ICANN59 | Johannesburg

(*) Nivaldo Cleto

Participarei pelo #CGI.br da 59ª Reunião da ICANN (Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números) entre os dias 26 e 29 de junho de 2016, em Joanesburgo, na África do Sul.
Essa reunião seguirá o modelo “policy forum”. Nessa modalidade, a agenda de trabalho geralmente reserva as manhãs para a ocorrência de sessões individuais e conjuntas das organizações de suporte (SOs) e comitês consultivos (ACs). As tardes, em sua maioria, são reservadas para a realização de sessões comunitárias com a finalidade de permitir a discussão coletiva de temas selecionados. E, em todas as noites, há eventos sociais que objetivam gerar oportunidades de networking.
Estou envolvido na Business Constituency, que é o Grupo que representa a voz dos usuários comerciais na Internet junto à ICANN.

A reunião de Joanesburgo terá um caráter histórico: ela será a primeira ocasião em que um “Fórum Comunitário” será realizado especificamente com o propósito de deliberar (diga-se: aprovar ou rejeitar) uma modificação nas cláusulas pétreas do estatuto da #ICANN, aprovada pelo Conselho Diretor em 18/05/2017.
O Fórum é um dos instrumentos previstos no arcabouço de “empoderamento da comunidade”, adotado no contexto da transição IANA. A modificação envolve a criação de uma nova comissão do Conselho estritamente incumbida de processar pedidos de reconsideração relativos a ações ou inações do staff e Diretoria da corporação em casos específicos previstos pelo estatuto.

Um resumo dos principais tópicos de discussões que acontecerão nessa semana:

• A continuidade do trabalho do Grupo de Trabalho Comunitário sobre Accountability da ICANN, por meio da reunião presencial dos nove subgrupos que o constituem. O trabalho desses subgrupos está previsto para se encerrar em março de 2018, por ocasião da #ICANN #61, de modo que, até o fim do ano, na ICANN #63, o GT tenha suas atividades encerradas.
• A controvérsia relativa à aprovação da liberação do registro de códigos de duas letras no segundo nível dos nomes genéricos, bem como a recente liberação, pelo Conselho Diretor, do registro de nomes completos de países e territórios no mesmo nível, após a validação com o país pertinente segundo o processo estruturado no âmbito do Comitê Consultivo Governamental (GAC).
• A avaliação e discussão dos resultados de diversas consultas públicas que se encerraram nos meses que se seguiram à ICANN #58: sobre o uso de nomes de países e territórios como domínios de primeiro nível (CCWG-UCTN); sobre o impacto dos novos gTLDs na Competitividade, Confiança e Escolha do Consumidor; sobre as rodadas futuras do programa de novos gTLDs; além dos procedimentos para lidar com conflitos entre as políticas em torno do Whois e as regras relativas à privacidade em diversas jurisdições.
• A destinação dos recursos auferidos com leilões de novos gTLDs, bem como discussões multidimensionais relativas às próximas rodadas do programa de novos gTLDs.
• O estágio atual em que se encontra a revisão do Comitê Consultivo At-Large (ALAC).
• As políticas que vêm sendo adotadas para proteger os nomes de organizações governamentais internacionais e da Cruz Vermelha e entidades associadas.
• Dois relatórios produzidos pelo GT Segurança Pública do GAC.
Uma série de reuniões conjuntas, setoriais e outros eventos de interesse dos diversos grupos constituintes do CGI.br serão realizados durante o evento no qual os membros do CGI.br irão participar e compor a agenda de trabalhos para Joanesburgo.

Como de praxe, o relatório completo do evento será divulgado no Observatório da Internet no Brasil.

https://meetings.icann.org/en

(*) Nivaldo Cleto – empresário da Contabilidade e do segmento da Certificação Digital, representante dos Empresários Usuários de Internet no Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br

Novos membros do Comitê Gestor da ICP-Brasil são nomeados

Presidente e secretário-geral da AARB são reconduzidos como representantes da sociedade civil

O presidente da Câmara dos Deputados, no exercício do cargo de Presidente da República, Rodrigo Maia, designou e reconduziu os membros do Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – CG ICP-Brasil. O ato foi publicado na edição desta quarta-feira (21) do Diário Oficial da União.

Vinculado à Casa Civil da Presidência da República, o Comitê Gestor da ICP-Brasil é a autoridade gestora das políticas relacionadas ao Sistema Nacional de Certificação Digital e conta com representantes do governo e da sociedade civil, entre eles o presidente e o secretário geral da Associação das Autoridades de Registro do Brasil – AARB, Nivaldo Cleto e Bruno Linhares.

A próxima reunião com os novos membros esta marcada para o dia 6 de julho, na sede do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, em Brasília.

Confira na publicação do DOU todos os nomeados e suas representações.

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Gigatron Franchising projeta faturar mais de R$ 1 milhão com modelo de negócio container somente este ano

O novo formato segue as mesmas especificações da proposta do Certificado Digital, mas possibilitará que o atendimento ao cliente ocorra dentro do container, podendo se locomover para diversas localidades, aumentando ainda mais as possibilidades de vendas do franqueado

Você já se imaginou trabalhando dentro de um container? Pois então, essa moda chegou com tudo no Brasil e possibilita utilizar a estrutura para diversas funções, como casa, estabelecimentos comerciais e até mesmo para escritório.

A novidade é uma ótima alternativa para aqueles que querem montar um negócio próprio. Além de serem práticos e móveis, são diferenciados e bastante customizáveis.

Marcelo Salomão, diretor executivo da Gigatron Franchising, rede de franquias de serviços em tecnologia, explica que o novo modelo de container tem sido uma boa opção por se tratar de um material econômico, além de atender clientes em um ambiente aconchegante e acolhedor. O modelo geralmente é instalado em áreas de maior circulação e podem ser encontrados com a metragem padrão de 5 x 2,3 e 3m de altura.

A Gigatron já oferece duas modalidades de negócios aos franqueados: uma na área de emissão de Certificado Digital – carro chefe da marca – e outra na área de comercialização de Softwares para gestão empresarial. A marca lança em junho um novo modelo de negócio que segue as mesmas especificações da proposta do Certificado Digital, mas com um grande diferencial: o atendimento ao cliente ocorre dentro do container, podendo se locomover para diversas localidades e eventos, o que aumenta ainda mais as possibilidades de vendas do franqueado.

Segundo Salomão, o modelo de loja container se tornou uma tendência no mercado de franchising por ter um baixo custo e apresentar uma estrutura mais enxuta e prática, ideal para o modelo de negócio proposto pela Gigatron. “É um formato que proporciona resultado em grande escala. O objetivo é oferecer novas oportunidades de atendimento da franquia, de maneira ainda mais inovadora e flexível”, acredita. “Além disso, existem inúmeras cidades e regiões do Brasil com potencial para receber esse modelo de negócio”, acrescenta o empresário.

Investimento

O investimento deste novo modelo de negócio é de R$ 40.5 mil, considerando taxa de franquia mais taxa de instalação e capital de giro. “Apesar de exigir um investimento acima do que já oferecemos, as possibilidades de faturamento e lucratividade também são maiores. Afinal, a característica de mobilidade do negócio – ou seja, o franqueado pode ir até o consumidor final – facilita a escalabilidade do negócio e gera 40% mais chances de se conquistar cliente que os modelos loja física fixa ou home office”, reforça Marcelo. O faturamento bruto mensal de um franqueado no modelo container é de R$ 45 mil, com lucro médio mensal de R$ 20 mil. Enquanto o prazo de retorno do investimento está estimado entre 12 e 18 meses.

A expectativa da marca é que até o final deste ano, 30 unidades container estejam em operação em diversas localidades do país, entre elas, grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, e outras, onde a mobilidade pode gerar grandes benefícios para o atendimento dos franqueados. A expectativa da marca, para 2017, é faturar R$ 1,2 milhão, somente com este novo modelo de negócio.

Serviços que deram certo

Desde julho do ano passado, empresas do Simples Nacional que possuem mais de cinco funcionários passaram a ser obrigadas a usarem Certificado Digital para prestar informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias. Agora, desde o dia primeiro de janeiro, essa obrigatoriedade se estendeu às empresas do Simples Nacional com mais de três funcionários.

Este tipo de serviço, desde então, tem favorecido a Gigatron Franchising. Quase 70% dos modelos de negócio da rede são voltados para a comercialização e emissão de certificados digitais.

“É nosso modelo de negócio que mais cresce! Finalizamos o ano passado com 84 unidades desse modelo de negócio. Agora temos 90 e nossa meta, para até o final de 2017, é chegar a 140 franquias de certificado digital”, revela Salomão.

As vantagens oferecidas aos que se utilizam do uso dos Certificados Digitais são inúmeras. Antes, os processos tinham que ser realizados pessoalmente ou por meio de inúmeros documentos em papel. Com os Certificados Digitais, os processos tornam-se menos burocráticos, mais rápidos e, consequentemente, mais baratos. Além disso, a certificação digital garante autenticidade e integridade. O documento com assinatura digital ICP-Brasil tem a validade de um documento em papel assinado manualmente.

Outro ponto que chama a atenção ao modelo de negócio de Certificados Digitais é a possibilidade do franqueado atuar em vários modelos, dentro desse segmento: como o PA (Ponto de Atendimento), modalidade de negócio para venda de certificado digital de baixo investimento direcionada especificamente para escritórios de contabilidade e empresas que desejam fazer do certificado um produto a mais para entregar a seus clientes; e o AGR (Agente de Registro), que trabalha com a prospecção de Pontos de Atendimento e comercializando certificados.

Outras 64 unidades da rede são da área de Giga Softwares. “Em breve, estaremos na seguinte proporção: a cada quatro franqueados de Certificado, teremos um de Software”, acrescenta o empresário.

Portal Segs

MT – Novo sistema da Sefaz garante mais segurança e facilidade aos usuários

A Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT) informa que está disponível, no portal www.sefaz.mt.gov.br, o novo sistema de controle de acesso aos aplicativos e sistemas informatizados da pasta, o “Acesso Web”. Para acessar, o usuário deverá clicar na opção “acesso serviços”, disponível no banner “serviços”, na página principal do site.

De acordo com a Coordenadoria de Tecnologia da Informação (COTI), a ferramenta substitui o antigo “servidor fazendário” e visa dar mais segurança aos usuários que acessam os sistemas. “Trabalhamos para aumentar a segurança aos usuários do sistema e para a Secretaria de Fazenda. Além disso, nos empenhamos para disponibilizar uma nova interface com um layout que facilite a utilização dos sistemas fazendários”, pontuou o analista de sistemas da COTI, André Peripolli.

Dentre as novidades do novo sistema de acesso, está o uso de certificação digital para a autenticação (login). Dessa forma, para algumas funcionalidades específicas, definidas como de alta criticidade, o certificado digital passa a ser obrigatório. A alteração atende a portaria nº 249/2015, que estabelece a obrigatoriedade do uso da ferramenta para acesso a aplicativos e sistemas informatizados sob gestão e administração da Sefaz.

“Os usuários que já possuem certificado digital (e-CPF) poderão utilizá-lo para acesso ao novo sistema, clicando no botão “certificado digital” disponível na tela de autenticação. Para quem não possui certificado digital ainda, o acesso continua a funcionar com os mesmos usuário e senha”, explica André, ressaltando que o “Acesso Web” é destinado a servidores, contabilistas, unidades do Governo, entre outros órgãos do Estado.

Outra novidade é que as solicitações de permissão ao sistema “Acesso Web” serão online. Com isso, os trâmites de liberações serão aprovados ou negados por meio do próprio sistema, sem a necessidade de protocolo de documentos físicos na Gerência de Cadastro e Domicílio Tributário Eletrônico (GCAD), unidade responsável pelo gerenciamento de acessos.

Folhamax

Banco Paulista aumenta produtividade com uso da assinatura digital

Assinatura digital simplificou processos e deu mais agilidade ao banco, além de trazer inúmeras facilidades para os clientes

OiStock-641523082-381x273_c Banco Paulista fechou sua participação em câmbio em 2016 com uma movimentação de aproximadamente US$ 20 bilhões de dólares, 8º em volume de operações e com 29 mil operações só no mercado primário, segundo ranking divulgado pelo Banco Central.

Com uma área de câmbio tão ativa e com um volume bem expressivo de operações, o banco precisa sempre precisa racionalizar e simplificar seus processos, além de desburocratizar para absorver o crescimento da demanda, conforme ressalta Tarcísio Rodrigues Joaquim, diretor de operações internacionais do Banco Paulista e da corretora de câmbio Socopa.

Segundo o executivo, por sempre se orientar pela busca de melhorias dos processos operacionais, em 2014 o banco implementou o uso da assinatura digital em contratos de câmbio. Após avaliar algumas soluções de mercado, o Banco Paulista selecionou a QualiSign, pela facilidade de integração e melhor composição de custo/benefício oferecida.

Apesar de a implantação ter sido rápida e bem-sucedida, a principal barreira ainda é a mudança do papel para o meio digital. “Apesar de a validade jurídica da assinatura digital ser inquestionável, ainda assim muitos clientes querem ter algum papel, seja para registrar, para efeito fiscal ou para anexar ao processo. Estas são as principais justificativas dos clientes que ainda resistem à mudança”, afirma Joaquim.

Assinatura digital e eletrônica

Apesar da resistência, o executivo diz que o uso vem sendo conquistado paulatinamente, à medida que os clientes percebem os benefícios ao adotá-lo. Além do mais, o Bacen recentemente autorizou o uso da assinatura eletrônica, aquela que não exige o certificado digital. “É uma alternativa que o banco está avaliando.  Sua adoção poderá propiciar o crescimento da adesão dos clientes para o mundo digital, pois aqueles que não possuem o certificado digital terão a possibilidade de assinar os contratos de câmbio por meio do mesmo portal de assinaturas que os clientes já utilizam”, afirmou Joaquim. “No ano passado, o volume de contratos assinados digitalmente era cerca de 30% do total do mercado primário e em neste ano já percebemos um crescimento deste indicador.”

Entre os benefícios obtidos com a assinatura digital, segundo o executivo, está a agilidade. Isso se deve à simplificação e consequente redução do tempo gasto na formalização do contrato. “Os prazos de formalização via papel giram em torno de sete a dez dias, enquanto que com a assinatura digital eles são reduzidos para um ou dois dias. Além de o processo ser muito mais rápido, pois elimina a remessa via motoboy ou correio e a coleta física da assinatura no papel, também o racionalizamos dentro do banco, pois não há necessidade de abonar as assinaturas, processo moroso e necessário quando se assina no papel”, explica Sérgio José Da Silva, gerente de suporte ao cliente do Banco Paulista.

Com o processo eletrônico a redução de custos é evidente, pois custos no tratamento do papel, no abono de assinaturas, no controle e armazenamento físico por cinco anos praticamente deixam de existir. “A economia também ocorre com o cliente do banco, uma vez que ele não precisa mais imprimir o contrato em duas vias nem enviá-lo ao banco por motoboy ou correio. Tudo isso é resolvido de forma digital e com segurança” reforça Silva.

A assinatura digital assegura também a integridade, confidencialidade e autenticidade às informações eletrônicas. “Temos um melhor controle sobre quem tem poderes para assinar pelo cliente”, reforça Joaquim.

Mais capacidade

Com todas as melhorias nos processos houve ganho de 10% em produtividade. Segundo Joaquim, com os mesmos recursos o banco conseguiu aumentar e melhorar sua capacidade de atendimento, suportando ainda o crescimento do volume de operações.

Outro ponto importante é a questão da sustentabilidade. Pelo volume de contratos em 2016, o Banco Paulista evitou a derrubada de 8,6 árvores, eliminando o consumo de 1152kw de energia e 6.480 litros de água, que seriam gastos na produção deste papel. Também economizou a emissão de 11,6 toneladas de CO²que seriam gerados na sua produção. Eliminar o papel é evitar corte de árvores.

Para Joaquim, 2017 já está sendo um ano mais promissor. “Com o cenário melhor da economia e do mercado de câmbio, a expansão do uso do certificado digital e a possibilidade do uso da assinatura eletrônica, continuaremos vencendo as resistências da cultura do papel por meio da introdução do mundo digital, em nome de um mercado mais dinâmico, mais rápido e eficiente, com ganhos significativos para os clientes, colaboradores e para o banco”, concluiu.

Computerworld

 

Safeweb: certificados em Lisboa

A Safeweb, empresa de certificação digital com 650 postos de atendimento no Brasil, acaba de abrir uma unidade em Lisboa, Portugal.

O objetivo é atender os brasileiros residentes no país, que poderão emitir seus certificados digitais diretamente na capital portuguesa.

“Existem muitos brasileiros morando em Portugal e que necessitam deste serviço. Daí a ideia de iniciarmos a expansão da empresa no exterior por esse país”, afirma o presidente da Safeweb, Luiz Carlos Zancanella.

Há demanda para o serviço que a Safeweb quer oferecer.

Nos últimos meses, a imprensa tem retratado um movimento de imigração de brasileiros de classe média para Portugal, nos moldes do que costumava acontecer com a Flórida.

Em 2016, os brasileiros no país chegavam a cerca de 85 mil, ou pouco mais de 21% dos estrangeiros legais no pequeno país de 10 milhões de habitantes.

As remessas feitas do Brasil para Portugal totalizaram US$ 71,1 milhões, uma vez que os novos moradores muitas vezes continuam recebendo proventos do Brasil, sejam de empresas, sejam de imóveis ou aposentadoria, e, por tanto, podem usar certificados digitais para administrar o patrimônio a distância.

Ao todo, a Safeweb emitiu 150 mil certificados digitais no ano passado.

A empresa é dona do primeiro certificado digital desenvolvido totalmente internamente por uma empresa privada no Brasil, certificado junto ao Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), órgão vinculado à Casa Civil que mantém a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).

Além da emissão de certificados digitais, a Safeweb oferece soluções ao Sistema Público de Escrituração Digital brasileiro (SPED), tais como NF-e, NFS-e, NFC-e, CT-e e MDF-e, bem como sistemas voltados à Segurança da Informação como o eVoto, Certificado de Atributo e Administração Municipal sem Papel (AdM-p).

Baguete

 

 

 

PI – Jucepi volta a ocupar lugar de destaque no ranking nacional

Modernizada, Junta caminha rumo à excelência.

Autor: Thais Loyola

Há 2 anos e meio, Alzenir Porto recebeu um grande desafio: reestruturar, modernizar e restabelecer a imagem da Junta Comercial do Estado do Piauí, uma das instituições mais antigas do Estado. Ao acumular problemas de ordem física, estrutural e organizacional, a autarquia estava desacreditada junto aos meios empresarial, jurídico e contabilista do Estado. A Jucepi clamava por socorro a olhos vistos e era motivo de polêmicos embates entre as categorias que necessitavam dos serviços do órgão.

Foto/Francisco Gilásio

Atualmente, a Junta é gerida por Alzenir Porto, que também é empresária do setor privado da capital. Conhecida pelo pulso forte e por ser adepta da máxima “se me passarem uma tarefa saibam que irei cumpri-la”, Alzenir, ao ser convidada para assumir a pasta, disse que só aceitaria o cargo se pudesse dar uma nova cara à Jucepi. E assim o fez. Hoje, depois de um trabalho árduo e muita boa vontade, a autarquia caminha rumo à excelência por meio da desburocratização e da informatização.

Recentemente, a Jucepi foi classificada, no ranking nacional das Juntas Comerciais, como a sexta melhor do país. A avaliação foi divulgada pela Receita Federal e pelo Departamento de Registro Empresarial e Integração – Drei, órgão federal ao qual as Juntas Comerciais estão subordinadas em relação à legislação.

Mas, do início de 2015 até hoje, um longo caminho foi percorrido. O primeiro passo foi oferecer um melhor atendimento àqueles que procuravam os serviços da Junta. A maior reclamação dos usuários se referia à demora na abertura de empresas: é sabido da existência de casos que demoraram injustificáveis 8 meses para serem concluídos. Além disso, os usuários não possuíam mais paciência ante a inoperância, fluxo processual lento e insegurança jurídica. “Ao fazermos um estudo da situação da Junta, vimos que precisávamos informatizá-la imediatamente, colocar a documentação em dia e agilizar a tramitação de processos. Em um ambiente de negócios, é impossível trabalhar com a morosidade que tínhamos”, relata.

A partir de então, começou efetivamente o processo de modernização da Jucepi. Em maio de 2016, a autarquia implantou o Piauí Digital. A ferramenta é responsável pela integração entre os dados cadastrais da Receita Federal do Brasil e os diversos órgãos Estaduais e Municipais que participam dos processos de abertura, alteração e baixa de empresas e as disponibiliza na rede mundial de computadores. O sistema é um grande impulsionador destes processos, gerando facilidade, segurança e agilidade para o poder público e para o cidadão empreendedor, além de trazer diversos outros benefícios.

De acordo com Alzenir, o Estado saiu de uma Junta extremamente atrasada, em todos os aspectos, para um órgão munido de um sistema moderno e ágil. “Deixamos um pouco de lado o papel e passamos a trabalhar com informatização. Aquele que possuir certificação digital e internet no seu trabalho, residência ou em quaisquer municípios do interior não precisa mais vir à nossa sede porque é possível tramitar documentos e inserir informações por meio do portal”, declara. Segundo a presidente, o avanço é considerável e os louros desta conquista devem ser divididos com os parceiros da Jucepi: ATI, Sedet, Secretaria de Administração, Corpo de Bombeiros, Sebrae, Receita Federal, Conselho Regional de Contabilidade, Sescon-PI, Fecomércio, Vigilância Sanitária, dentre outros.

A autarquia também ocupa um novo endereço e há um projeto de reforma para o prédio próprio no qual sempre funcionou, no Centro. O novo espaço, que fica localizado a menos de 1 km da sede oficial, oferece mais conforto aos profissionais e usuários que precisam se deslocar à Junta.

 Capital Teresina

O uso da assinatura digital nos processos do setor educacional

Por Maria Teresa Aarão*

Eficiência operacional e redução de custos. Como conquistá-los?

O uso do Certificado Digital tem sido a resposta para empresas de diversos segmentos e, agora, também passou a ser pauta das instituições de ensino. E qual é o motivo?

Não é novidade que as secretarias acadêmicas lidam com milhares de procedimentos que incluem a assinatura de documentos em papel, como diplomas, certificados, histórico escolar, entre outros. Com o Certificado Digital os processos desses exemplos podem ser migrados para o meio eletrônico, concedendo aos signatários comodidade e à área administrativa uma gestão paperless.

Isso é possível porque a cada uso do Certificado é gerada uma assinatura digital que tem o mesmo valor jurídico da manuscrita, garantido pela legislação brasileira. Ou seja: o papel é substituído pelo arquivo eletrônico e a caneta pelo Certificado Digital com total segurança e respaldo da lei.

Vamos aos ganhos. O primeiro é a eficiência operacional, porque processos realizados no meio eletrônico são mais rápidos. Para se ter uma ideia, lotes com centenas de diplomas podem ser assinados com apenas um clique, e do mesmo modo que as assinaturas são geradas, os envios são realizados. Não é preciso que a instituição de ensino se preocupe com a presença física do reitor para assinar, já que ele pode fazer isso em qualquer lugar e a qualquer hora, basta estar com acesso à internet e em posse do Certificado Digital, que, inclusive, pode ser armazenado no celular ou tablet, por meio da versão mobileID. Se preocupar com a retirada do diploma por parte do aluno também não é preciso, porque ele recebe o documento por e-mail.

Sobre a redução de custos, para calculá-la é só pensar em todas as etapas que são eliminadas ao migrar o processo de assinatura para o meio eletrônico. Não há uso de papel, logo necessidade de impressão; espaço para o armazenamento de documentos; mão de obra para organizar acervos e receber os alunos pessoalmente na instituição de ensino; entre outros.

Diante de tantos benefícios fica uma questão: é complicado inserir a Certificação Digital no dia a dia das instituições de ensino? A resposta é não. Há dois meios de integrar a tecnologia na rotina administrativa do setor de educação: por meio do uso de um portal de assinaturas, que pode ser customizado de acordo com as regras da instituição, ou integrando a tecnologia em sistemas novos ou já utilizados pela secretaria acadêmica. Em ambos os casos, não é preciso realizar mudanças na infraestrutura tecnológica.

*Maria Teresa Aarão é diretora de Inovação em Produtos e Mercados da Certisign.

Crypto ID

Qual é a relevância do profissional de Contabilidade nas empresas?

Julio Cosentino, vice-presidente da Certisign e presidente da ANCD (Associação Nacional de Certificação Digital), responde

A contabilidade é uma das profissões mais antigas do mundo. Existem registros do uso dela, de maneira simplificada, com os fenícios, que contabilizavam o que era realizado em cada transação – a venda e o dinheiro recebido. Também já foram encontrados escritos da Babilônia, que mostravam a cobrança de impostos.

Já a contabilidade moderna, podemos creditar para o monge franciscano e matemático italiano Luca Pacioli. O livro “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità” (Conhecimentos de Aritmética, Geometria, Proporção e Proporcionalidade), no qual foi exposto o método das Partidas Dobradas ou Método Veneziano, que, basicamente, diz que a operação de uma empresa pode ser representada por diferentes variáveis, as chamadas contas e isto em 1494, trouxe para o mundo um novo olhar, uma nova realidade para contabilidade.

Hoje, o real papel do contabilista é muito maior. Sabemos que o contabilista não é mais aquele profissional que chega ao escritório do cliente com o livro de contas a pagar e receber, ou até mesmo dos tributos, debaixo do braço e apenas informa o empresário sobre andamento dessas atividades.

Os processos se digitalizaram na mesma medida em que os contabilistas aprimoraram seus conhecimentos, tornando-se conselheiros e peças fundamentais na tomada de decisão. Agora, o profissional contábil é capaz de mostrar informações que podem ser utilizadas para o crescimento dos rendimentos das empresas.

Essa relevância pode ser traduzida em número: atualmente, no Brasil, existem mais de 530 mil profissionais da contabilidade, sendo que, destes, mais de 180 mil são contabilistas técnicos, de acordo com dados do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). O aumento do número de profissionais a cada ano é visível, visto a importância que a profissão vem ganhando nestes últimos tempos.

Junto com a digitalização chegou a esses profissionais a exigência do uso do Certificado Digital, que gerou uma transformação importante e exigiu flexibilidade e mudança de hábitos. Rapidamente, eles aderiram à tecnologia e desde então tornaram-se os maiores incentivadores do uso dela. Afinal, com o Certificado eles ganharam mais agilidade na rotina do escritório e transparência nos processos.

O Certificado Digital também trouxe um grande aliado, e porque não benefício, para o contador: o tempo! Como quase tudo pode ser entregue de maneira digital, o Contador não precisa se deslocar para realizar a maior parte dos processos. Basta utilizar um Certificado Digital e pronto. Por consequência, ele ganhou mais qualidade de vida e mais tempo para se dedicar à gestão dos negócios: do próprio e de seus clientes.

E por falar na gestão de seu próprio negócio, os profissionais da contabilidade já usam o Certificado para outras aplicações, como a assinatura de contratos com seus clientes e fornecedores. Sim, de forma inteligente, eles estão migrando também os processos administrativos para o digital e, por consequência, estimulando o mesmo em seus clientes.

O processo é muito simples para ambas as partes envolvidas. Basta subir o contrato a ser assinado em um portal de assinaturas e definir os demais signatários. Com o Certificado e poucos cliques, ele assina o documento e a própria plataforma notifica o próximo signatário sobre a necessidade da assinatura. Rapidamente, sem caneta e papel e sem ter que chamar o cliente até o escritório para formalizar o serviço ou enviar o documento por meio de um portador.

O profissional da Contabilidade é sim, hoje, a chave para o crescimento de um negócio. Ele deve ser valorizado porque é comprometido com o desenvolvimento das empresas e, consequentemente, do País.

Jornal do Comércio