Paulo Guedes defende identidade digital como recurso ao combate à fraudes

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O Ministro Paulo Guedes em seu discurso de posse diz que anunciará medidas de desburocratização e fala sobre as vantagens da utilização da identidade digital para combater fraudes em programas sociais

O Ministério da Economia, comandado agora por Paulo Guedes, unificou os ministérios da Fazenda, do Planejamento e parte do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior.

Nos primeiros 30 dias no cargo, Paulo Guedes, prometeu anunciar uma medida econômica a cada dois dias, para reduzir a burocracia e aumentar a produtividade.

Segundo ele, a equipe se concentrará em medidas que não exigem a votação do Congresso Nacional, até que os novos parlamentares tomem posse, em fevereiro, e o governo possa apresentar propostas de reformas estruturais.

Guedes adiantou que o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, anunciará, medidas de combate à fraude e a privilégios na concessão de benefícios que podem gerar economia de R$ 17 bilhões a R$ 30 bilhões por ano com a utilização da identidade digital.

Ele defendeu ainda a ampliação da utilização da identidade digital que poria fim a fraudes em todos os programas sociais. “E se a gente digitalizar tudo? E se existir a identidade digital pra tudo? Será que não vamos derrubar as fraudes?”, diz o Ministro.

Paulo Guedes sinalizou que o Planejamento estudará o Governo Digital para ampliação do uso da identidade digital em diversos programas sociais como bolsa família, voucher educação, creches, entre outros.

“A utilização da identidade digital nos programas sociais pode gerar uma economia de bilhões e bilhões de reais aos cofres públicos que podem ser redirecionados”, concluiu o Ministro.

Fonte: CryptoID

AARB fortalece sua comunicação institucional

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Representante nacional das autoridades de registro da certificação digital aumenta sua visibilidade e diálogo com o mercado

A Associação das Autoridades de Registro do Brasil (AARB) tem registrado um aumento significativo de alcances e curtidas em suas redes sociais nos últimos dois meses, fruto do empenho e investimento na comunicação institucional da nova gestão. A página da AARB no Facebook, por exemplo, alcançou 1.044 seguidores até esta segunda-feira (07/01), um incremento de cerca de 60% em comparação ao registrado no mês de outubro de 2018.

Para o presidente da entidade, Edmar Araújo, a comunicação institucional é um dos pilares do sucesso de qualquer empresa ou entidade e o alcance que a AARB tem conquistado abrirá novas oportunidades. “Nosso caminho para que o mercado de certificação digital ICP-Brasil conheça os trabalhos realizados pela AARB esta aberto. Em breve teremos uma nova logomarca, um site e informativo remodelados e novos serviços. Pelos números alcançados na rede social vejo um interesse maior do público sobre a entidade e nossa meta é cada vez mais aumentarmos nossa visibilidade”.

A AARB também tem conquistado novos seguidores no Instagram (aarb_oficial). Cerca de 227 pessoas e empresas estão seguindo a entidade na rede social, criada em 10 de novembro de 2018 e o alcance das publicações não para de aumentar. “Em tempos de fake news e excesso de informações no mundo virtual é imprescindível que a AARB ofereça temas relevantes ao nosso público alvo e o resultado deste trabalho esta sendo colhido por estes números”, diz o diretor da entidade, Paulo Milliet Roque.

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Licenças ambientais podem ser retiradas pela internet

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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) disponibilizou a assinatura eletrônica para os processos de licenciamento emitidos pela Diretoria de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição, pela regional de Curitiba e pelas prefeituras que utilizam o sistema.

A partir de agora, os requerentes não precisam comparecer ao IAP para retirar as licenças.

A assinatura eletrônica é uma nova funcionalidade do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com previsão de atualização em todos os escritórios regionais a partir do ano que vem. Para isso, os chefes regionais devem fazer a certificação digital para validar essa função no sistema.

“A assinatura eletrônica é mais um marco para a atualização tecnológica dos processos de licenciamento”, diz o diretor de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição do IAP, José Roberto Francisco Behrend. “A partir de agora, as licenças passam a ser entregues digitalmente no e-mail do usuário dos serviços do IAP”, afirma.

O IAP foi o primeiro órgão do país a emitir dispensas e licenciamentos ambientais online, permitindo aos usuários a requisição de licenças pela internet e consultas relacionadas ao processo.

SGA – Desenvolvido em 2014 pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em parceria com a Celepar (Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná), o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma solução informatizada que facilita o processo de licenciamento, e desde sua implementação a espera dos usuários diminuiu cerca de 60%. Antes os processos eram físicos e demandavam mais tempo dos servidores do IAP.

De 2014 até o momento, já foram concluídos cerca de 41 mil licenciamentos e 15 mil dispensas, que tiveram resposta mais rápida com a ajuda do sistema e a tendência é melhorar cada vez mais esses números e agilidade.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Receita na Palma da Mão

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Por meio de dispositivos móveis, será possível o acesso aos serviços do eCAC que exigem certificado digital

A Receita Federal alinhada à tendência do mercado e à necessidade dos cidadãos, que utilizam cada vez mais dispositivos móveis, já implementou diversos aplicativos para dispositivos móveis, tais como, Meu Imposto de Renda, Pessoa Física, Carnê-Leão, Micro Empreendedor Individual, Importador, Viajantes, Normas, e-Processo e CNPJ.

No entanto, os serviços virtuais disponíveis no site da RFB (e-CAC) cuja criticidade das informações demandavam autenticação por meio certificado digital não estavam disponíveis para os dispositivos móveis.

A evolução do processo de disponibilização de novos serviços virtuais ao cidadão teria de superar essa limitação. Nesse contexto, a RFB iniciou processo de prospecção tecnológica junto às empresas de mercado e ao Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) que regulamenta as regras da certificação digital ICP/Brasil.

Além da necessidade de construção de uma solução tecnológica visando os dispositivos móveis, havia também a necessidade de criação de uma arcabouço jurídico para embasar esse serviço que necessitava da participação do ITI e do Comitê Gestor do ICP/Brasil. Assim, houve a aprovação dessa solução denominada “certificação digital em nuvem” .

Nesse contexto, surgiu o projeto Receita na Palma da Mão que é uma solução da RFB que visa disponibilizar ao cidadão o acesso, utilizando o seu smartphone ou tablet , serviços virtuais do eCAC que exigem autenticação com certificado digital, que nesse caso, será o certificado em nuvem . Antes, esse acesso era possível somente a partir de estações de trabalho (computadores ou ultrabooks).

O acesso por meio do dispositivo móvel ao eCAC pode ser pelo site da RFB (rfb.gov.br) na aba “serviços”, por meio do botão “Acesso e-CAC”. Também é possível acessar o e-CAC pelo endereço https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login.

Para obter um certificado digital em nuvem, o cidadão deve procurar uma Autoridade Certificadora e realizar os procedimentos já conhecidos para a emissão de um certificado digital. No site da RFB, há a lista dessas Autoridades, lembrando que, por ser um tecnologia novas, atualmente, algumas empresas já emitentes do certificado estão desenvolvendo seus processos e tecnologia para se credenciarem junto ao ITI como emissoras dessa modalidade de certificado.

Receita Federal

Como faremos Justiça?

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Para Federico Ast, o blockchain vai transformar o trabalho no Judiciário e na advocacia

“Se um advogado do século 19 viesse em uma máquina do tempo para o século 21 e quisesse trabalhar hoje, não perceberia grandes diferenças. Mas esse mesmo advogado não entenderia nada do que se passa fora das cortes.” Quem me disse isso foi Javier Carbajo, secretário-geral da Câmara Federal de Cassação Penal, em seu escritório em Comodoro Py, onde funciona a Justiça Federal argentina. Sobre a mesa repousa um globo girador de bolinhas para sorteio, de uns 50 ou 60 anos. Era usado para sortear a distribuição de casos entre juízes e ainda entra em ação, às vezes, quando falha o software que o substituiu. Ao nosso redor há grossos volumes de livros de leis.

Como disse o investidor Marc Andreessen, o software está comendo o mundo. A revolução digital transforma todos os setores. As maiores empresas de informação (Google), transporte (Uber), alojamento (Airbnb) e mídia (Facebook) desenvolvem software. Serviços legais são exceção — até agora. Uma série de novas tecnologias, como blockchain e inteligência artificial (I.A.), irrompem no mundo dos advogados. Startups apelidadas legaltechs configuram a Justiça do futuro.

O QUE O BLOCKCHAIN DEFINIRÁ SOBRE VOCÊ

Muitos já estão familiarizados com criptomoedas como o bitcoin. São em menor número os que sabem que o blockchain, a tecnologia que sustenta a maioria das criptomoedas, tem também potencial para transformar o exercício do Direito. Um blockchain é uma base de dados compartilhada e ultrassegura. Graças a essa tecnologia, pela primeira vez um usuário de internet pode transferir propriedade a outro usuário, de modo que a transferência seja segura, que todos saibam o que ocorreu e que ninguém possa negar sua legitimidade, sem a necessidade de um intermediário.

Gonzalo Blousson é um dos pioneiros de blockchain e legaltechs na América do Sul. É cofundador e CEO da Signatura, de Buenos Aires, uma startup que usa blockchain para a certificação de documentos. A Signatura trabalha para desenvolver e implementar certificação digital em documentos e processos, informa uma placa em um de seus escritórios, situado no Espaço Bitcoin de Buenos Aires, coworking que abriga empresas desse segmento. “Pela primeira vez na história, a tecnologia de blockchain nos dá a possibilidade de garantir a autoria, a data e a imutabilidade de um documento digital. A informação é transparente e auditável por qualquer pessoa, sem a necessidade de terceiros de confiança que garantam a integridade. Nossas aplicações vão desde a simples assinatura de um contrato ou à emissão de diplomas ou certificados de estudos digitais e impossíveis de falsificar, até soluções para a transparência de licitações públicas”, diz Blousson.

Uma das principais funções de um sistema legal é o registro de propriedade. Quando essa função falha, ocorrem problemas graves. Em Honduras, funcionários do registro de terras alteravam documentos públicos para se apropriar ilegalmente de terrenos. Isso levou o governo a desenvolver uma prova piloto de registro de terras com blockchain. O objetivo era que ninguém pudesse manipular a base de dados. Na ex-república soviética da Geórgia também se desenvolvem iniciativas do tipo.

O contrato se firmou mesmo na data indicada? O envelope com proposta para a licitação foi entregue no prazo estabelecido? A pessoa obteve mesmo o diploma que menciona no currículo? Essas são algumas perguntas que podem ser respondidas com blockchain. Papéis sofrem risco de roubo ou deterioração. Arquivos digitais podem ser alterados. O blockchain, como uma base de dados extremamente difícil de hackear, permite a criação de registros de propriedade seguros.

Segundo o economista peruano Hernando de Soto, no mundo há mais de US$ 10 trilhões de ativos em capital morto. Seus donos, por deficiência nos sistemas estatais, não detêm registros. Pensa-se usualmente em casas onde vivem famílias sem título oficial de propriedade. Mas podemos pensar até numa bicicleta, um tipo de ativo que normalmente não se registra. A criação de uma base de dados compartilhada que inclua esses ativos permitirá a seus donos usá-los como garantia para obter crédito.

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A CHEGADA DOS CONTRATOS INTELIGENTES

Em 1996, no artigo Contratos Inteligentes, o criptógrafo Nick Szabo predizia que a internet mudaria para sempre a natureza dos sistemas legais. A Justiça do futuro, dizia, estaria baseada em uma tecnologia chamada contratos inteligentes.

Os contratos legais com que habitualmente trabalham os advogados estão escritos em linguagem frequentemente ambígua e sujeita a interpretações. A execução, além disso, depende do sistema judiciário, lento e manipulável. O dinheiro compra os melhores advogados e mais possibilidades de ganhar um julgamento. Um contrato inteligente é um acordo escrito em código de software. Como linguagem de programação, é claro e objetivo. O contrato se executa de maneira automática quando se cumprem as condições acordadas. Ambas as partes podem ter certeza quase total de que o acordo se cumprirá tal como foi combinado. E tudo ocorre em uma rede descentralizada de computadores. Não há nada que as partes possam fazer para evitar o cumprimento do contrato. Não adiantará nada hackear computadores ou subornar um juiz.

Imaginemos que Alice compre um automóvel com um crédito bancário, mas deixe de pagar suas prestações. Uma manhã, introduz sua chave digital no veículo — e a porta não abre. Foi bloqueada por falta de cumprimento do contrato. Minutos depois, chega o funcionário do banco com outra chave digital. Abre a porta, liga o motor e parte com o veículo. O contrato inteligente bloqueou de maneira automática o uso do automóvel por parte de Alice, por causa da falta de cumprimento do contrato. O banco recupera o veículo sem perder tempo com dinheiro nem advogados.

Szabo propôs os contratos inteligentes nos anos 90. Mas durante muito tempo, a proposta ficou só na ideia. Até que em 2014 um jovem russo-canadense de 19 anos chamado Vitalik Buterin, usando blockchain, lançou a Ethereum. Trata-se de uma rede que mantém registro compartilhado com a rede bitcoin. Mas tem linguagem de programação mais sofisticada, que permite a gravação de contratos inteligentes. Os contratos inteligentes prometem automatizar muitas das ações que historicamente se fizeram por meio de sistemas legais, reduzindo seus custos e aumentando sua velocidade e segurança.

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TECNOLOGIA NOVA, FECHADURAS VELHAS 

Os contratos inteligentes podem transformar o funcionamento de indústrias que requerem transparência para transferir pagamentos e propriedade de ativos, ou que precisam compartilhar informação sensível. Entre elas estão:

Seguros_ Imagine que um usuário tem um seguro de viagem escrito em um contrato inteligente. A decolagem do avião demora mais que o permitido. Graças ao contrato, realiza-se um pagamento automático da companhia aérea para o passageiro, sem necessidade de ele reclamar do atraso. A Capgemini Consulting estima que custos de processamento de seguros poderiam cair 12,5% com contratos inteligentes.

Hipotecas_ O processo de concessão de um crédito hipotecário é demorado e complicado. Os contratos inteligentes podem melhorar a gestão da documentação, com potencial de cortar muito os custos para os bancos. Graças a contratos inteligentes, os tomadores de créditos hipotecários poderiam se beneficiar de cortes de custo de cerca de 22%, segundo a Capgemini.

Reconhecimento de clientes_ Em novembro de 2017, os bancos UBS, Barclays, Credit Suisse, Thomson Reuters, KBC e SIX lançaram um projeto para usar contratos inteligentes a fim de melhorar a qualidade das referências de clientes. A iniciativa permite cumprir melhor os requerimentos regulatórios que os bancos enfrentam, para prevenir lavagem de dinheiro.

Ainda que o segmento esteja numa fase inicial, aos poucos vão surgindo mais legaltechs para aplicar contratos inteligentes em diferentes setores da economia. Um dos principais desafios está no ambiente regulatório — em particular, no reconhecimento legal desses contratos.
“Hoje, contamos com projetos de implementação de contratos inteligentes com validade legal, como OpenLaw, da ConsenSys (Estados Unidos), Accord Project (EUA e Reino Unido), Agrello (Estônia) e dezenas de pequenos empreendimentos pelo mundo”, afirma o advogado especializado em novas tecnologias Albi Rodriguez Jaramillo, cofundador da comunidade LegalBlock, de advogados especialistas em blockchain. “A isso, somam-se trabalhos que vêm se desenvolvendo nos últimos anos no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e em outras universidades.”

Um segundo desafio é desenvolver a infraestrutura necessária para que os contratos inteligentes possam ser executados. Isso inclui a criação de fechaduras inteligentes que respondam às ordens desses contratos. Elas é que farão a hipotética devedora Alice não conseguir abrir o carro por ter deixado de pagar as prestações. No futuro também será possível que uma casa alugada no Airbnb abra as portas de maneira automática quando ocorre o pagamento. A empresa Slock.it desenvolve uma rede universal de compartilhamento (Universal Sharing Network) na qual, espera-se, vão interagir carros, casas e outros ativos da economia compartilhada. Será uma peça fundamental para o desenvolvimento dos contratos inteligentes na nova economia.

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O EFEITO BLOCKCHAIN PARA MÚSICOS 

Há alguns anos a cantora britânica Imogen Heap vem impulsionando o blockchain como alternativa para colocar nas mãos dos artistas o poder na indústria da música. Em 2016, ela lançou sua canção Tiny Human na plataforma descentralizada Ujo Music, que permite que músicos faturem com seu trabalho sem precisar de intermediários.

Historicamente, as gravadoras foram encarregadas de contabilizar as vendas e pagar os músicos. Com o advento da internet, essa intermediação passou para grandes plataformas, como YouTube e Spotify, que são quase monopólios globais. Elas faturam e repassam aos artistas uma pequena parte.

A Ujo Music funciona de forma diferente. Cada canção se atrela a um ou mais contratos inteligentes. No caso de Tiny Human, escutá-la por streaming custava 0,6 centavo de dólar. Baixá-la custava 60 centavos. Os contratos inteligentes transferem automaticamente o dinheiro para o músico, a cada vez que alguém compra uma canção. Não há um intermediário que possa manipular a informação para ficar com parte maior do faturamento. Como tudo está registrado em blockchain, cria-se uma base de dados pública sobre as vendas que todos podem verificar. Os músicos podem saber exatamente quantas vezes a música foi ouvida e quanto rendeu, informação hoje monopolizada pelas plataformas.

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PELO FIM DO LITÍGIO IMPRODUTIVO

Por que nos limitarmos à indústria da música? O mesmo modelo pode funcionar em todos os setores. Uma equipe de designers está colaborando em um produto. Com contratos inteligentes, cada um receberá um pagamento automático a cada vez que o produto gere receita. Imaginemos que Sandra, empreendedora em São Paulo, contrata Miguel, programador na Guatemala, para que ele crie um site. Paga parte do trabalho antecipadamente. Semanas depois, Miguel entrega o site, mas Sandra não fica satisfeita — o site não tem todas as funcionalidades combinadas. Miguel não se importa. “Fiz o que pediu”, responde. Sandra está frustrada. Mas tem sentido contratar um advogado na Guatemala para entrar numa disputa de baixo valor?

Em meio a um rápido processo de globalização e digitalização, uma parcela cada vez maior da economia mundial se move por meio de freelancers que oferecem serviços a clientes em qualquer lugar do mundo. Estima-se que entre 3% e 5% das transações de comércio eletrônico terminem em disputas judiciais. O blockchain pode agilizar a resolução desses conflitos.

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A ERA DO ADVOGADO CHATBOT

Historicamente, a carreira de advogado começava com um trabalho interno realizando tarefas de busca de informação, revisão de antecedentes e assistência a colegas mais experientes na preparação de casos. Atualmente, muitas dessas tarefas começam a ser automatizadas por legaltechs. Usam I.A. com capacidade de simular a tomada de decisão humana.

O uso de I.A. em Direito foi proposto pela primeira vez pelo professor Hugh Lawford, da Universidade de Queens, nos Estados Unidos, que desenvolveu a base de dados Quic/Law nos anos 60. Percorremos um longo caminho desde aquele momento. A IBM criou o assistente legal Ross, baseado na plataforma de I.A. Watson. Ross permite realizar investigações ultrarrápidas numa base de dados com acesso a uma enorme quantidade de casos, evidências, regulação e legislação. Outra ferramenta é a Coin, usada pelo banco JPMorgan. Ela é capaz de revisar em poucos segundos uma quantidade de documentos que tomaria cerca de 360 mil horas de um advogado humano. Outras companhias, como a Premonition, oferecem serviços para prever as probabilidades de resultado de um caso em julgamento. Qual é a duração típica de um caso com essas características? Qual parcela de casos ganha o acusado? E a defesa?

Empresas de todos os portes pedem custos jurídicos menores. O serviço prestado por grandes escritórios de advocacia, com equipes numerosas e tarifas por hora, já não parece tão relevante num mundo de legaltechs e experimentação contínua. Por isso, alguns escritórios tradicionais começam a automatizar processos e reduzir custos, para seguir competitivos diante do avanço de startups.

O escritório de advocacia multinacional Dentons lançou o NextLaw Labs, uma incubadora de legaltechs. Outra empresa multinacional, Allen & Overy, em colaboração com a Deloitte, desenvolveu a MarginMatrix, que codifica leis financeiras de diferentes jurisdições e automatiza a redação de contratos. O tempo de codificar um documento cai de três horas para apenas três minutos. “Os advogados vão tomar decisões e desenhar processos para que o cliente viva uma boa experiência quando entrar em contato. Também vão tomar decisões baseadas em dados, em vez de confiar na intuição ou na experiência”, diz Juan Manuel Haddad, coordenador, na Telefônica, da área de Transformação Digital no Setor Público e na Justiça. “É necessário que os dados se tornem onipresentes e facilmente acessíveis, e que apoiem tomadas de decisão baseadas em informação em toda a empresa.”

Todos os avanços da I.A. convergem para um advogado do futuro na forma de chatbot. Joshua Browder, estudante na Universidade de Stanford, criou o primeiro da espécie. A experiência é como bater papo com uma pessoa por mensagem. O cliente pode escrever: “Recebi uma multa de trânsito injustamente”. O chatbot gera uma série de perguntas que terminam com um formulário pronto para imprimir e apresentar a reclamação. O chatbot foi usado para avaliar 375 mil multas de trânsito em dois anos e está se ampliando para novas categorias.

Do ponto de vista do cliente, grande parte das nossas interações será com chatbots, como os que já se usam nos serviços de atendimento ao consumidor. Eles nos guiarão nas primeiras etapas do processo legal. Só veremos um advogado humano nos casos mais complexos. No mundo do futuro, a vantagem competitiva do advogado humano está nas atividades que não são facilmente replicáveis por I.A. — empatia, intuição, criatividade, capacidade de comunicação e senso comum. “O advogado do futuro tem de ter uma atitude de aprendizado contínuo, curiosidade, adaptabilidade e conhecimento profundo das novas tecnologias”, comenta Haddad.

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O FUTURO DE ESCRIVÃOS E ADVOGADOS

“A Justiça é muito rápida no futuro, desde que aboliram os advogados”, informava-nos o personagem Doc Emmett Brown em De Volta para o Futuro 2. Grupos humanos em todas as épocas desenvolveram sistemas legais. Fizeram isso de acordo com suas tecnologias e crenças. Os gregos usavam tribunais populares. Na Idade Média, as acusadas de bruxaria eram acorrentadas e atiradas a um rio. Se flutuassem, eram consideradas culpadas. Os sistemas legais de nossos dias são criação dos séculos 17 e 18, época da consolidação dos Estados nacionais. Papéis, livros e atas de procedimento são tecnologias daquele momento. Nascia a figura do advogado como a conhecemos hoje. Desde então, mudou todo o resto — as sociedades, as crenças e a natureza das disputas, além da tecnologia.

Numa economia global e digital, os sistemas de Justiça analógicos começam a ficar obsoletos. Assim como a revolução do e-commerce transformou o mundo do consumo, a internet dos acordos vai revolucionar as cadeias de suprimentos, finanças, imóveis, propriedade intelectual e emprego. O blockchain e a I.A. vão transformar as leis. Richard Susskind, um dos grandes peritos em Direito e novas tecnologias, não acredita que o impacto digital sobre o Direito seja tão grande como o da Amazon sobre as livrarias. Ele crê que haverá mudanças incrementais e localizadas. A resistência dos advogados e dos sistemas jurídicos tornará o processo lento. Mesmo assim, em algum momento, a mudança chegará. Haddad, da Telefônica, adverte: “Os advogados têm de abraçar definitivamente a ruptura”.

Como todas as profissões na era digital, os advogados terão de se reinventar. No futuro, é provável que nossos filhos vejam o sistema legal de hoje como nós vemos os sistemas medievais. Assim como a internet democratizou o acesso a muitos conteúdos e as criptomoedas democratizam o acesso a serviços financeiros, a nova onda da revolução digital tem o potencial de democratizar o acesso à Justiça.

* Federico Ast é Ph.D. em gestão, professor de blockchain, economista, filósofo, fundador e CEO da Kleros, plataforma de arbitragem que usa blockchain para resolver disputas

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Época Negócios

CFC denuncia venda de carteira profissional e de Decores pela internet

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20/12/2018

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) tomou conhecimento, nesta semana, da venda de carteiras profissionais (CRC) e de Declaração de Comprovação de Rendimentos (Decores) no Mercado Livre –  site que oferece soluções de comércio eletrônico para que pessoas e empresas possam comprar, vender, pagar, anunciar e enviar produtos por meio da internet – e imediatamente determinou à sua Procuradoria Jurídica a adoção das medidas legais e criminais cabíveis.

A divulgação da possibilidade de compra de carteira de profissional da contabilidade fere, inclusive, as próprias regras constantes no link Termos e Condições Gerais do site(https://www.mercadolivre.com.br/ajuda/Termos-e-condicoes-gerais-de-uso_1409), que determina que “não é permitido anunciar produtos expressamente proibidos pela legislação vigente ou pelos Termos e condições gerais de uso do site, que não possuam a devida autorização específica de órgãos reguladores competentes, ou que violem direitos de terceiro”. O presidente do CFC, Zulmir Ivânio Breda, destacou que, apesar de a autoria de alguns dos anúncios ser desconhecida, tanto a venda como a compra da carteira de CRC configura crime de estelionato, pois o registro profissional só é concedido por Conselho Regional de Contabilidade.

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No que tange à emissão da Declaração de Comprovação de Rendimentos (Decore), o CFC alerta que a Decore consiste em um documento contábil, cuja finalidade é fazer prova sobre a informação de percepção de rendimentos de pessoas físicas. Considerada um documento de fé pública e muito utilizada por instituições financeiras, a Decore só pode ser emitida por profissional da contabilidade, com registro em Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Desde maio de 2016, está em vigor um novo modelo de Decore, que exige a necessidade de assinatura com certificado digital e obriga o envio de documentos comprobatórios dos rendimentos informados no sistema informatizado do CFC, que ficam disponíveis para consulta pela Receita Federal do Brasil.

No caso da emissão de Decore com informações falsas, o profissional da contabilidade poderá ser punido com multa pecuniária e, em caso de reincidência, poderá ser suspenso de 1 a 2 anos, caso seja comprovado o dolo. “O fornecimento de Decore com valores irreais é crime de falsidade ideológica, podendo tanto o contador quanto o seu cliente serem penalizados criminalmente”, afirmou Breda.

Fonte: Conselho Federal de Contabilidade

Portal Contábeis

Retrospectiva 2018: Novas tecnologias e as tendências para autenticação em 2019

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Machine learning, Inteligência Artificial, Self-driving-cars, criptocoins, coinminer malwares, Data hack, Moral machine, Electric cars, voice commands, realidade virtual e realidade aumentada são os temas escolhidos para minha retrospectiva de 2018, um ano de descobertas, criações, inovações, crescimento e fortalecimento da cultura digital. Questões tão retratadas em filmes de ficção científica, agora ao alcance da voz, um amadurecimento incrível dos métodos de criação e desenvolvimento de estruturas cognitivas nas máquinas que aprenderam a nos aprender.

Uma verdadeira revolução do uso das mais avançadas tecnologias para o alcance de quem quiser e conseguir utilizar. O ano de 2018 foi realmente para quem buscou entender e se preparar para a chegada das máquinas, onde demos o start para uma era na qual muitos trabalhos repetitivos serão extintos e seremos conduzidos por dados extraídos de inteligências multi-tarefas. Tudo nos trouxe para este momento; nossa dependência do consumo virtual e a típica falta de conhecimento com o que usamos (os manuais nos mandam lembranças).

Em 2019, a esperança de fazer funcionar a famosa Internet das Coisas – IoT, com uma rede global de internet capaz de transitar um volume absurdo de dados em boa velocidade – 5G –, além da transição do IPv4 para IPv6, trará ao nosso mundo, uma realidade cada vez mais próxima da virtual.

A Internet das Coisas permite que façamos operações remotas, apesar de ainda haver um problema a ser resolvido quanto à segurança das conexões com estes dispositivos existem soluções que não estão distantes de nós, como o Certificado Digital – Arquivopadrão X.509 de criptografia assíncrona usado para assinar, criptografar e autenticar seu titular.

Instituído no Brasil pela MP2.200-2/2001 – em nuvem, que permite que o usuário possa se conectar sendo autenticado diretamente por aplicativo no smartphone, o que resolveria um problema de identificação da pessoa que realiza uma tarefa, solicitando para sua torradeira começar a assar o pão, por exemplo.

A Certificação Digital em nuvem já é utilizada no Brasil por grandes instituições e hospitais para resolver outros tipos de problemas internos, e para o consumidor final, pode ter aplicações que vão muito além de um uso familiar. Isso porque este tipo de Certificado tem o poder de substituir a assinatura física em papel e seu consequente reconhecimento de firma em cartório. Um bom exemplo de uso e aplicação é o da Receita Federal que disponibiliza um sítio na internet para o usuário consultar e transmitir dados ao órgão sem necessidade de comparecer fisicamente portando documentos de identificação, tampouco autenticações em cartórios.

Chamamos este tipo de ação de Não-repúdio e Validade Jurídica, uma vez que não há necessidade de terceiros intervirem no processo para garantirem sua legitimidade. Imagine alugar sua casa com uma assinatura online, pois isso já é possível e viável.

Vamos andar 10 anos à frente e olhar para 2018 como a descoberta dessa nova era do digital. Agora nos resta decidir que tipo de olhar nostálgico teremos.

CanalTech

Alteração na consulta de NFe a partir de 2019

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O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou no Diário Oficial da União de 1º de novembro de 2018, os ajustes (Sinief 16/18 e Sinief 17/18) que alertam sobre a obrigatoriedade do uso do certificado digital na consulta de Notas Fiscais a partir do dia 1º de janeiro de 2019.

A partir desta data não será mais possível consultar informações completas das notas a partir de uma chave de acesso, nem mesmo pelo site da Secretaria da Fazenda (Sefaz), a não ser que possua o certificado digital do destinatário.

As ferramentas que ofereciam o download das Notas Fiscais sem o certificado digital deixarão de existir. Isso ocorre pois tais serviços se baseiam em robôs que entram no portal da Secretaria da Fazenda, copiam o conteúdo do site e constroem uma nota artificialmente.

O aviso publicado no Diário Oficial da União no dia 01 de novembro de 2018 especifica que a “disponibilização completa das informações e campos exibidos na consulta será por meio de acesso restrito e vinculada à relação do consulente com a operação descrita na NFe consultada”.

Além disso, o Ajuste Sinief 16/18, informa que a relação do consulente deve ser identificada por meio de certificado digital.

Com informações de 24HorasNews e Informe Floripa

Nota Fiscal Avulsa Eletrônica facilita operações comerciais em Alagoas

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Cidadãos podem emitir documento fiscal gratuitamente no site da Secretaria da Fazenda

Para fluir a circulação de mercadorias em Alagoas, ampliar a prestação de serviços online e reduzir os custos para seus usuários, surge a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e). Esse serviço da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AL) está relacionado ao documento fiscal eletrônico que tem o maior número de usuários potencialmente habilitados. Mais da metade dos contribuintes alagoanos estão aptos a utilizarem o sistema de autoatendimento.

A NFA-e é um serviço facultativo e gratuito. O objetivo é registrar a operação comercial. Todos os procedimentos podem ser realizados de forma online. Sendo uma Nota Fiscal Eletrônica, modelo 55, com aplicativo e certificado digital disponibilizados pela Sefaz-AL, o sistema utiliza atualmente a versão mais moderna, que é a 4.0.

No banco de dados da Secretaria, têm aproximadamente 110 mil contribuintes. Desses, 70 mil são Microempreendedores Individuais (MEIs). O chefe de Documentos Fiscais, Sérgio Machado, explica que há dois tipos de usuários da Nota Fiscal Avulsa: os contribuintes e os não contribuintes.

“O primeiro grupo se refere aos MEIs e os produtores rurais pessoas físicas que são os contribuintes de ICMS e representam em torno de 65% do cadastro de contribuintes da Sefaz-AL. Quanto ao segundo, temos as pessoas físicas ou jurídicas que não possuem atividade econômica de interesse da Fazenda”, menciona.

A praticidade começa na sua emissão. Basta entrar no link http://nfae.sefaz.al.gov.br/sca_default_login_page, preencher os campos, validar, transmitir e imprimir. Os usuários com cadastro na Sefaz podem acessar a NFA-e com o nº da inscrição estadual e a senha do Portal do Contribuinte. Para as pessoas físicas e jurídicas não contribuintes do ICMS, deve ser providenciado o cadastro na Nota Fiscal Cidadã (NFC), para utilização do CPF/CNPJ e senha da NFC no sistema da NFA-e.

De acordo com o contador, Edvan Gomes, a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica surge como uma excelente aliada do cidadão, principalmente pela rapidez e praticidade do uso no portal. Além disto, evita deslocamentos desnecessários às unidades da Fazenda pública, reduzindo custos e tempo perdido.

“Já utilizei o sistema diversas vezes [mais de dez] para atender os meus clientes, seja os que não possuem certificado (MEI) ou não contribuinte que não tem Caceal (representante comercial). Em todas, obtive êxito”, ressalta.

Alagoas é um dos estados que oferece tal porte para os Microempreendedores Individuais, bem como Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Confira abaixo os principais vídeos sobre o tema elaborados pela Secretaria da Fazenda:

Nota Fiscal Avulsa Eletrônica

Benefícios da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica

Como Emitir a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica

Fonte: Ascom Sefaz

ITI atualiza regulamentação sobre uso do certificado digital na Carteira de Identificação Estudantil – CIE

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O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI publicou na quinta-feira, 27/12/2018, no Diário Oficial da União – DOU, a versão 2.0 do documento “Certificação de Atributo referente à Carteira de Identificação Estudantil – CACIE”, que regulamenta as especificações relativas a parte eletrônica da Carteira de Identificação Estudantil – CIE, em especial o uso do Certificado de Atributo no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, componente de segurança obrigatória na CIE.

A CIE é um documento de modelo único nacionalmente padronizado pelas entidades nacionais de representação estudantil e pelo ITI, conforme Art.1º parágrafo 2º da Lei nº 12.933/13. A carteira pode ser emitida em formato físico, cartão, ou em equivalente digital, ambos modelos devem ser assinados digitalmente e possuírem “QR-Code” personalizado, com Certificado de Atributo, que possibilite consulta ao banco de dados.

A versão 2.0 do documento CACIE traz atualizações nas especificações técnicas do Certificado de Atributo. Além de informações sobre o banco de dados que deve ser disponibilizado para validação da autenticidade das carteiras.

É importante destacar que a competência do ITI é apenas de determinar o padrão de certificação digital a ser utilizado nas referidas carteiras, não possuindo o Instituto competência legal para emitir ou fiscalizar a sua emissão.

Fonte: ITI