RFB destaca simplificação tributária da aduana através da biometria e da internet

Em sua revista semestral disponibilizada neste final de semana, a Receita Federal destaca ter realizado em 2015 cerca de 127 milhões de atendimentos ao contribuinte via internet, o que corresponde a mais de 77% de toda a procura verificada no ano passado.

Além disso, até a metade deste ano, outros 66 milhões de atendimentos foram feitos por meio do site e-CAC, disponível no portal da Receita, cujo acesso só pode ser feito com certificado digital obtido pelos usuários diretamente no portal ou através da página (http://idg.receita.fazenda.gov.br/interface/atendimento-virtual).

O informativo oficial também dá conta que a proposta de modernização da aduana, iniciada em março, prevendo a implantação de um sistema de reconhecimento biométrico nos 13 aeroportos internacionais brasileiros já está em sua fase de testes no Aeroporto Internacional de Brasília.

Assim que implantado, será possível cruzar as informações da Declaração Eletrônica de Bens do Viajante (e-DBV), com os dados da Polícia Federal e das companhias aéreas para a realização de uma análise de risco por parametrização eletrônica e identificação por biometria facial. Este sistema resultará em maior agilidade na liberação dos passageiros ao proporcionar maior precisão e rapidez em sua identificação.

A publicação diz ainda que outro objetivo é dar mais proteção à indústria e ao emprego nacionais, ao combater a entrada de mercadorias com destinação comercial ilícita seja pelo contrabando, descaminho, ou tráfico internacional de drogas e armas, além de outras práticas desonestas que entravam o processo aduaneiro.

A íntegra da Revista Fato Gerador pode ser acessada no seguinte endereço: http://idg.receita.fazenda.gov.br/publicacoes/revista-fato-gerador/revista-fato-gerador-11edicao.pdf

Fonte: Portal Dedução

Pronova facilita a emissão para estudantes brasileiros residentes em Coimbra

Na tarde da última quinta-feira, 06 de Outubro, na Casa da Lusofonia, a APEB/Coimbra – Associação dos Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra, representada pelo seu Presidente, Eduardo Monteiro, celebrou um protocolo de parceria com a sucursal portuguesa da Autoridade Certificadora brasileira PRONOVA, representada por seu presidente e fundador, Mauro Moreira.

provova-05

A APEB/Coimbra é uma associação que visa a estimular a criação de um espaço de cidadania e valorização da cultura e dos interesses dos estudantes brasileiros na cidade de Coimbra, ao mesmo tempo em que apoia a integração à vida acadêmica e cultural em Portugal. 

A PRONOVA é uma Autoridade Certificadora brasileira com mais de 10 anos de atuação no segmento de certificação digital no âmbito da ICP Brasil, e por com seu caráter empreendedor, expandiu sua operação e possui escritórios em Portugal para atender o empresariado brasileiro que reside e tem negócios no exterior em especial na Europa.

“Pelo acordo firmado entre as instituições, os estudantes brasileiros que vivem em Coimbra poderão emitir ou “renovar” o seu certificado digital, com 20% de desconto, sem precisar, para tanto, de ir ao Brasil ou sequer sair de Coimbra”, declara Mauro Moreira.

A PRONOVA vai até a casa do estudante recolher a assinatura (validação presencial) e fazer a emissão do certificado. Basta o estudante interessado fazer contato com a empresa e enviar, por e-mail os documentos necessários para a emissão do certificado que pode ser emitido para pessoa física ou jurídica.

O Certificado Digital é um arquivo eletrônico que identifica pessoas e empresas na internet. É utilizado para garantir segurança, autenticidade, privacidade e integridade de mensagens, documentos e transações realizadas na internet. Os Certificados de Pessoa Física e Jurídica, atualmente, são obrigatórios para grande parte das operações no mercado brasileiro, seu uso vai desde a assinatura eletrônica de arquivos, envio de e-mail assinado digitalmente e envio de mensagens com conteúdo criptografado à emissão de nota fiscal eletrônica e peticionamento eletrônico.

A partir dessa parceria da APEB, portanto, todos aqueles que necessitarem de um certificado digital, poderão fazê-lo, por um preço especial, no seu próprio domicílio.

CryptoID /  APEB/Coimbra

Certificação Digital | Novidades são apresentadas no XVII CONEC

Agilidade, redução de custos e segurança já são excelentes motivos para aderir ao certificado digital, porém os participantes do fórum Certificação Digital – Conquistar negócios todos os dias, durante a 17ª edição do Congresso Nacional dos Corretores de Seguros (CONEC), no último sábado (8), encontraram ainda mais motivos para aderir à ferramenta.

O conteúdo foi ministrado por Leonardo Gonçalves (Certisign), Manuel Matos (AC Sincor) e Rodrigo Vilela (AR Unitas), sob mediação de Carlos Caporali (coordenador da Comissão de ARs do Sincor-SP) e apresentou demonstrativos das utilidades e facilidades que o recurso reserva aos profissionais, prioritariamente, do mercado segurador.

Indo na direção contrária ao argumento mais utilizado por quem ainda resiste ao certificado, Matos pontuou que o modelo não afasta o corretor de seguros dos seus clientes.

“Pelo contrário. É uma excelente estratégia para resgatar o momento de aproximação, uma vez que a emissão do documento só pode ser feita presencialmente. Além disso, o cliente consegue distinguir com maior precisão quais são os profissionais que atuam com transparência dos que oferecem serviços de forma exploratória e fora da lei”, defende.

Fazendo coro ao discurso do seu co-palestrante, Vilela salientou pontos em que a utilização do certificado promove melhorias dos resultados da corretora.

“A validação presencial é um ponto de contato que fideliza a demanda com quatro vezes menos tempo e dinheiro. Atentos a pontos como qualidade dos sistemas, planejamento financeiro em que a margem compense, mas o valor não exceda, e o conhecimento sobre o seu cliente, o negócio tem muito a prosperar”, acredita.

Apresentando a ferramenta da Certising, o terceiro palestrante do fórum destacou a facilidade, sustentabilidade e economia promovidas através da utilização do AssinaSeg, portal de assinatura do mercado de seguros com validação jurídica.

O recurso viabiliza a utilização do certificado digital de forma segura e eficaz. Através dela, todos os processos que requerem certificações dentro de um contrato são entregues ao cliente de forma rápida e com cursos reduzidos”, classifica Gonçalves.

Fonte: www.segs.com.br

Mitos e verdades sobre a certificação digital

eqiw88070

Cada vez mais, a comunicação é transferida do meio físico para o meio virtual. Nas empresas, processos que antes acumulavam papéis são agora realizados pela internet. É assim na hora de cumprir obrigações junto aos órgãos públicos, como Receita Federal e Justiça, e também para realizar tarefas pessoais, como vender ou comprar um bem. Notadamente, um dos instrumentos que viabilizaram a mudança foi o certificado digital, que autentica o usuário no meio digital e confere validade jurídica a e-mails e documentos assinados eletronicamente. Para se ter ideia da magnitude desse mercado, no período de abril de 2015 a abril de 2016, foram emitidos quase seis milhões de certificados digitais, segundo o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). Em 2015, o mercado de certificação cresceu 28 % e até o final do ano, a expectativa é um avanço da ordem de 20 %.

É preciso, no entanto, estar atento a alguns mitos e verdades sobre o uso do certificado. Quem faz o alerta é o diretor de comunicação da autoridade certificadora DOCCLOUD, Renato Teixeira, que aponta cinco mitos e verdades sobre o uso da assinatura eletrônica.

Não requer a guarda de documentos – MITO

Embora no ambiente virtual seja feito uso de documentos eletrônicos, isto é, documentos digitalizados, o certificado digital não dispensa a guarda de documentos. As empresas precisam ter o cuidado de imprimir os comprovantes dos pagamentos feitos ao Fisco, ao passo que as pessoas físicas devem ter o cuidado de guardar recibos das transações. “A documentação assinada eletronicamente só estará salva no meio digital –  em um computador, por exemplo – se o usuário tiver esse cuidado”, afirma Teixeira.

Evita fraudes – VERDADE

A tecnologia da certificação funciona como uma assinatura eletrônica, com dados protegidos por chaves criptografadas, que identifica o usuário no ambiente virtual e atesta quem fez uma determinada transação no sistema. O sigilo e a autenticidade são inerentes ao certificado digital. “O sistema de chaves criptografadas é atualmente a forma mais sofisticada e segura de acesso à informação”, afirma Teixeira.

Pode ser usado por terceiro – MITO

O certificado digital é intransferível e deve ser usado apenas por seu titular.  Quando alguém compartilha o certificado com terceiros, corre o risco do uso indevido do documento. “É como se o terceiro tivesse o RG e o CPF do titular do certificado em mãos e ainda pudesse fazer uso da assinatura dele para validar contratos, comprar e vender bens”, explica o diretor de comunicação da DOCCLOUD. Isso porque o certificado confere validade jurídica a tudo que for assinado com ele. “Você não quer passar cheque em branco assinado, quer?”, investiga Teixeira. Quando o titular de um certificado precisar de um terceiro para representá-lo, deve fazer uma procuração eletrônica, informando a validade da procuração e a que fim se destina. O procurador, nesse caso, deverá fazer uso de um certificado digital próprio para cumprir a tarefa.

Dispensa autenticações – VERDADE

O certificado digital serve para comprovar que o titular do certificado é quem diz ser, permitindo a ele realizar transações remotamente, sem a necessidade de autenticações por autenticidade (verificação do cartão de assinatura no cartório) ou veracidade (quando é requerida a presença física do solicitante). A tecnologia do certificado digital é tão consistente que atribui validade legal a tudo que for assinado por seu titular.

Só empresas precisam ter – MITO

Embora o governo venha ampliando a exigência da adoção da identidade digital para as empresas, que precisam do certificado para estar em dia com o Fisco, não são só elas que precisam ter o certificado digital. Hoje, a identidade eletrônica é indispensável para profissionais liberais, como advogados, médicos e contadores. As mudanças no mercado de trabalho e o aumento da mobilidade também são mercados potenciais para as certificadoras. Uma pesquisa do Home Office Brasil mostrou que, comparado a 2014, em 2016 aumentou 50 % o número de empresas que implantaram o trabalho fora do escritório. Por dar validade jurídica a documentos e e-mails e tornar desnecessária a presença física para cumprir compromissos, o certificado digital tem sido amplamente utilizado por PFs (pessoas físicas). “Quem faz uso da certificação não precisa estar em um lugar fixo. Mesmo em trânsito, consegue cumprir tarefas de ordem profissional e pessoal”, afirma Teixeira. Em número de certificações digitais pessoa física, só de janeiro a abril deste ano, foram cerca de 340 mil os certificados emitidos.

Fonte: Attitude.com

 

Cartórios: CGJ fiscaliza envio de relatórios de operações imobiliárias

A Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Piauí (CGJ-PI) intensificará a fiscalização quanto ao envio de relatórios sobre emissão de Declaração sobre Operações Imobiliárias (DOI) à Receita Federal do Brasil (RFB) pelas serventias extrajudiciais. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (13), durante reunião entre o corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Gentil, e o delegado da RFB em Teresina, Eudimar Ferreira.

São obrigados a enviar o relatório da DOI todos os responsáveis por Cartórios de Notas, de Registro de Imóveis e de Títulos e Documentos. Dentre as atribuições da Corregedoria Geral da Justiça está a fiscalização dos serviços notariais e/ou de registros.

De acordo com o magistrado Julio Cesar Garcez, juiz auxiliar da Corregedoria, as correições ordinárias extrajudiciais, realizadas anualmente pelo juiz corregedor permanente de cada comarca, incluem questionamento acerca do envio de relatório da Declaração de Operações Imobiliárias à Receita. “Vamos fazer uma fiscalização intensa em relação a este item e proceder com a abertura de Processo Administrativo Disciplinar em caso de constatação da ausência da emissão destes relatórios”, adiantou o magistrado.

Segundo o delegado da Receita Federal do Brasil, o envio de relatório sobre a expedição de DOI deve ser feito mensalmente pelos cartórios. “Utilizamos essas informações para o acompanhamento da evolução patrimonial do contribuinte, para realizarmos cruzamento de dados em relação à Declaração de Imposto de Renda, ajudando no combate a fraudes”, afirmou Eudimar Ferreira. “Estamos confeccionando um levantamento sobre os cartórios que não emitem estes relatórios regularmente, que será enviado oficialmente à Corregedoria”, acrescentou.

A transmissão das DOI à RFB é feita eletronicamente, por meio de sistema semelhante ao utilizado pelo contribuinte para declarar seu Imposto de Renda. Para isso, o titular da serventia deve utilizar certificado digital. Devem ser comunicados à Receita os documentos lavrados, anotados, matriculados, registrados e averbados nas serventias e que caracterizem aquisição ou alienação de imóveis, realizada por pessoa física ou jurídica, independentemente de seu valor.

Portal AZ

Prazo para declaração de bens no exterior está acabando, mas ainda há muitas dúvidas

A baixa adesão ao programa do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) a menos de um mês do fim do prazo de entrega (dia 31) é um sinal da falta de clareza em relação à Lei de Repatriação 

A baixa adesão ao programa do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) a menos de um mês do fim do prazo de entrega (dia 31) é um sinal da falta de clareza em relação à Lei de Repatriação. A Receita Federal esperava arrecadar com a repatriação de recursos R$ 50 bilhões, mas a estimativa é de R$ 30 bilhões. Com isso, o Câmada dos Deputados tentou alterar as regras do programa (permitir a retificação caso o contribuinte encontre erro no valor declarado após a entrega) e ampliar o prazo de entrega (para 15/11, 01/ 12 ou 31/12), mas por falta de acordo com os partidos menores, acabou engavetando definitivamente a proposta.

O RERCT é um programa para declaração voluntária de recursos, bens ou direitos no exterior que não foram declarados (ou que foram declarados incorretamente) às autoridades brasileiras no passado. Ou seja, quem porventura tenha contas, investimentos, imóveis, trustes e demais recursos no exterior, previstos no programa e que não foram declarados ao Fisco, tem a chance de fazê-lo – mediante o pagamento de um imposto e multa correspondentes – e, assim, se eximir (ou ter a punibilidade extinta) de alguns crimes correlatos, tais como lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

A Lei de Repatriação promete “perdoar” quem informar recursos não declarados em outros países e pagar 15% de imposto, mais uma multa de 15%. De acordo com Daniel Bettega, diretor da Andersen Tax Brasil, há efetivamente uma cruzada global contra o anonimato de investimentos e recursos.

Ele ressalta que o processo pode ser trabalhoso, principalmente devido à quantidade de ativos a serem reportados, mas existem outros complicadores. “No caso de participação societária no exterior, deve-se ainda contar com escrituração contábil que nem sempre está em ordem. O contribuinte somente pode entregar a declaração de regularização através de certificado digital. Há ainda restrições quanto aos bens possuídos no exterior que podem ser reportados e a quais pessoas podem aderir ao programa. Sem contar as consequências dos rendimentos advindos dos recursos no exterior de 2015 até o momento”.

Outro ponto bastante discutido é a indefinição sobre o período da cobrança (“foto” ou “filme”), e a possível extensão do prazo de adesão, que são objeto de um projeto de alteração da lei. “O governo não parece concordar com as alterações de forma efetiva, e o relógio continua correndo”, explica Bettega.

Fonte: Portal Dedução – 14/10

Para executivos, hackers de informações pessoais são a nova grande ameaça

Ataques cibernéticos levam líderes empresariais a ter cautela e enviar menos e-mails

Líderes corporativos estão preocupados com invasões de hackers que usam informações pessoais ou e-mails particulares para chantageá-los ou prejudicar seriamente a reputação da empresa.
Líderes corporativos estão preocupados com invasões de hackers que usam informações pessoais ou e-mails particulares para chantageá-los ou prejudicar seriamente a reputação da empresa. PHOTO: ISTOCK

As empresas vêm combatendo invasores da internet empenhados em roubar segredos corporativos durante anos. Agora, os líderes dessas empresas também precisam se preocupar se esses hackers irão usar informações pessoais ou e-mails particulares para chantageá-los ou prejudicar seriamente a reputação da companhia.

Isso já ocorreu em uma série de ocasiões, mais notavelmente na invasão cibernética sofrida pela Sony Pictures Entertainment em 2014. Mas nos últimos três meses, hackers divulgaram e-mails e documentos que pertencem a várias pessoas influentes, como o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell, e Debbie Wasserman Schultz, ex-presidente do Partido Democrata.

Os líderes corporativos há muito tempo já sabem que suas mensagens podem emergir em processos judiciais ou investigações do governo, mas uma série recente de invasões e subsequentes vazamentos de documentos têm levado alguns executivos a ver seus e-mails com mais cautela.

David Prokupek, diretor-presidente da empresa de serviços tributários Jackson Hewitt Tax Service Inc., no Estado americano de New Jersey, estima que reduziu o número de e-mails de trabalho que ele envia em cerca de 20% a 30% nos últimos 12 meses. E as mensagens que ele envia geralmente só se estendem por “algumas linhas”. “Ser mais cauteloso é apenas parte da rotina neste momento”, diz.

Os hackers chamam a prática de divulgar informações pessoais de outra pessoa sem consentimento de “doxing”. Há 20 anos, essa era uma tática de vingança usada exclusivamente por grupos beligerantes de hackers. Dez anos depois, ela começou a ser utilizada pelo grupo de hackers ativistas Anonymous. E especialistas em segurança agora vinculam esta atividade a equipes profissionais de hackers que operam em nome da Rússia.

Os usuários da internet foram lembrados deste risco em setembro, quando a gigante de internet Yahoo Inc. divulgou que ao menos 500 milhões de nomes de usuários e senhas haviam sido roubados. O The Wall Street Journal revelou em 23 de setembro que a invasão havia começado no segundo semestre de 2014, quando hackers russos tentaram acessar contas de e-mail do Yahoo.

A prática do doxing veio para ficar, segundo Gabriella Coleman, antropóloga da Universidade McGill, do Canadá, que estuda a cultura hacker. “Porque os e-mails contêm uma vasta riqueza de informações interessantes.”

Os hackers publicaram e-mails pessoais e documentos extraídos da Open Society Foundations, uma fundação criada pelo investidor bilionário George Soros; do general da Força Aérea dos EUA Philip Breedlove, ex-comandante supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte; e de Debbie Wasserman Schultz, que pediu demissão quando um e-mail que revelou discussões de sua equipe sfoi divulgado.

Em 20 de setembro, o diretor da Inteligência Nacional dos EUA, James Clapper, sugeriu que a Rússia estava por trás dos mais recentes ataques. O governo russo não respondeu a pedidos de comentários, mas o país anteriormente negou envolvimento.

Os vazamentos já custaram os empregos de altos executivos. Um exemplo é o caso da ex-copresidente do conselho da Sony Pictures, Amy Pascal, que pediu demissão depois que as informações vazadas a deixaram em uma posição desconfortável.

Davia Temin, especialista em treinamento de executivos e gerente de crises que já trabalhou com vítimas de hackers, diz que seus clientes temem ser vítimas de um vazamento similar ao da Sony. Executivos que tiveram rápida ascensão são especialmente temerosos de que uma invasão possa atrapalhar suas carreiras. Então ela aconselha a prática de uma troca amena de mensagens. “Você não pode deixar que sua personalidade seja exposta integralmente em um e-mail”, diz.

Através de representantes, Pascal e o diretor-presidente da Sony Entertainment, Michael Lynton, não quiseram comentar para este artigo. Em uma entrevista à revista “Harvard Business Review” no ano passado, Lynton descreveu uma Sony cuja cultura corporativa foi abalada pelo caso. “Acredito que todo mundo está mais cauteloso com o que coloca em um e-mail”, disse ele, “e o instinto hoje em dia com mais frequência faz você telefonar ou marcar um encontro pessoalmente, especialmente quando o assunto é delicado”.

Assim como os ataques ao partido democrata, o incidente da Sony não parece ter sido trabalho de amadores, com as autoridades americanas culpando a Coreia do Norte pela invasão. O país negou.

O e-mail é uma área particularmente vulnerável para as empresas, diz Ryan Lackey, consultor de segurança na internet. “É um sistema de quase 40 anos que não teve a segurança incluída desde sua criação”, diz. “Você está colocando dados altamente sensíveis em um sistema que não foi criado para isso.”

Liz Pearce, diretora-presidente da empresa americana de software LiquidPlanner Inc., diz que os temores sobre hackers se assemelham a “um imposto que você paga para ter o privilégio de operar uma empresa”. Ela tem confiado menos em e-mails nos últimos anos, preferindo lidar com a maioria dos problemas face a face ou por telefone.

A LiquidPlanner notou uma “onda” de e-mails falsos nos últimos 12 meses. Ao menos uma vez por mês, alguém usa um endereço de e-mail parecido com o de um executivo ou membro do conselho para tentar obter informações dos funcionários. Há cerca de seis meses, um funcionário mordeu a isca e forneceu um número de cartão de crédito.

As empresas estão reavaliando como devem manter os dados e, em alguns casos, reduzindo o período de armazenamento dos e-mails, dizem especialistas em segurança. Quando os executivos viajam para países de alto risco, como Rússia ou China, tornou-se prática comum dar eles computadores temporários que não possuem informações, diz Lackey. Alguns executivos usam software de criptografia, que exige uma senha digital para que os e-mails possam ser lidos.

Norman Guadagno, executivo de marketing da Carbonite Inc., firma de software que oferece serviços de armazenamento para arquivos e aplicações de clientes, adotou a criptografia após seu e-mail pessoal ser invadido, há três anos. “Isso me acordou.” Em agosto, a Carbonite incluiu uma ferramenta de criptografia no e-mail de seus 815 funcionários.

THE WALL STREET JOURNAL

Calendário fiscal sobrecarrega contadores e empresários

Por Silvia Pimentel

Embora a Receita tenha prometido extinguir algumas obrigações acessórias depois do advento do Sped, empresários permanecem sobrecarregados com a burocracia

Os escritórios de contabilidade enfrentam uma rotina intensa para cumprir prazos de entrega de declarações ao fisco.

Embora a Receita Federal tenha prometido extinguir algumas obrigações acessórias depois do advento do Sistema Público de Escrituração Fiscal (Sped), as empresas contábeis permanecem sobrecarregadas com a burocracia.

No calendário reservado ao fisco, são poucos os dias sem uma declaração a ser enviada pelos departamentos fiscal, contábil ou de pessoal.

Uma das reclamações recorrentes diz respeito ao grau de detalhamento e complexidade das novas exigências, que migraram do papel para os meios eletrônicos.

É o caso, por exemplo, do Bloco K, um dos módulos do Sped que pede informações minuciosas da indústria sobre os estoques e deve ser entregue a partir de janeiro do próximo ano, depois de vários adiamentos e reclamações de contribuintes incluídos na lista de obrigatoriedade.

A pedido do Diário do Comércio, a King Contabilidade fez um levantamento dos prazos de entrega das principais obrigações acessórias exigidas pelo fisco ao longo do ano.

Em muitos casos, as exigências mensais coincidem com as datas de entrega de obrigações anuais, gerando uma avalanche de pedidos de adiamentos de entidades ligadas ao setor.

No final deste mês, por exemplo, vence o prazo de entrega da DOI (Declaração sobre Operações Imobiliárias).

Na opinião da consultora tributária da King, Elvira de Carvalho, atualmente, a EFD-ICMS/IPI e a EFD-Contribuições têm demandado o maior tempo dos escritórios de contabilidade.

“Em São Paulo, o prazo de entrega destas declarações vence no dia 20 de cada mês, próximo ao período de entrega da GIA-ICMS, uma exigência do governo estadual, cuja transmissão aos sistemas do fisco é feita entre os dias 16 e 20”, explica a consultora.

Pelo levantamento, há uma concentração de vencimentos entre os dias 12 e 20 de cada mês. Até o décimo quinto dia útil, por exemplo, é preciso entregar a DCTF, exigida das empresas do lucro real e presumido.

Em paralelo, as atenções estão voltadas para a GIA e o bloco P, exigido das empresas enquadradas na desoneração da Folha de Salários, cujas entregas são feitas no dia 20.

Ainda neste dia, os profissionais da contabilidade precisam estar preparados para a apuração da DAS (Documento de Arrecadação Simplificada), das empresas do Simples Nacional.

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS: CARGA PESADA

De acordo com o diretor da Orcose Contabilidade, Julio Linuesa Perez, a redução do número de obrigações acessórias ocorre gradualmente desde que o Sped foi acionado, mas ainda está longe do ideal.

O que mais impacta o trabalho dos escritórios atualmente é a quantidade de informações exigidas e o grau de complexidade, que aumentam de forma acentuada.

“O fisco tem exigido, cada vez mais, dados detalhados das operações. Antes da entrada do Sped, as informações fiscais eram prestadas com base no valor total da operação. Agora, são exigidas informações detalhadas, por item de produtos e mercadorias”, explica o contador.

A partir de janeiro de 2018, é possível que sejam revogadas algumas obrigações acessórias preparadas pelo departamento pessoal.

Isso porque está previsto para entrar em operação, depois de mais de dez prorrogações, o eSocial, (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), que vai unificar todas as informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias relativas aos trabalhadores.

Para o contador, além da complexidade dos dados exigidos pelo fisco e dos prazos apertados, outro empecilho é a repetição de informações enviadas.

No Estado de São Paulo, por exemplo, diversas informações prestadas na GIA (Guia de Informação e Apuração do ICMS) são exigidas também na EFD – ICMS/IPI (Escrituração Fiscal Digital do ICMS e do IPI).

“O profissional da contabilidade tem cada vez mais atuado como agente intermediário do governo, pois cabe a ele coletar as informações das operações realizadas pelos seus clientes, convertê-las em arquivos digitais de acordo com os layouts definidos pelo fisco e repassar às administrações tributárias, o que compromete os trabalhos de consultoria contábil que tais profissionais poderiam prestar às empresas na gestão de seus negócios”, afirma.

Para o contador, mesmo com a utilização de sistemas integrados, a excessiva quantidade de obrigações acessórias, somada ao emaranhado de normas tributárias, tem onerado os custos das empresas contábeis.

Diário do Comércio-SP

Assinatura Eletrônica e Digital são a mesma coisa?

Por Ricardo Theil

Se olharmos para a terminologia das palavras assinatura eletrônica e digital, elas parecem sinônimos, mas na verdade não são. O mercado corporativo tem tomado conhecimento de uma série de alternativas para a formalização eletrônica de documentos ou mais especificamente para a sua assinatura.

Estas alternativas muitas vezes se confundem à primeira vista gerando dúvidas sobre as diferenças de cada uma. Qual a diferença que existe entre elas? Qual é a mais segura? Como compará-las entre si e decidir qual é a melhor opção para o seu caso?

Assinatura Eletrônica é o gênero para designar todas as espécies de identificação de autoria de documentos ou outros instrumentos elaborados por meios eletrônicos, enquanto a assinatura digital é uma das espécies do gênero assinatura eletrônica (1).

Como analogia, podemos considerar que a assinatura eletrônica diz respeito à floresta com os seus vários tipos de árvores, enquanto a assinatura digital diz respeito a uma das espécies de árvore desta floresta.

No contexto da formalização digital a característica mais importante que se deve identificar entre as espécies de assinatura é a força probante ou eficácia probatória que é a capacidade que se tem de provar que uma determinada assinatura foi feita pela pessoa que se diz ser.

Esta característica é a base para entendermos melhor as diferenças de cada tipo de assinatura eletrônica, alguns exemplos:

Senhas Código secreto previamente acordado entre as partes como forma de reconhecimento.

Assinatura digitalizada É a reprodução da assinatura de próprio punho como imagem (grafia) obtida por um equipamento tipo escâner.

Aceite Digital É um acordo em forma digital. Pode ser um “clique no botão, De Acordo, Confirmar, etc.”, o que significa uma concordância aos termos de um documento.

Assinatura Digital Resultado de uma operação matemática que utiliza algoritmos de criptografia assimétrica (padrão x509 v3) que permite aferir com segurança a autoria e não repúdio da assinatura e a integridade do documento.

A espécie senha é largamente utilizada pela maioria das pessoas para operações bancárias e acessos a diversas fontes de informação, aplicativos e outros. Devido a maior facilidade de memorização, elas normalmente não são complexas, são repetidas para vários acessos, o que as tornam mais suscetíveis a fraude. Ainda assim, comparativamente, a senha tem maior eficácia probatória do que a espécie assinatura digitalizada, uma vez que esta última é meramente uma representação gráfica de uma assinatura de próprio punho e, portanto, de fácil reprodução.

A espécie Aceite Digital, largamente utilizado no meio eletrônico, é decorrente da ação de “clicar em um botão de aceitar, OK ou similar”, onde se concorda com os termos e condições de um serviço ou produto proposto. Um exemplo são os aplicativos em dispositivos móveis que condicionam o download à concordância de utilização de seus dados e outros recursos do dispositivo.

Na medida em que se obtém evidências técnicas do momento e local do ato do aceite digital, como a temporalidade, IP e outras informações que criam evidências de autoria também, aumenta-se a eficácia probatória.

Contudo, estas espécies possuem menor nível de comprovação de autoria (eficácia probatória) se comparadas à assinatura digital.

A assinatura digital (padrão x509 v3) utiliza o conceito de criptografia assimétrica que é composto por um par de chaves criptográficas (pública e privada) que se complementam entre si. A chave privada, que é de posse e responsabilidade exclusiva de seu proprietário, é utilizada para assinar digitalmente um documento eletrônico e a chave pública é utilizada por qualquer pessoa para comprovar a autoria da assinatura.

Podemos afirmar que entre todas as espécies de assinatura eletrônica, as legislações mundo afora escolheram apenas a assinatura digital (Infraestrutura de Chaves Públicas, (2)) como substituto legal da assinatura de próprio punho.

O Brasil possui uma legislação específica desde 2001 que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e equiparou a assinatura digital à assinatura de próprio punho (o art.10, § 1º, da Medida Provisória 2.200-2 de 24 de agosto de 2001, (3)).

As características inerentes à assinatura digital são: autoria, não repúdio e integridade:

Autoria é garantida pelo uso da certificação digital: “Certificação digital é o ato de autenticar e comprovar não só a autoria de um documento digital, mas também o seu teor. Esse ato se concretiza por meio de um programa informático que funciona como uma espécie de chave eletrônica codificada (criptografada), que é fornecida para os usuários por entidades credenciadas (Autoridades Certificadoras) que no Brasil compõem a ICP-Brasil (Infraestrutura Brasileira de Chaves Públicas). “ (Fonte ITI)

Não Repúdio: “No âmbito da ICP-Brasil, a assinatura digital possui autenticidade, integridade, confiabilidade e não repúdio – seu autor não poderá, por forças tecnológicas e legais, negar que seja o responsável por seu conteúdo. ” (Fonte ITI)

Integridade: O documento eletrônico é submetido à chave criptográfica do certificado digital criando assim uma vinculação entre o documento e o signatário (proprietário do certificado digital).

Desta forma, caso seja feita qualquer alteração no documento, a assinatura se torna inválida. A técnica permite não só verificar a autoria do documento, como estabelece também uma “imutabilidade lógica” de seu conteúdo, pois qualquer alteração do documento, como por exemplo a inserção de mais um espaço entre duas palavras, invalida a assinatura”.

Estas características somadas à legislação e políticas da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, torna a assinatura digital realizada com o certificado padrão ICP- Brasil a mais segura forma de assinar documentos eletrônicos no Brasil.

Diante dos diferentes graus de eficácia probatória entre as diversas espécies de assinatura eletrônica, cabe a cada um avaliar os riscos e escolher a melhor solução para cada caso.

Notas:

(1) “A nomenclatura “” foi escolhida pelo fato da mesma caracterizar uma expressão lato sensu, ou seja, mais ampla em comparação à assinatura digital. A expressão “assinatura eletrônica” seria tecnologicamente neutra por deixar em aberto as técnicas a serem adotadas, enquanto que a expressão “assinatura digital”, espécie do gênero assinatura eletrônica, estaria de antemão elegendo a criptografia assimétrica”.

(Assinatura Eletrônica no Direito Brasileiro, Fabiano Menke)

(2) Infraestrutura de Chaves Públicas. Estrutura de entidades que controlam a emissão de certificados digitais e dão confiabilidade e legitimidade ao processo.

(3) “As declarações constantes dos documentos em forma eletrônica produzidos com a utilização de processo de certificação disponibilizado pela ICP-Brasil presumem-se verdadeiros em relação aos signatários, na forma do art. 131 da lei nº 3071, de 1/1/1916 – Código Civil. ”

Fonte: Qualisign – CryptoID

Cidades têm 60 dias para implantar prontuário eletrônico nas unidades do SUS

Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

Municípios de todo o país têm 60 dias para adotar o prontuário eletrônico em unidades básicas de saúde. O prazo vence no dia 10 de dezembro. Uma nova versão da plataforma, lançada hoje (6) pelo governo federal, permite que todos os serviços de saúde da cidade possam acompanhar o histórico, os dados e o resultado de exames dos pacientes.

Também será possível, de acordo com o Ministério da Saúde, verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos em farmácias e registrar visitas de agentes de saúde. A expectativa é que a transmissão digital dos dados da rede municipal à base nacional permita ainda a verificação online dos gastos feitos via Sistema Único de Saúde (SUS).

“Todos os procedimentos feitos serão lançados na ficha e ela estará permanentemente atualizada”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ao citar que este será mais um meio de fiscalização dos procedimentos pelo próprio cidadão. “A partir de agora, essa é a forma que queremos receber as informações”, completou.

A plataforma digital será oferecida gratuitamente pelo ministério, mas o envio de dados poderá ser feito pelos municípios por meio de sistema próprio. A previsão dos ministério é de uma economia de R$ 84 milhões ao ano com tecnologias para informação.

Bloqueio de recursos

Após o período previsto para adaptação, o pagamento do Piso da Atenção Básica (PAB) variável para as prefeituras – equivalente a R$ 10 bilhões ao ano – ficará condicionado à implantação do prontuário eletrônico. O recurso é aplicado no custeio de atendimentos de pediatria e de programas como Saúde da Família e Brasil Sorridente.

Os municípios que não se adequarem à proposta, segundo o ministro, terão os repasses bloqueados. Em entrevista à imprensa, Barros lembrou que já há uma legislação vigente que vincula o repasse do PAB variável à devolução de informações. “Tudo o que é pago variável está sujeito à retenção no caso do não envio de informações”.

A pasta informou, entretanto, que vai apoiar cidades que apresentem dificuldades para implantar a nova versão da plataforma, conforme necessidades encaminhadas pelos gestores e que serão analisadas caso a caso. “Sem dúvida, alguns municípios vão reportar dificuldades de conectividade e infraestrutura”, disse Barros.

Fim do prontuário em papel

Dados do ministério revelam que, atualmente, 76% das unidades básicas de saúde registram o histórico do paciente em papel – apesar de informações do Ministério das Cidades darem conta de que todas essas cidades dispõem de ponto de internet banda larga.

Os números mostram que, das 41.688 unidades básicas de saúde em funcionamento em um total de 5.506 municípios, 10.134 já têm prontuário eletrônico, sendo que 2.902 utilizam versões oferecidas pelo ministério e 7.232 usam softwares próprios e privados. Ao todo, 106,98 milhões de pessoas já têm a plataforma à disposição.

“Até 10 de dezembro, mais da metade dos brasileiros estarão informando online seus procedimentos”, disse o ministro.

06/10/2016