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ICP-Brasil e a necessidade de uma boa comunicação

A Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil consiste num conjunto de entidades regidas por normas técnicas e legais que associa pessoas físicas e jurídicas a um par de chaves criptográficas, viabilizando assim a utilização de assinaturas eletrônicas com validade legal, descartando necessidade de uso do papel e de outros insumos como tinta, carbono e energia elétrica, por exemplo. Toda a tecnologia utilizada pela ICP-Brasil foi produzida no país, o que propicia total controle e auditabilidade por parte da Autoridade Certificadora Raiz, papel exercido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, autarquia federal vinculada à Casa Civil da Presidência da República.

Todas as informações acima são bastante claras para os partícipes da ICP-Brasil, para a comunidade acadêmica e para os amantes da tecnologia. No entanto, há um desafio maior e mais nobre nesta empreitada conduzida por governo federal e sociedade civil organizada: chegar ao cidadão comum e permitir que ele desfrute de todas as benesses dessa Infraestrutura. O primeiro obstáculo a ser superado é o da comunicação e talvez seja este o mais importante para o sucesso do projeto de levar tecnologia de ponta aos quatro cantos do Brasil.

Inclusão digital não significa apenas garantir o acesso às ferramentas tecnológicas, como computadores, tablets e smartphones, mas permitir que a vida social seja realizada a partir do uso desses equipamentos. Para tal, faz-se necessária a excelente transmissão de conhecimento e valores, fundamentais para proporcionar a compreensão e o bom uso desses mecanismos. A Comunicação Social é a área do conhecimento a ser evocada como fundamental e indispensável para que todos estejam incluídos digitalmente numa sociedade tão plural como a brasileira.

Publicações como essa dão conta de que governo, indústria de cartões e identificação eletrônica, Autoridades Certificadoras da ICP-Brasil, provedores de serviços online, portais da internet e muitos outros players da tecnologia já consomem informações em quantidade e qualidade suficientes, afinal veículos especializados focam em segmentos para que seus conteúdos sejam melhor acolhidos e, ao diapasão do interesse, difundidos.

O que proponho a todos os setores da tecnologia nacional é uma comunicação inclusiva capaz de sensibilizar a sociedade de modo simples, prático e objetivo. O conjunto de redes internacionais que conectam pessoas, a internet, pode ser o ponto de partida exatamente porque aproxima pessoas comuns à tecnologia computacional. Dados da “Pesquisa Brasileira de Mídia 2015” – PBM 2015, produzida pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República apontam que 48% da população brasileira têm acesso à internet. Desse total, 76% navegam pela rede diariamente por 4h59 minutos, de segunda a sexta-feira. E um dado chama a atenção: eles estão em busca, principalmente, de informações, 67%, – sejam elas notícias sobre temas diversos ou informações de um modo geral – de diversão e entretenimento, 67%, de uma forma de passar o tempo livre, 38%, e de estudo e aprendizagem, 24%. Podemos concluir que o brasileiro é um consumidor de informação e que esse público, o da internet, não para de crescer.

Uma comunicação inclusiva é capaz de produzir conteúdos que vão aparecer no feed do Facebook, do Instagram e do Twitter. Ela será capaz de, didaticamente, fazer o usuário simples e ávido por informações compreender para que servem as tecnologias inclusivas, suas importâncias social, econômica e ecológica.

O que precisamos hoje é informar sem causar confusão, é tornar comum sem preciosismo e fazer comum o que até então ainda é bastante incomum. A ICP-Brasil é a boa nova que precisa ser propagada para que seus bons efeitos, já percebidos onde é utilizada, sejam realizados no seio da sociedade brasileira.

Edmar Araújo é Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Católica de Brasília e pós-graduado em Letras – Leitura e Produção de Textos – pela mesma instituição. Trabalhou em jornais, emissoras de TV e rádio e portais de notícias internacionais, acumulando experiência em produção, redação e apresentação. Coordenador da Assessoria de Comunicação Social do ITI, é também chefe de gabinete substituto e dirigente de monitoramento do Serviço de Informações ao Cidadão – SIC. E-mail: edmar.araujo@iti.gov.br

O artigo foi publicado originalmente na Revista Idigital da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital – ABRID.
ITI – Instituto Nacional de Tecnologia da Informação

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