De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, mais de 600 mil reuniões foram realizadas pela plataforma emergencial por videoconferência
Desde o início da pandemia, o mundo precisou se adaptar para continuar realizando algumas atividades. A Justiça brasileira até parou por um curto período, mas teve que descobrir novas formas de manter suas atividades. Assim, a solução encontrada para continuar foi a internet.
No começo da utilização da plataforma virtual, ocorriam alguns problemas para estabelecer as conexões e entender como funcionaria, mas com o tempo ficou mais fácil.
“As desvantagens ocorreram no início da implementação do sistema de on-line. O período de adaptação foi complicado, mas houve uma verdadeira cooperação de todos”, contou a advogada Letícia Padilha.
A dona de casa Maria Soares, de 54 anos, participou de uma audiência virtual para tratar de um processo de violência doméstica previsto na Lei Maria da Penha contra seu ex-marido. Ela conta que por um lado achou positivo não ter que encontrar presencialmente com o acusado.
Por outro lado, Maria reconhece que se o seu filho não estivesse presente para entrar na plataforma pelo celular, ela provavelmente não conseguiria participar. “Meu filho entrou na sessão virtual e me entregou o celular. Como ele também era testemunha do caso, não poderia ouvir o que eu falei, mas teve que escutar pelo menos um pouco enquanto entrava na audiência”.
Para o advogado administrativista Jefferson Lourenço, de 24 anos, as videoconferências agilizaram os processos por não exigir o deslocamento das partes, além de possibilitarem uma economia. “A parte boa é que ganhamos eficiência. Com efeito, gastamos menos tempo nessas operações e gastamos bem menos mesmo (financeiramente falando). Exemplo disso é evitar viagens para outros Estados, trânsito, etc”.
A redução de gastos foi uma das principais vantagens listadas pelos tribunais e, também, por advogados. “Bom, a primeira vantagem é não precisar se deslocar. Como minha empresa presta serviços em vários estados, antes eu tinha que viajar ou pagar um advogado correspondente. Agora eu tenho o conforto de não precisar sair e isso foi uma economia também para a empresa”, concluiu Letícia.
Foto – MARCOS CORRÊA/PR
Fonte: Metropoles