Recurso trará ainda mais segurança a documento que valida negócios pela internet
Cascavel – As consultas de proteção ao crédito e a emissão de certificados digitais estão entre as mais importantes do portfólio de serviços atualmente disponibilizados pelas associações comerciais às suas filiadas. Há casos em que os dois chegam a representar até 80% do faturamento de uma entidade, principalmente daquelas de pequeno porte. De olho nisso, a Unifaciap e a Unicaciopar realizam nesta semana um evento inédito em Cascavel e voltado a diretores, a executivos e a colaboradores de Aces que trabalham diretamente com SPC e certificação digital. Um dos assuntos é a biometria, avanço incorporado ao serviço para combater fraudes e prejuízos milionários.
O gestor da Autoridade de Registro da Faciap, Paulo Henrique Batista, abriu os trabalhos informando sobre a certificação digital. A emissão dos documentos começou em 2011, em Marechal Cândido Rondon, e hoje são cem os pontos de atendimento no Paraná, desses 20 em cidades do Oeste – nas associações comerciais. Ele ressaltou os benefícios da parceria das Aces com a Federação na prestação do serviço, executado em conjunto com a Certising, que responde por 43% do mercado brasileiro.
Entre as vantagens estão, pontuou Paulo: inadimplência zero, mídia gratuita (cartão leitor e itoken), entrega sem custos às entidades do kit biométrico (smartphone e scanner biométrico), comissão às Aces a cada novo certificado e renovação e o fortalecimento dos pilares que sustentam o associativismo empresarial, além disso o produto oferecido pela Faciap não tem mensalidade. A Federação das associações comerciais do Paraná é a segunda maior autoridade de registro da Certising, com a emissão apenas no ano passado de 65 mil certificados. O crescimento médio nos últimos anos é de 9%.
Ao mesmo tempo em que falou que a biometria será obrigatória em todos os pontos de atendimento a partir de 1º de novembro (recurso para inibir fraudes), Paulo Henrique Batista alertou sobre o assédio que as associações comerciais têm recebido de empresas que oferecem a emissão do certificado digital. “Estamos vendo que elas não costumam cumprir com o que prometem e as vantagens que dispõem nem de longe são tão boas como têm afirmado”.
Segurança
Paulo afirma também que a certificação digital é um caminho sem volta e que, em no máximo dois a três anos, todos precisarão ter a sua, tanto empresas quanto pessoas físicas. Esse é um recurso que garante confiabilidade ao sistema eletrônico, que assegura ao receptor a certeza de origem da mensagem, já que ela é responsável por identificar quem é quem no mundo virtual. É a certificação digital que torna possíveis, confiáveis e seguros negócios por meio da internet.
Um amplo birô de informações e proteção às empresas
Com 15 anos de atividades, o SPC Brasil, um dos parceiros da Faciap na BCF (Base Centralizadora de Proteção ao Crédito), é um dos maiores bancos de dados acionados no País na proteção de empresas contra a inadimplência. A matriz é em São Paulo, mas atualmente ela está conectado com 25 estados brasileiros e, gradualmente, aprimora seus serviços e se consolida como um grande birô de informações (certificação, digital, proteção ao crédito, produtos de rede e cartórios).
A Unifaciap e a Unicaciopar trazem ao treinamento inédito em Cascavel a analista Priscila Pardin, que tem mais de 12 anos de experiências com ferramentas das mais úteis à saúde financeira das empresas. São quase duas mil entidades ligadas à base do SPC Brasil e elas têm por função levar aos empresários recursos tecnológicos modernos, confiáveis e precisos para evitar perdas que podem comprometer o caixa e até a existência da empresa. Com a crise, Priscila percebe que o volume de consultas, e também da inadimplência cresceu nos últimos meses. Por isso, afirma ela, consultar regularmente é um investimento necessário a todas as empresas.
A base de dados e suas possibilidades são amplas, assim treinamentos contribuem para potencializar o uso das ferramentas desenvolvidas para proteger as empresas. Priscila faz apontamentos e mostra na prática sobre a correta utilização do sistema operacional disponibilizado pelo SPC Brasil a federações e a associações comerciais. Ela explicou os passos para cadastrar usuários no sistema, parâmetros que precisam ser considerados para a integração de sócios, como gerar relatórios, cadastrar e acompanhar o faturamento da entidade no sistema. E ainda como dar suporte para o filiado, regras de negativação e como bem atender ao consumidor no balcão.
Priscila também repassou dicas para planejar bem a execução das tarefas para que os colaboradores deem conta de suas responsabilidades sem prejuízos à associação. A analista é a favor de uma mudança principalmente nas pequenas Aces, que contam com poucos colaboradores. O software empregado pelo SPC Brasil permite que o próprio lojista faça inclusões e consultas, sem nenhuma perda à entidade conveniada. “Há formas de monitorar tudo o que o filiado pode fazer, fortalecendo em vez de enfraquecer a prestação do serviço”. Enquanto isso, o colaborador pode se dedicar à venda de outro produto ou melhorar ainda mais as relações da entidade com o quadro associado.
A vez do cadastro positivo
A tendência dos bancos de proteção ao crédito será em pouco tempo a consulta positiva. O SCP Brasil já trabalha e estimula as Aces a montarem uma base de dados ampla. “Precisamos acelerar, porque a concorrência está atenta a isso e trabalhando”, alerta a analista de treinamentos Priscila Pardin, que está em Cascavel para aperfeiçoamento a profissionais ligados a associações comerciais.
Com o cadastro positivo, os bons pagadores passarão a ser valorizados e a contar com condições diferenciadas de taxas e de prazos de pagamento. “À medida que ele ganhar importância, mais consumidores perceberão que é um bom negócio comprar e honrar os pagamentos nas datas acordadas”, diz Priscila. A informação positiva é reivindicação antiga de entidades e de líderes empresariais em todo o País.
Jornal O Paraná – 13/07/2016