Empresas de TI asseguram vetos à reforma do ISS, mas chamam Lei de ‘colcha de retalhos’

Um posicionamento conjunto da ASSESPRO, ABES e BRASSCOM assegurou vetos do presidente Michel Temer à reforma do ISS que prejudicariam o setor de TI, mas empresas sustentam que a atual legislação é uma ‘colcha de retalhos’.

“Atuamos em um país que, infelizmente, não enxerga nosso setor como uma mola propulsora de desenvolvimento. O papel da pasta de Articulação Política da ASSESPRO é exatamente, de forma estratégica, levar ao legislativo e executivo, dados, fatos e pesquisas que embasarão leis mais inovadoras”, ressalta a advogada e vice-presidente de Articulação Política da Federação, Letícia Batistella.

Segundo ela, a legislação atual é uma colcha de retalhos, que gera uma insegurança jurídica que prejudica e muito o setor de TI. A vice-presidente da Assespro explica que estão entre os dispositivos vetados pelo presidente Michel Temer o § 4º do art. 3º e inciso III do § 2º do art. 6º. Esses dispositivos imputavam de forma indevida e inconstitucional ao contribuinte a atribuição de fiscalizar os entes tributantes, estabelecendo responsabilidade e punições às empresas que tomarem serviços de prestadoras que estejam domiciliadas em municípios que violem a regra de alíquota mínima de ISS.

“Se essa sistemática viesse a ser adotada, além de favorecer à bitributação, resultaria em enorme insegurança jurídica às atividades produtivas e grande custo operacional para se ter o completo conhecimento quanto à legislação tributária dos quase 5.570 municípios brasileiros”, explica Letícia Batistella. Além disso, o projeto põe fim na guerra fiscal e, segundo um estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), as alterações podem gerar uma arrecadação a mais aos municípios de R$ 6 bilhões.

A vice-presidente de Articulação Política da ASSESPRO ressalta que na justificativa para o veto foi argumentado que “Os dispositivos imputariam elevado custo operacional às empresas. A definição da competência tributária deve vir expressamente definida em lei complementar, não cabendo sua definição a posteriori, como pode ocorrer nas hipóteses previstas pelos dispositivos”.

De acordo ainda com a executiva, serão sujeitos à cobrança do imposto serviços de “processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos e congêneres”. Passa a ser taxada a elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos. A lei complementar prevê também a incidência de ISS sobre serviços como o Netflix e Spotify.

18/01/2017 … Convergência Digital

 

 

 

 

Governo fará censo para definir quais serviços serão 100% digitalizados

Convergência Digital

O governo federal, em parceria com a coordenação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) e o apoio da Casa Civil da Presidência da República, irá realizar, pela primeira vez, um censo para catalogação dos serviços públicos oferecidos por órgãos e entidades públicas.

O censo será uma experiência piloto e tem como objetivo levantar informações para ampliar a digitalização dos serviços públicos e com isso oferecer um melhor atendimento ao cidadão. Os serviços identificados serão centralizados no Portal de Serviços do Governo federal (www.servicos.gov.br), que oferece um canal único e integrado para disponibilizar informações e solicitações eletrônicas.

“O censo é uma oportunidade inédita que teremos para, de um lado, conhecer de forma mais estruturada os serviços ofertados pelo governo federal e, de outro, nos apropriar destas informações para priorizarmos ações de simplificação e digitalização que resultem em melhorias para os cidadãos”, disse a secretária-adjunta de Gestão do MP, Aline Soares.

Os primeiros órgãos a participar (lista abaixo) terão até o dia 30 de janeiro para responder ao questionário. O censo irá detalhar nome, etapas do serviço, a quem se destina, documentos necessários, quantidade de etapas (para o cidadão), estágio de digitalização do serviço, entre outros. “Após o primeiro levantamento, iremos avaliar se há necessidade de readequar a metodologia para a captação das informações. Em seguida o censo será aplicado nos demais órgãos e entidades da Administração Pública Federal”, afirmou Aline

Depois da catalogação serão identificados as necessidades e obstáculos de cada instituição para implantação de ferramentas digitais. Isso permitirá ao cidadão e empresas solicitar e acompanhar serviços públicos, sem necessidade de atendimento presencial, inclusive por meio de dispositivos móveis.

“A identificação dos serviços com potencial de serem parcial ou totalmente digitalizados simplificará e trará maior agilidade ao cidadão na requisição e utilização dos serviços públicos prestados pelo governo federal”, afirmou o secretário de Tecnologia da Informação do MP, Marcelo Pagotti. A iniciativa está alinhada ao Decreto-Cidadão (6.932/09), que institui a Carta de Serviços ao Cidadão e ao recém-publicado Decreto nº 8.936/16, que institui a Plataforma de Cidadania Digital.

Órgãos participantes da primeira etapa do censo:

Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços

Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União

Ministério do Turismo

Ministério da Justiça e Cidadania

Ministério da Cultura

Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário

Ministério das Cidades.

Governo federal terá ‘poupatempo’ digital

Com serviços online, custo de atendimento pode cair a 5% do que é desembolsado hoje

BRASÍLIA – O governo vai oferecer todos os serviços públicos em uma plataforma online. A medida faz parte de ampla reforma da gestão pública, que o presidente Michel Temer vai anunciar em março para melhorar o atendimento da população e buscar reduzir custos com a máquina governamental, incluindo gastos com pessoal.

A meta é buscar economia semelhante à resultante da prática de digitalização em outros países. O custo pode cair a 5% do que é desembolsado hoje. Estudos apontam que a média do gasto em quatro países (Canadá, Reino Unido, Noruega e Austrália) caiu de US$ 14,09 em cada atendimento presencial para US$ 0,39 no serviço online.

Numa única plataforma online, o cidadão poderá encontrar todos os serviços do governo federal, uma espécie de Poupatempo digital. Para autenticar a veracidade da pessoa que fez o pedido, o governo federal já assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para utilizar o banco de dados de biometria do órgão, que já tem a identificação de 55 milhões de digitais dos eleitores. Ainda está em curso e recadastramento biométrico do restante dos eleitores em todo o País.

“Vamos unificar o canal de atendimento. A medida vai provocar redução das despesas com custeio e pessoal”, disse ao Estado o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. “O objetivo não é demitir pessoas, mas reduzir o custo do Estado.” Ele não apresentou valores, mas disse que a economia poderá chegar a bilhões de reais para os cofres públicos. Em média, o custo do atendimento online é 20 vezes menor que o presencial.

Para o cidadão, a economia é ainda maior. Segundo estudo da experiência na Espanha, a digitalização desses serviços proporcionou economia 8,5 vezes superior à do governo para a população. O cálculo levou em conta que para pedir um documento ou requerer outro serviço, o trabalhador perde um dia de trabalho, precisa se locomover para a agência, gasta tempo na fila etc.

O ministro diz que no Brasil o relacionamento do cidadão com o Estado é ultrapassado, burocrático, muito lento e tradicional. Para ele, o serviço público não avançou na digitalização como outras instituições, como a rede bancária. O Brasil possui 102 milhões de usuários de internet, mas – segundo dados oficiais – 64% daqueles com mais de 16 anos nunca interagiram online com um órgão público.

Oliveira acredita que o brasileiro não tem resistência a novas tecnologias. Uma prova, segundo ele, foi o uso do cartão do INSS para o recebimento dos benefícios. Havia o temor de que ele não seria usado adequadamente e hoje até o comércio utiliza o plástico. O exemplo mais acabado citado por ele no atendimento digital no setor público foi o da Receita Federal.

Economia. A “reforma da gestão pública” também vai propor uma “racionalização” nas compras da União. Entre os itens que devem ser revistos está a comercialização de energia. O governo federal vai passar a comprar energia no mercado livre – em que o preço é fechado diretamente com o gerador ou com a comercializadora – em vez de pagar para a distribuidora.

Atualmente, o gasto de todos os órgãos da União com energia é de R$ 1,3 bilhão ao ano. Com a mudança, pode cair 20%, estima o ministro. Esse sistema vai permitir a reversão a contratos de longo prazo, quando o preço estiver mais atrativo.

O governo também espera economizar R$ 20 milhões ao ano com o uso de um aplicativo para o transporte de servidores, uma espécie de Uber. A empresa contratada desenvolveu um aplicativo, a exemplo dos existentes hoje para serviços de táxi e transportes de passageiros.

Cada servidor tem acesso ao aplicativo e, depois de se registrar, chama um carro para se locomover a trabalho pela tela de seu telefone. Já está em uso na capital federal. Ao invés de cada órgão ter veículos próprios foi contratada uma frota terceirizada única. A União passou a pagar apenas pelo quilômetro percorrido e pelo tempo que o carro ficou disponível.

A equipe econômica ainda aposta em outras duas frentes para flexibilizar a gestão pública. Segundo Dyogo Oliveira, a ideia é ampliar parcerias com empresas privadas para a organização de serviços públicos de forma mais eficiente.

O exemplo a ser seguido é o do DPVAT, seguro obrigatório para proprietários de veículos. Ele é administrado por um consórcio de seguradoras nacionais, denominado Seguradora Líder, que recebe remuneração de até 2% do faturamento pelo serviço. O mapeamento dos serviços que podem seguir o modelo está sendo feito pelo Planejamento.

Outro ponto é aprimorar instrumentos jurídicos que permitam mais flexibilidade à União na prestação de serviços públicos, como os contratos de gestão e convênios com organizações sociais (OSs). O Hospital Sara Kubitschek é um exemplo desse tipo de contratação, que permite a essas organizações receberem benefícios do setor público, como isenções fiscais. “Conseguiremos desengessar as contratações por meio de critérios de desempenho, qualidade e eficiência. Vamos trocar o controle burocrático pelo controle de qualidade”, afirma.

Adriana Fernandes, Murilo Rodrigues Alves , O Estado de S.Paulo

 

 

 

 

 

 

 

Rais: Começou esta semana prazo para informar dados de funcionários

Empregadores domésticos não precisam fazer a declaração

Começou no dia 17 o prazo para entrega de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), ao Ministério do Trabalho. A relação é fundamental para que o governo obtenha dados precisos sobre os trabalhadores que embasarão a construção de políticas públicas. É, também, com base nas informações das Rais que o governo sabe quem tem direito ao abono salarial do PIS/Pasep.

A declaração é feita via internet, em programa específico, o GDRAIS 2016, disponível no site da RAIS (aqui). Devem fazer a declaração todas as empresas com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ativos na Receita Federal do Brasil no ano passado, mesmo que não tenham empregados. Os estabelecimentos inscritos no Cadastro de Empresa Individual (CEI) e os Microempreendedores Individuais (MEI) que possuem funcionários também devem declarar.

A conselheira do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) Sandra Batista alerta que as multas podem ser pesadas para quem não entregar as informações no prazo. “É preciso ficar atento, realizar os procedimentos de controle e de validação para garantir a segurança dos dados informados e mitigar o risco da perda do prazo e da inexatidão da informação”, afirma.

O abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) é destinado aos funcionários da iniciativa privada e pública, respectivamente, que tenham recebido até dois salários mínimos no ano anterior, estejam inscritos em um dos dois programas há cinco anos ou mais e tenham trabalhado ao menos 30 dias com carteira assinada no ano anterior.  “Portanto, é necessário que as empresas tenham consciência do valor das informações prestadas na RAIS, tanto no aspecto trabalhista, quanto no aspecto social, e façam o envio de maneira correta e com segurança”, reforça Sandra.

O prazo para entrega da declaração vai até o dia 17 de março. O site da Rais traz um manual detalhado para declaração. Para acessa-lo, clique aqui.

Conselho Federal de Contabilidade

Por Juliana Oliveira
RP1 Comunicação 

Notificação eletrônica de multas está disponível na internet

Sistema antes oferecido apenas via aplicativo de celular já pode ser acessado em computadores

O Sistema de Notificação Eletrônica (SNE), que permite receber as notificações de infrações a qualquer momento e lugar e com desconto de 40% no valor das multas, foi lançado em novembro do ano passado, mas estava disponível inicialmente apenas via aplicativo para celular. O sistema, porém, agora já pode ser acesso também de computadores com internet.

O acesso via web está disponível tanto para Pessoa Física quanto para Pessoa Jurídica por meio do site https://sne.denatran.serpro.gov.br. Porém, no segundo caso, é preciso ter o Certificado Digital Pessoa Jurídica – Padrão ICP Brasil.

O interessado só precisa se cadastrar e incluir as informações do veículo. A adesão é voluntária e pode ser cancelada a qualquer momento pelo usuário. Mas uma vez feita a adesão, ele deixa de receber as notificações em papel via Correios. Se optar pelo cancelamento, ele volta a receber os comunicados de autuações via postal.

No site ou no aplicativo, o usuário consegue visualizar os detalhes da infração, gerar o formulário para indicação de condutor e até ver as opções de pagamento com “Desconto de 20%” ou “Desconto de 40%”. Para conseguir o abatimento de 40%, é preciso reconhecer a infração, ou seja, não será aceita defesa prévia e recurso, além de ser necessário pagar a multa até o vencimento.

Quem já aderiu à notificação eletrônica?

A adesão por parte dos órgãos autuadores também é voluntária. Por enquanto, já aderiram a Polícia Rodoviária Federal, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e os Detrans de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pernambuco e Ceará. Não existe prazo nem é certeza de que os outros órgãos farão a adesão em algum momento.

manual com o passo a passo para fazer a adesão está disponível no site do Serpro, assim como os links para baixar os aplicativos para IOS ou Android.

 iCarros

 

 

 

 

 

Prefeito assina contrato de certificação digital para ampliar confidencialidade de documentos

O prefeito José Crespo firmou contrato com a Caixa nesta terça-feira (17) para utilizar a certificação digital em documentos que envolvem contratos, convênios e relatórios gerenciais. “Queremos aumentar a autenticidade, a confidencialidade e a integridade de documentos que passam pela internet e este é o melhor caminho para isto, segundo os técnicos”, disse o prefeito.
A certificação digital é o nome que se dá a um conjunto de tecnologias voltadas para ampliar a confiança em documentos, principalmente públicos, como são os utilizados pela Prefeitura. O gerente da agência Sorocaba da Caixa, Wilson Sanches, que intermediou a certificação digital para o prefeito, disse que o procedimento agiliza as comprovações documentais. “Com a certificação, o prefeito recebe um cartão magnético com chip que reúne todas as informações dele como pessoa física e também como pessoa jurídica no cargo e que funciona como assinatura”, disse.
Erivaldo Mello de Oliveira Lima Júnior, assistente de atendimento de pessoa jurídica da Caixa, também presente à assinatura do contrato, afirmou que a operacionalização leva mais alguns dias ainda.
O chefe da Divisão de Captação de Recursos da Prefeitura, Calixto Júnior Antonucci e Silva, afirmou que a certificação servirá para que o prefeito habilite e desabilite funcionários nas operações. “Principalmente no que se refere a convênios, pleitos de financiamentos e relatórios gerenciais, a cada gestão é o prefeito quem permite e impede funcionários de atuarem”, explicou.
A partir da certificação digital, garantida pelo contrato firmado nesta terça-feira, os funcionários, habilitados anteriormente na gestão passada para essas operações, ficarão automaticamente inabilitados.
Para o prefeito, o processo é moderno é tem muito a ver com a Prefeitura que ele quer implantar em seu governo. “Temos de usar as estruturas disponíveis com as tecnologias mais avançadas.”
O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, uma das maiores entidades nessa área no Brasil, avalia que o custo de instalação de novas tecnologias é grande, mas que o processo online é mais barato. O uso da certificação digital no País ainda é restrito, pois a realidade das prefeituras brasileiras é muito distinta; mas tem crescido nos últimos anos e está presente nas principais cidades.
Diário de Sorocaba

O que é Dimob e por que os corretores precisam ficar atentos?

Você sabe o que é Dimob? Se não sabe e é corretor de imóveis, é muito importante ficar atento a este conteúdo. e já ouviu falar, essa é uma boa oportunidade de saber mais informações sobre ela.

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O que é Dimob?

Bom, primeiramente, vamos entender o conceito e como ela surgiu. Dimob quer dizer Declaração das Informações sobre Atividades Imobiliárias. É uma obrigação acessória anual, requerida pela Instrução Normativa 1.115 e deve ser entregue à Receita Federal via Certificado Digital. Como toda obrigação acessória, é de natureza fiscalizatória, ou seja, o governo instituiu para ter mais controle das movimentações existentes.

Quando e por que surgiu?

A Dimob surgiu em 2003. O motivo de sua criação foi o resultado de processos de fiscalização envolvendo grandes empresas do ramo de construção e administração de imóveis. Isso se seu um ano antes, em 2002, e foi identificado uma fraude da ordem de R$ 1 bilhão. Com base neste retorno dos processos, o governo instituiu a obrigação em 21 de fevereiro de 2003.

Quem deve entregar?

Deve entregar a Dimob todas as empresas de natureza jurídica que exercem as atividades de locação, intermediação ou venda de imóveis e é aí que entra a figura do corretor de imóveis, que está enquadrada no serviço de intermediação.

Fique atento a alguns pontos importantes: a Dimob só deve ser entregue se a sua empresa apresentou faturamento. Quando não apresentar faturamento, esta entrega é dispensada. Mas todo o recebimento de valores deve estar suportado por uma nota fiscal.

O que se pede na ficha?

Além disso, o empresário deve ter atenção às informações complementares, que também devem ser controladas por nota fiscal. São elas:

  1. – Dados do comprador (Nome completo e CPF)
  2. – Dados do vendedor (Nome completo e CPF)
  3. – Data do contrato de compra e venda do imóvel
  4. – Endereço completo do imóvel vendido
  5. – Valor do imóvel vendido

Prazo de Entrega :

A Dimob será entregue, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao que se refiram as suas informações, por intermédio do programa Receitanet disponível na Internet.

Para a apresentação da Dimob referente aos fatos geradores ocorridos a partir do ano-calendário 2010, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital válido, exceto para as pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) . Para os anos-calendário anteriores a 2010, a utilização do certificado digital é facultativa para a transmissão da Dimob.

Multa por atraso na entrega :

A não apresentação da Dimob no prazo estabelecido ou a sua apresentação com incorreções ou omissões acarretará a aplicação das seguintes penalidades, definidas no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001.

Art. 57 – O sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias exigidas nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que as cumprir com incorreções ou omissões será intimado para cumpri-las ou para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas:

I – por apresentação extemporânea:

a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou tenham optado pelo Simples Nacional;

b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas;

c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas;

II – por não cumprimento à intimação da RFB, para cumprir obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário;

III – por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas:

a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário;

b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais), do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário.

§ 1º Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nos itens II e III serão reduzidos em 70% (setenta por cento).

§ 2º Para fins do disposto no item I, acima, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a letra b do inciso I do caput.

§ 3º A multa prevista no inciso I do caput será reduzida à metade, quando a obrigação acessória for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício.

§ 4º Na hipótese de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas previstas na alínea a do inciso I, no inciso II e na alínea b do inciso III.

Fonte: Conube/RFB

Declaração de Não Ocorrência de operações ao COAF termina no dia 31 de janeiro

Desde o dia 1º de janeiro de 2017, a Declaração de Não Ocorrência de Operações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) começou a ser realizada diretamente no sistema desenvolvido pelo Departamento de TI do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

A novidade vai ao encontro das diretrizes do CFC em modernizar o seu sistema, para melhor atender aos profissionais do País.

Conforme previsto na Resolução CFC n.° 1.445/2013, somente os profissionais contábeis autônomos e as organizações contábeis que explorem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas operações elencadas no Art. 1º da Resolução. O contador e o técnico em contabilidade que atuam com vínculo empregatício em organizações contábeis e em empresas em geral, mesmo que exerçam atividades contábeis, não estão obrigados a fazer a comunicação ao COAF.

A Declaração de Não Ocorrência de Operações tornou-se obrigatória em decorrência da alteração do Art. 11, inciso III, da Lei n.° 9.613/1998. Já a obrigatoriedade, prevista na lei, das comunicações que os profissionais e as organizações contábeis devem fazer ao Coaf foi regulamentada pela Resolução CFC n.° 1.445/2013.

Os profissionais poderão acessar o sistema mediante senha ou pela certificação digital. Para acessar o sistema, clique aqui.

Declaração de ocorrência

Enquanto as Declarações de Não ocorrência de Operações devem ser feitas apenas durante o mês de janeiro, as operações e propostas de operações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei n.º 9.613/1998, ou com eles relacionar-se, devem ser comunicadas, em qualquer período do ano, diretamente ao Coaf (www.coaf.fazenda.gov.br).

Para mais informações, acesse a cartilha de orientações gerais: http://cfc.org.br/coaf/

Por Fabrício Santos
Comunicação CFC

Bancos focam no digital e devem ter taxas mais baixas e produtos variados

Frente à maior demanda digital no segmento, instituições colocam foco na melhoria de programa de pontos, redução de tarifas de serviços e criação de novas contas voltadas para empresas

São Paulo – A digitalização do sistema financeiro tem impulsionando a migração tecnológica nos grandes bancos e dado fôlego aos 100% digitais. Na premissa de taxa mais baixa e conta simplificada, processo terá novas soluções e deve alcançar pessoas jurídicas ainda este ano.

O impulso veio mais forte no ano passado: as fintechs ganharam fôlego no mercado; veio a autorização da abertura da conta corrente on-line pelo Conselho Monetário Nacional (CMN); e as instituições 100% digitais, como o Banco Original e o Banco Intermedium cresceram.

De acordo com Marcos Lacerda, diretor de comunicação e marketing do Original, essa força se intensificou por ser uma migração “inevitável”, e o próximo passo é passar tudo para o celular.

“São quatro ondas evolutivas: a primeira, foi a disseminação das agências bancárias; a segunda, o internet banking; a terceira, foi o mobile banking; e a quarta, é o que chamamos de ‘Seamless Banking’, ou ‘banco em qualquer lugar'”, explica Lacerda.

Em tempo, três dos cinco maiores se posicionaram.

O Banco do Brasil (BB) já possibilita a abertura completamente digital da conta, enquanto Bradesco e Itaú ainda exigem a presença na agência para oficializar, mas permitem transações pelo mobile. Apenas Caixa e Santander não possuem uma conta digital.

Mesmo parecida ao 100% digital, porém, Simão Kovalski, diretor de pessoas físicas do BB, diz que a conta é “limitada”. “As movimentações são até R$ 5 mil e não há a possibilidade de tomar limite de crédito. No entanto, a grande maioria dos clientes de renda mais limitada preferem contas apenas para movimentações, e essa facilidade supre o que eles precisam”, comenta Kovalski.

“Também estamos trabalhando em lançar uma conta mais completa em abril. Envolverá mais passos e uma documentação mais parruda, mas será inovador”, completa.

Para João Vitor Menin, presidente do Intermedium, porém, ainda é preciso uma atenção ao “conceito de banco digital”.

“No DNA digital, o intuito não é o cliente ir à agência para nada, mas conseguir suprir suas necessidades com arcabouço de serviços digitais. O movimento dos bancos se posicionando é importante, mas ser um banco digital é diferente de ser um banco de varejo com um canal digital”, avalia.

Além disso, os executivos ressaltam o “atraso na largada” por parte dos grandes bancos.

“Reconhecemos a qualidade dos nossos concorrentes, mas na maioria dos casos, saímos na frente por já termos nascido 100% digitalizados, e o público está percebendo isso aos poucos”, conclui Lacerda.

Contrapontos

De acordo com os executivos ouvidos pelo DCI, no entanto, ainda há algumas divergências a respeito da migração digital dos grandes bancos.

O primeiro ponto, segundo Menin, seria a cobrança de tarifas. “Somos 100% gratuitos, mas algumas instituições têm f serviços limitados demais e aumentando as tarifas. Isso não é uma competição, tem espaço pra todo mundo”, disse o presidente do Intermedium.

No Original, os pacotes variam de R$ 9,90 a 29,90, dependendo dos serviços escolhidos, enquanto no BB, Itaú e Bradesco a conta é gratuita, mas limitada e com pacotes de produtos a partir de R$ 9,90.

Já para Carlos de Souza, secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-cut), o problema tem sido a forma como os bancos têm feito essa migração.

“A tecnologia é positiva, o viés é como ela está sendo usada”, afirma, reforçando que muitas demissões acontecem frente o interesse de otimização dos lucros bancários.

“Sem contar que muitos clientes acabam migrando automaticamente para a conta digital e sequer são informados”, avalia Souza.

Já a segurança, apesar de ser uma questão de incerteza no segmento, é constantemente aprimorada. “As transações vão ficando mais seguras. De qualquer forma, é um componente de constante investimento”, afirma Ricardo Zanini, gerente sênior da GFT

Apostas

A opinião geral do setor, no entanto, é de ascensão bancária nas “apostas tecnológicas”.

No Original, por exemplo além da aposta no programa de relacionamento com pontuação denominado “cash back” (dinheiro de volta), o foco tem sido taxas mais baratas no cartão e nos serviços.

“A previsão também é de lançarmos uma conta digital para pessoa jurídica até o final de 2017″, acrescenta Lacerda.

Para Monica Saccarelli, sócia diretora da Rico, mesmo com “algumas mudanças legislativas necessárias”, a transformação será cada vez maior “As instituições já estão se adaptando e esse processo tende a se fortalecer este ano”, conclui.

Isabela Bolzani

DCI

Mais que calculadores de impostos

Inovações tecnológicas não substituem o trabalho de empresas contábeis

Já se foi o tempo em que os empresários contábeis eram considerados simples calculadores de impostos. Modernamente falando, assumimos a função de assessorar nossos clientes não só em questões contábeis, mas também em gestão financeira e tributária, planejando investimentos e indicando o caminho para o crescimento sustentável.

Afinal, somos nós que detemos todas as informações, a vida da empresa. Especializados também em auditoria fiscal, contribuímos para a legalidade de processos e temos ferramentas para antever situações que prejudiquem o desenvolvimento de um ambiente de negócios mais seguro.

Prezamos pela transparência e o controle do uso de recursos em âmbito privado, mas também atuamos em parceria com o poder público para otimizar procedimentos e gerar economia de capital.

Cada vez mais atentas às mudanças de legislação e às movimentações do mercado, as empresas contábeis se destacam por oferecer soluções completas.

A profissão segue em evolução, se faz ainda mais importante em períodos como o atual, de crise econômica e política, e, definitivamente, não corre risco de extinção. Essa é uma certeza da categoria.

O assunto é recorrente e sempre vem à tona em datas relevantes para o setor, como o Dia do Empresário Contábil, comemorado em todo 12 de janeiro, entre outras. No ano passado, a Ernst & Young reviveu o tema quando divulgou uma pesquisa que apontava as 10 profissões que devem desaparecer até 2025 e incluía entre elas a de contador.

Logo em seguida, a consultoria divulgou nota corrigindo a informação: houve uma imprecisão na tradução do material. Na realidade, a atividade em cheque é a do elaborador de obrigações fiscais.

Conforme explicou a Ernst & Young, o “tax preparer”, bastante comum nos Estados Unidos da América, é responsável apenas pela apuração das informações tributárias dentro da empresa e a inserção no sistema do Fisco, e, passará a ser cada vez menos demandado, em razão da informatização de processos – bem diferente do que faz um assessor contábil.

Por aqui, inclusive, os profissionais contábeis compõem grupos de trabalho, em parceria com órgãos públicos e outras entidades, para aperfeiçoar sistemas utilizados para o envio de informações ao governo federal. A Fenacon, por exemplo, que representa mais de 400 mil empresas do setor de Serviços, contribui constantemente para o desenvolvimento do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e do eSocial, plataformas que prometem otimizar tempo no cumprimento de obrigações acessórias.

Além de, quando solicitada, contribuir decisivamente para a implantação de novidades na área tributária – que não são poucas no nosso país.

Acreditamos que diminuindo a burocracia, é possível aumentar o tempo disponível para assessoramento, perícias e, principalmente, para o planejamento dos negócios – atividades que, pelo menos em um futuro próximo, não devem ser substituídas por soluções tecnológicas.

Essas ações dependem de interpretação crítica e criativa de dados, da busca por saídas individuais e eficazes para cada caso, ou seja, da atuação direta de capital humano. Em constante especialização, os empresários contábeis exercem função primordial no mercado.

Ou, como defende a própria Ernst & Young, “a contabilidade segue como promissora carreira”.

Mario Berti, Presidente da Fenacon

Fonte: DCI