Inteligência Artificial (IA), e neste cenário, diversas celebridades e pessoas comuns passaram a ser vítimas de modificações ou criações com seu perfil, sem ter conhecimento ou seu consentimento.
Luís Henrique Menucci, coordenador de Direito da Anhanguera Santana, explica que a Inteligência Artificial é uma realidade que tem ganhado cada vez mais destaque, como meio de facilitar o dia a dia das pessoas em tarefas que antes dependia da dedicação pessoal. “No entanto, há que se ter cuidado e atenção, uma vez que pessoas mal-intencionadas também estão fazendo uso da IA para aplicarem golpes”.
Com o crescimento dos golpes de IA, Menucci alerta para as ações mais frequentes, confira.
Ataques de Inteligência Artificial direcionados. Neste golpe, os criminosos buscam explorar vulnerabilidades de algoritmos de aprendizado, manipulando sistemas, podendo resultar em manipulação de preços, ações fraudulentas, distorção de informações, dentre outras ações que possam causar prejuízos diversos.
O crime de Phishing. Os golpistas por meio de chatbots com capacidades limitadas de IA se passam por empresas ou instituições legítimas, e com isso, tentam enganar e obter informações confidências de pessoas, como senhas, número de cartão de crédito etc.
Manipulação por meio de Deepfakes. Os indivíduos utilizam a IA para manipularem e criarem áudios, vídeos falsos, mas que parecem autênticos. Inclusive, já se verificam casos em que os golpistas manipularam a voz de uma pessoa e após, entrou em contato com um familiar para “pedir” dinheiro. Outro ponto, é que a tecnologia pode ser usada para até mesmo difamar pessoas, criar notícias que não condizem com a verdade e, manipular informações de forma leviana.
Fui vítima e agora?
Luís Henrique orienta sempre ter cuidado antes de fornecer informações pessoais, pois há golpistas tentando a todo tempo angariar vantagens e utilizam de vários meios para ações mal-intencionadas. “Ao suspeitar ter sido vítima de manipulação de IA, é preciso que se tome algumas medidas como documentar evidências guardando os registros e reunir conversas e mensagens com Chatbots, para que caso seja necessário denunciar o fato, tenha meios de fornecer materiais para investigação”.
Outro ponto fundamental, segundo o professor de direito, é que caso a ação envolva plataformas de empresas ou instituições, é de extrema importância que estas sejam informadas para que possam auxiliar na investigação, assim como tomar medidas que resolvam o problema existente, evitando assim, que novas pessoas sofram com o mesmo fato.
Já para se proteger de ser vítima de uma ação de Inteligência Artificial, Luís Henrique reforça que é importante ficar atento aos sinais e saber quais são os golpes mais usados para a manipulação da IA com a finalidade de fraudar, como por exemplo o Deepfake e Phishing.
“Desconfie de solicitações suspeitas ou promessas que parecem ser muito boas para serem verdade. Verifique a fonte, com o intuito de certificar-se que está tratando com empresas ou instituições confiáveis, antes de fornecer qualquer tipo de informações pessoais ou financeiras. Também é possível utilizar soluções de segurança atualizadas em Inteligência Artificial e Cibernética, pois podem ajudar a detectar e bloquear atividades suspeitas relacionadas a tecnologia”.
Fonte: Luís Henrique de Paula Alves Menucci – Portal Contábeis